A má notícia para o FC Porto em Barcelos tornou-se mais concreta na terça-feira: Samu, que saiu do encontro com o Gil Vicente aos cerca de 30 minutos, foi diagnosticado com uma pequena rotura muscular na face anterior da coxa esquerda. Isso torna muito difícil a sua presença no dérbi em Alvalade, a 30 de agosto.
Na segunda-feira, ao acelerar para pressionar um defensor do Gil Vicente – algo em que se empenha intensamente em todos os jogos – o internacional espanhol sentiu uma dor na perna e pediu assistência imediata. Na primeira observação foi logo descartada a hipótese de regressar ao jogo e a frustração de Samu ficou evidente: chorou no banco, apoiado pelo amigo Rodrigo Mora. Com o passar do tempo o avançado acalmou e, naquela manhã de terça-feira, havia algum optimismo em torno do jogador até ser realizada a ressonância magnética. O exame acabou por revelar uma pequena rotura muscular, colocando Samu em risco de só voltar a competir após a pausa das seleções, que ocorre depois da visita a Alvalade.
A hipótese de ser opção na quarta jornada, ainda que apenas no banco, não está totalmente afastada por dois motivos. Determinado, Samu entregou-se desde logo ao tratamento, que começou na terça-feira. Dependendo da disciplina, da paciência e do empenho do jogador – num trabalho em contra-relógio que também envolve o departamento médico – tudo será feito para acelerar a recuperação. Paralelamente, os dragões esperam que se trate de um daqueles casos em que a regeneração ocorre mais rapidamente do que o prognóstico inicial indica.
O mesmo tipo de lesão pode ter impactos diferentes consoante o atleta e o historial de Samu é favorável: tem 21 anos e, no início da quarta época ao mais alto nível sénior, esta é a sua primeira lesão muscular minimamente significativa. Ainda assim, o FC Porto não correrá riscos desnecessários que possam prolongar a sua ausência, pelo que a receção ao Nacional, a 14 de setembro, continua a ser a data mais provável para o regresso de Samu, que muito provavelmente seria convocado pela seleção espanhola.
De Jong acelera e ganha ritmo
Samu vinha bastante entusiasmado e confiante com o arranque da época, alheio a rumores de mercado e sentindo evolução em vários aspetos do seu jogo. A lesão interrompe esse bom momento e abre espaço para Luuk de Jong integrar o onze.
O avançado neerlandês é um perfil diferente: não tem a mesma capacidade de pressão alta, mas destaca-se no jogo aéreo e tem boa leitura de jogo, como se viu frente ao V. Guimarães e ao Gil Vicente. Em ambos os jogos deixou colegas em condições de marcar – Eustáquio concretizou, embora o golo tenha sido anulado por fora de jogo, e Rodrigo Mora falhou por centímetros.
De Jong também entra em desvantagem por não ter realizado a pré-época, mas vai ganhando ritmo e entrosamento com a equipa. No domingo, frente ao Casa Pia, fará a sua estreia como titular.