O presidento do Marítimo, Carlos Pereira, salientou que não gostou mesmo nada da forma como a sua equipa foi goleada (0-5) na Luz, deixando duras criticas a Daniel Ramos e a alguns jogadores.
«Perante o tempo que levo disto, tenho a capacidade de análise para dar os parabéns quando as coisas são bem feitas, mas também criticar quando o trabalho de casa não foi bem feito. Não é para jogar apenas 15 minutos no Estádio da Luz que esta equipa está formatada. Que eu saiba, uma equipa é para jogar 90 minutos. As opções do treinador e a forma como alterou as coisas deixaram-me muito desiludido. As alterações feitas em algumas posições com determinados jogadores deixaram-me muito triste. Aliás, já tive o cuidado de manifestar ao Daniel Ramos esta minha insatisfação. Alterar dentro do padrão da equipa é uma coisa, agora desenquadrar aquilo que é o jogo em si é outra coisa e isso não deveria ter acontecido.» realçou o presidente maritimista em relação à estratégia adotada.
O presidente do Maritimo continuou com as críticas duras ao treinador, esperando agora que Daniel Ramos reflita…
«Vamos esperar que o próximo jogo seja diferente e que a análise ao encontro com o Benfica seja feita com critério. O Daniel Ramos teve uma tarde/noite infeliz. Ele tem de parar, refletir. Teve um fim de semana completo e espero que tenha refletido bem naquilo que menos bom foi feito naquele jogo…»
Carlos Pereira criticou também a atitude de alguns jogadores:
«Era um jogo em que 90 por cento da responsabilidade e favoritismo estavam do lado do Benfica. Contudo, nos 10 por cento que nos cabiam, tínhamos de dar tudo e não existir alguns a darem tudo e outros a não darem praticamente nada! Aliás, esses não deram 90 por cento de favoritismo ao Benfica, deram 100 por cento! Fiquei muito desiludido com a postura de alguns elementos. Não era daquela forma que eu esperava que a equipa chegasse à Luz para jogar.»
Carlos Pereira lembrou ainda que antes do jogo com o Benfica já tinha feito alguns alertas. «Se eu tive o cuidado de chamar a atenção publicamente que nós estávamos com o orgulho ferido em relação ao que tinha acontecido no passado nos jogos com o Benfica, isso não serve de alerta para que não volte a acontecer?… À mulher de César não basta ser, também tem de parecer. Aliás, no jogo com o Benfica pareceu-me claramente e com as letras todas que não houve nem a mulher de César, nem o César, nem a parecença!… Não foram muitos, mas existiram jogadores que não deram tudo. Os 90 por cento que lutaram foram traídos pelos 10 por cento que não lutaram! Só me custa perceber por que é que a equipa técnica não vê e o presidente viu… Deixo isto para uma análise muito profunda e muito criteriosa que o Daniel Ramos tem de fazer ao filme daquele jogo.»
