No sábado, o FC Porto saiu vencedor de Alvalade (1-2) frente ao bicampeão Sporting, num jogo marcado pela primeira titularidade de Rodrigo Mora na presente época, aproveitando a ausência de Gabri Veiga, que foi impedido de jogar à última hora por lombalgia.
No Estádio José de Alvalade, na quarta jornada da I Liga, o jovem português de 18 anos esteve em campo durante 58 minutos com uma exibição de bom nível, antes de ceder o lugar ao estreante Pablo Rosario. Curiosamente, os dois golos dos dragões, apontados por Luuk de Jong (61′) e Wiliam Gomes (64′), surgiram já depois de o camisola 86 ter saído.
Em declarações ao portal Desporto ao Minuto, Jorge Amaral destacou que Rodrigo Mora necessita apenas de “condição física” para merecer a titularidade.
“A proposta de jogo do Farioli requer marcação homem a homem a campo inteiro e com muita pressão. Sou alguém que valorizou a contratação do Gabri Veiga, mas ele ainda não mostrou todos os seus atributos. Considero que a sua titularidade explica-se com o facto de ter custado 15 milhões de euros [90 por cento do passe, acrescido de uma remuneração variável máxima de 4 milhões de euros em função do cumprimento de certos objetivos] e também por ele ter começado de início os trabalhos de pré-temporada do FC Porto, enquanto o Rodrigo Mora cumpriu um período de férias, após ter estado ao serviço da seleção [na Liga das Nações]”, começou por dizer o antigo guarda-redes dos dragões.
“Frente ao Sporting, o Rodrigo Mora criou muito mais perigo em quase uma hora de jogo do que Gabri Veiga nos jogos que fez. A qualidade no um contra um, a capacidade de fazer algo que poucos estão à espera marcam a diferença neste tipo de jogos. Sinceramente, não se sentiu a falta de Gabri Veiga, ainda à procura da sua melhor versão”, acrescentou.
O FC Porto tem alinhado num sistema 4x3x3 e Jorge Amaral apontou qual considera ser a melhor colocação para o médio criativo.
“Do trio de meio-campo, ele poderá ser o elemento com mais liberdade posicional, embora tenha de respeitar os comportamentos coletivos. O pulmão do Victor Froholdt é inesgotável e poderá uma boa cobertura para o Rodrigo Mora fazer o melhor sabe em prol da equipa. Não foi acaso que quando ele saiu contra o Sporting, a equipa perdeu qualidade na posse da bola, porque ficou com três jogadores [Alan Varela, Victor Froholdt e Pablo Rosario] muito similares”, frisou o antigo jogador.
Com a janela de transferências quase a encerrar, o futuro de Rodrigo Mora está entre as prioridades da SAD azul e branca, presidida por André Villas-Boas, que terá recebido uma proposta de 63 milhões de euros proveniente do Al-Ittihad da Arábia Saudita. O FC Porto, contudo, remeteu para a cláusula de rescisão fixada em 70 milhões.
“Desportivamente, o clube e o jogador iam perder muito. O ritmo da liga saudita não é igual ao da Europa e o Gabri Veiga (ex-Al Ahli) é exemplo disso mesmo. Lá, joga-se a ritmo de passeio. O João Félix apontou um hattrick [na vitória do Al Nassr, por 5-0, sobre o Al-Taawon] quase sem suar. Financeiramente, a proposta seria atrativamente para o Rodrigo Mora, que garantia a sua independência aos 18 anos”, completou Jorge Amaral.
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