O Sp. Braga acumula quatro triunfos seguidos, com 12 golos marcados e nenhum sofrido. Carlos Vicens assume que esta é a «melhor fase» dos minhotos esta temporada e garante que não vai alterar a forma de jogar quando este domingo visitar o Dragão para defrontar o FC Porto.
O FC Porto lidera, mas vem com três exibições menos convincentes; o Sp. Braga chega em bom momento. Que encontro se antevê no domingo?
«Dizem que o FC Porto não ganhou com tanta facilidade os últimos três jogos, penso, em primeiro lugar, que há que ter em conta o contexto dos últimos jogos, jogos a meio da semana, fora de casa, frente a um adversário duro, depois voltar e jogar contra o Moreirense que é uma equipa que está a competir muito bem. Não é fácil jogar a meio da semana, ganhar jogos, é o contexto que temos na atualidade, jogar partidas de alto nível de três em três dias e ganhá-los não é fácil. Sabemos que um rival com um nível altíssimo, por isso é que é líder invicto da Liga, só concedeu um empate. Têm um treinador que desde muito cedo montou uma equipa muito reconhecida, que sabe jogar, estão a trabalhar, a competir e a ganhar jogos com muitas garantias, isso revela uma equipa com muita confiança. É isso que esperamos, uma equipa difícil, muito difícil. Quanto a nós, ainda vamos ter um treino esta tarde, vamos ver como os jogadores recuperam do esforço de terem feito três jogos em seis dias. Vamos para o jogo de amanhã com a ambição de fazer um bom jogo, tornar a vida muito difícil ao nosso rival e tentar ganhar.»
Estratégia do Sp. Braga no Dragão: podemos contar com uma postura diferente face aos últimos jogos?
«Não, vamos tentar continuar a sermos competitivos, procurar alcançar um nível de regularidade mais alto do que já tínhamos conseguido. A equipa tem clara a forma de jogar e vamos procurar ser essa equipa. Uma equipa que dificulta a vida ao rival, que joga com confiança, que joga como equipa. Fazer um esforço para assumir o jogo e tentar ganhar.»
Estamos perante a melhor fase do Sp. Braga?
«Sim, provavelmente sim, porque, dentro do processo de construção da equipa, estamos mais próximos, estamos a acumular mais experiências. Já fizemos vinte jogos oficiais e o processo vai-te fazendo crescer. Estamos a ver a equipa a crescer, a competir cada vez melhor e a superar os diferentes desafios que nos são colocados pelos adversários, com confiança e fé naquilo que fazemos. Isso deixa-nos tranquilos no sentido que estamos a trabalhar na direção certa. Quanto ao jogo de amanhã queremos apresentar essa face de que queremos continuar na mesma senda.»
Farioli disse após o jogo com o Moreirense que as equipas recuam mais contra o FC Porto. O Sp. Braga também o fará?
«Sabemos as dificuldades que vamos encontrar amanhã, mas temos de continuar a sermos nós próprios. Não fazia sentido amanhã, só porque vamos defrontar o líder invicto da liga, jogar de outra maneira. Vamos empatar, vamos perder e vamos ganhar jogos. Estamos a trabalhar numa direção clara, temos uma forma de jogar e estamos a ser competitivos. É isso que vamos tentar fazer amanhã, no futebol não tens de ter medo de nada, tens de jogar sabendo que os adversários colocam-te sempre desafios diferentes. Não vamos ignorar a qualidade do adversário, mas não faríamos nenhum favor à nossa equipa em dar moral à equipa rival. Respeito? Todo. É uma grande equipa? É, com certeza. É um líder merecido? Sim. Mas nós temos de ser Sp. Braga e amanhã vamos ser Sp. Braga.»
Duas equipas com predileção pela posse de bola. Podemos esperar um grande espectáculo, com confronto directo?
«Sim, gostei de analisar os jogos do FC Porto gosto de ver a ideia que propõe o seu treinador. Já quando estava no Ajax, gostava de ver as suas equipas. Nesse sentido, vamos ver que jogo vamos ter amanhã, pode ser na linha do que estavas a dizer, afinal de contas são duas equipas que querem fazer coisas, vamos ter um jogo entre duas equipas que vão procurar impor-se. Os jogadores estão confiantes porque sabem que têm uma linha de trabalho, temos uma forma de jogar e vamos continuar a reforçar essa forma de jogar. Há umas semanas dizia que nos faltava regularidade competitiva e, agora que a começamos a conseguir, vamos continuar a fazer as coisas da mesma forma. Se há coisas a melhorar? Há muitas, mas o mais importante é os jogadores terem uma ideia coletiva muito clara. Os jogadores vão para o jogo com toda essa confiança que têm vindo a acumular.»

