Um bocado mais a frio, podemos ler os resultados de várias maneiras, e assim o farei mais tarde.
Mas pensei nos números avassaladores do resultado da votação, e creio que não era só a mudança que a massa associativa quis ao expressar-se como se expressou.
Houve uma consciência crítica à figura do presidente, da sua direção, e dos seus acólitos...
Penso mesmo que quiseram cortar com o passado recente, e já não se reviam neste presidente, e nas suas ações, discursos, política desportiva, ou melhor, penso que queriam o clube de volta, e perceberam que o poderiam ter com outrem que lhes deu esperança e uma nova maneira de ver as coisas.
Pinto da Costa foi um ídolo para várias gerações de portistas (eu incluído), chegando a confundir-se com o próprio clube, mas o que estas eleições vieram demonstrar, é que o mesmo não é o clube, nem personifica o próprio clube. O clube é o que é por força dos seus sócios...
A mudança foi como foi, teve de ser assim, e ainda bem que o ainda atual presidente foi a eleições, e foi derrotado de forma expressiva... Era assim que tinha de ser... a vontade coletiva foi mais forte e a legitimidade de uma nova era é inequívoca e o clube ficou mais forte...
Foi uma mensagem para todos nós, para dentro, e para fora... Só para dizer que estamos vivos, estamos atentos, e o clube será ainda mais forte...