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Caso dos e-mails do Benfica junta seis investigações e é agora um “megaprocesso”

O Ministério Público (MP) acredita estar perante um esquema muito bem organizado de influência desportiva e, por isso, os 14 meses previstos na lei não são suficientes para investigar o caso dos e-mails do Benfica, que engloba seis investigações diferentes, segundo o “Jornal de Notícias” desta quinta-feira. O caso dos e-mails é já considerado um “megaprocesso”.

Vários responsáveis do clube da Luz são suspeitos de terem montado uma rede de influências para controlar o futebol nacional, um cenário que ganha força segundo a investigação do MP e, por isso, as seis investigações diferentes que integram o caso dos e-mails estão concentradas numa equipa especial do Departamento de Investigação e Ação Penal e Lisboa, que já pediu mais tempo à Justiça para terminar a investigação.

O MP considera mesmo – escreve o JN – que este é um caso de “excecional complexidade”. Por essa razão o MP pediu mais tempo para a investigação, escudando-se na lei que diz que os 14 meses conferidos para fechar uma investigação não são suficientes para este caso.

O alegado esquema para influenciar resultados de jogos de futebol da primeira liga, nas últimas cinco épocas, envolverá muitas personalidades ligadas ao desporto, que têm de ser ouvidas e confrontadas com os indícios apurados, E a natureza dos alegados crimes em investigação, de corrupção passiva a ativa, levou o MP a pedir mais tempo, uma vez que entre as relações obscuras identificadas, o silêncio é a chave para a investigação.

Mais, indícios de que o Benfica está no centro do esquema de influência desportiva, organizando relações entre dirigentes e agentes desportivos, também justificará o alargamento do prazo.