FC Porto

Futuro de Martín Anselmi no FC Porto está em risco após desastre americano

Um golpe na mesa sem consequências. A frase do presidente do FC Porto, André Villas-Boas, após a inesperada derrota contra o Inter de Miami na segunda jornada, corroborada por Martín Anselmi, não conseguiu evitar a eliminação do Mundial de Clubes, colocando a posição do técnico argentino ainda mais vulnerável, sob a pressão de sócios e adeptos.

O sucessor de Vítor Bruno chegou ao FC Porto no final de janeiro, terminou a temporada sem títulos e venceu menos de metade dos jogos disputados (10 em 21). A introdução de um novo sistema tático – 3x4x3 – não trouxe resultados imediatos, e a melhoria na qualidade do futebol apresentado foi praticamente inexistente.

Martín Anselmi possui contrato com o FC Porto até 2027, e a decisão sobre a sua continuidade na próxima temporada agora depende de André Villas-Boas, após o argentino evitar o tema quando questionado sobre o futuro, após o empate com o Al Ahly. “Não é o momento de falar nisso”, limitou-se a dizer, enquanto criticou o empenho defensivo dos jogadores no empate (4-4) contra o Al Ahly. “Para haver transições, é preciso haver perdas de bola. E nos primeiros golos perdemos a bola e não corremos para trás…”, observou, embora também tenha reconhecido que os “jogadores deram tudo até ao fim” e que a equipa mostrou “espírito competitivo”.

Seis milhões em jogo

A não qualificação para os oitavos de final do Campeonato do Mundo de Clubes impediu a SAD do FC Porto de arrecadar mais 6,47 milhões de euros, com a participação na prova da FIFA a resultar em 18,4 milhões de euros, dos quais 16,4 milhões se referem ao prémio de presença e 1,7 milhões aos dois empates obtidos nos Estados Unidos.

Após a desilusão, a comitiva do FC Porto iniciou a sua viagem de regresso a Portugal na terça-feira.