Embora a prioridade da época seja recuperar o título do campeonato nacional – que foge aos azuis e brancos há três épocas – o FC Porto também ambiciona uma apresentação consistente na Liga Europa, preservando o prestígio internacional refletido pelos sete troféus que enchem o museu do clube.
Por isso, os dragões intentam impressionar na fase de grupos da segunda competição de clubes da UEFA e procuram, esta quinta-feira (20h00), estrear a campanha com uma vitória na Áustria frente ao Salzburgo. Será o primeiro confronto entre as duas instituições, sabendo os portistas que os encontros com formações austríacas no passado da Taça UEFA/Liga Europa lhes trouxeram glória máxima.
Na época 2002/03, o FC Porto orientado por José Mourinho – hoje no comando do rival Benfica – eliminou o Áustria de Viena nas duas mãos da segunda eliminatória da Taça UEFA, para seis meses depois erguer o troféu em Sevilha, numa final memorável contra o Celtic (3-2). Em 2010/11, com André Villas-Boas como treinador, foi o Rapid Viena a cruzar-se no caminho dos dragões. O desfecho manteve-se: duas vitórias, uma delas no nevão do histórico Ernst-Happel Stadion (com hat-trick de Falcao), e nova conquista em maio, ao vencer o SC Braga em Dublin.
Os confrontos mais recentes com adversários austríacos seguiram essa toada e ajudaram a preservar a invencibilidade. O último duelo data de 26 de novembro de 2013, quando se registou um empate (1-1) frente ao bem conhecido Áustria de Viena, com Paulo Fonseca a liderar os portistas na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Dois meses antes, igualmente na capital austríaca e frente ao mesmo opositor, os dragões tinham vencido por 1-0, graças a um golo solitário de Lucho González, que agora integra a equipa técnica de Farioli.
Inesquecível: 27 de maio de 1987
Não é possível abordar o percurso europeu notável do FC Porto sem recuar até 27 de maio de 1987, na Áustria. Em Viena, no Prater (renomeado Ernst-Happel em 1992), o clube alcançou o seu primeiro troféu internacional ao vencer o poderoso Bayern na final da Taça dos Campeões Europeus (2-1), na noite do calcanhar de Madjer.
Com esse legado e as memórias positivas em solo austríaco, a equipa de Farioli pretende iniciar a fase regular da Liga Europa com o pé direito, transferindo para as competições da UEFA a qualidade que tem demonstrado internamente nos seis encontros já disputados e vencidos.
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