Celorico de Basto vive a emoção da Taça de Portugal depois de o sorteio ter colocado o FC Porto frente ao Celoricense, clube que compete no Campeonato de Portugal. Após duas subidas de divisão consecutivas e por ser a primeira oportunidade de defrontar um dos grandes da cena do futebol nacional na prova rainha, o entusiasmo é notório, e o facto de o jogo decorrer em Barcelos não reduz a excitação dos adeptos.
O presidente do Celoricense, Leandro Gonçalves, descreveu o desafio como “David contra Golias”. O dirigente bracarense, eleito em junho de 2024 e precisamente dois meses após André Villas-Boas no FC Porto, lançou o encontro da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.
Confidenciando que o FC Porto contactou o Celoricense logo após o sorteio, Leandro Gonçalves abordou a componente financeira do jogo e a posição dos azuis e brancos, que cederão toda a receita da bilhética e os direitos televisivos ao emblema do Campeonato de Portugal. Os dragões ficaram com 5.000 dos 12.000 ingressos disponíveis para os seus adeptos. “Não falei diretamente com André Villas-Boas, mas falei com o vice-presidente Tiago Madureira e com elementos da organização do FC Porto, que nos convidaram para uma primeira reunião no Olival. O feedback que recebi foi excelente, fomos muito bem recebidos e muito bem tratados. Foi só delinear a organização para o jogo”, descreveu Leandro Gonçalves, referindo, contudo que “nem tudo é bom” neste processo: “Porque temos que assumir as despesas totais do jogo. Mas vão reverter toda a receita a nosso favor e estaria a mentir ao dizer que não ajudam, porque ajudam imenso. Face à nossa localização geográfica e à indústria do futebol, uma receita destas é importante, principalmente porque, nesta fase da época, até pode equilibrar as contas.”
