Dos 15 golos do FC Porto no campeonato, cinco nasceram de pontapés de canto. O efeito foi evidente nos registos da equipa e particularmente em Vila do Conde, onde os dragões inauguraram o marcador com dois golos provenientes desse tipo de lance. No final do jogo, Farioli partilhou os louros: “Não há segredo, é trabalho. Mas o mérito tem de ser dado a quem é mais responsável por este aspeto do jogo, o Lino, o Lucho e o Carlos. Claro que é um trabalho de todo o staff, com ideias, propostas, mas sim, são eles que investem mais tempo.”
Segundo os relatos recolhidos, Lino Godinho, adjunto do FC Porto e ex-Torino, tem um gosto particular e inato por este tipo de lances, sentimento partilhado também pelo argentino e antigo capitão dos dragões. Qual o comportamento dos adversários nas bolas paradas defensivas? Quais as tendências ofensivas? São essas e outras questões que orientam o diagnóstico elaborado para cada jogo e adversário, sempre em sede de reunião técnica.
Após a recolha de dados a montante por Carlos Pintado, analista do FC Porto, o processo passa para o relvado e para as sessões de treino. Trata‑se de uma fase que envolve todos os elementos da equipa técnica e na qual é destacado outro traço deste plantel: a comunicação permanente entre os jogadores, tanto em contexto de treino como durante as partidas.
Registe‑se que, na última época, o FC Porto alcançou seis golos, em 34 jornadas, após pontapés de canto e que, na época anterior (2023/24), esse total se ficou pelos sete.