Vincent Aboubakar, que actualmente representa o Hatayspor, na Turquia, aos 33 anos, comentou ao jornal O JOGO sobre o regresso à competição de Marcano, na recente visita do FC Porto ao Arouca, no passado fim de semana.
O jogador camaronês, que foi colega do espanhol durante várias temporadas no Dragão, também enfrentou desafios significativos devido a lesões graves, o que o torna ciente das dificuldades que o defesa enfrentou ao estar tanto tempo fora dos relvados. Assim, Aboubakar, que marcou 58 golos com a camisola dos azuis e brancos, deixou mensagens de incentivo ao defesa de 37 anos, a quem tem grande apreço.
“É um jogador que se destaca pelo seu profissionalismo e é um líder natural. Aprecio a sua atitude, que nos habituou a todos que com ele partilhavam o espaço, baseada numa grande resiliência, independentemente dos momentos difíceis que enfrenta”, afirmou Aboubakar numa breve conversa com o nosso jornal, demonstrando um apoio incondicional ao espanhol. “Espero que ele nunca duvide das suas capacidades. Ele é, acima de tudo, um grande competidor. Esses períodos difíceis de lesões apenas solidificam o seu carácter. Desejo-lhe muita sorte, muitos jogos e continuidade no meu clube de eleição, o FC Porto”, acrescentou.
A resposta de Marcano, após 533 dias de inactividade devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito (que quase comprometeu a sua carreira, uma vez que em 2020 sofreu a mesma lesão), foi bastante encorajadora, e tudo indica que o capitão poderá ser titular no crucial jogo em Braga, na próxima quarta-feira. Não é garantido que consiga completar os 90 minutos – em Arouca foi substituído aos 75’ por Zé Pedro – mas a sua experiência e capacidade de liderança numa equipa bastante jovem é um recurso que
Martín Anselmi não pretende perder. E, de facto, neste primeiro capítulo da nova “fase” do defesa, o FC Porto manteve a sua baliza inviolada.
Para Aboubakar, a resiliência é a característica que mais define o seu antigo colega, que, apesar de um histórico de lesões graves, nunca se deixou abater pelo infortúnio. “É um jogador que sabe colocar tudo em perspectiva. Estive presente na sua primeira lesão grave. Não foi um processo fácil, mas ele conseguiu recuperar, enfrentando as dificuldades do percurso. Isso moldou o seu carácter e demonstrou a sua capacidade de superação e paciência. Ele repetiu o processo, e estou muito contente por ele, pois é uma excelente pessoa, que sabe como se integrar na sociedade”, concluiu o avançado, que na semana passada esteve em Portugal e aproveitou para treinar no Rebordosa, um clube modesto da AF Porto que compete no Campeonato de Portugal e onde também joga o seu primo Aboubakar Njoya.
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