Esta quinta-feira cumprem-se dois anos desde a reunião que ficou conhecida como a ‘AG da Vergonha’ do FC Porto. A noite de 13 de novembro de 2023 foi marcada por intimidação, ameaças e agressões, e a sessão convocada para “deliberar sobre a aprovação dos novos estatutos do clube” transformou-se num confronto entre os que defendiam a continuidade de Pinto da Costa na presidência e os que desejavam uma alternativa – já identificada, embora não oficialmente confirmada – personificada por André Villas-Boas.
Desde então o FC Porto sofreu alterações significativas, especialmente nos órgãos sociais, como evidenciado nas eleições de abril de 2024. Essas mudanças, porém, surgiram acompanhadas de custos profundos e difusos, com repercussões no plano desportivo, financeiro e associativo, bem como na relação do clube com sócios, adeptos e claques. Das ocorrências de 13 de novembro de 2023 resultou a Operação Pretoriano, que, apesar da turbulência interna, conduziu à condenação de dez sócios e adeptos – com Fernando Madureira como figura central – por crimes como ofensa à integridade física, coação, ameaça simples e ameaça agravada, entre outros.
Para além das consequências civis, surgiram também sanções disciplinares: numa primeira fase o então Conselho Fiscal e Disciplinar suspendeu três associados; já com o novo órgão foram aplicadas suspensões de seis meses a dois elementos (Fernando Saul e Manuel do Bombo) e proposta de expulsão para quatro pessoas (Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vítor Catão e Vítor Aleixo (pai)). As deliberações relativas a pelo menos os três últimos estão agendadas para 22 deste mês, em nova assembleia geral.

