Futebol

Domingos Paciência destaca quatro jogadores nesta “época de sonho”

Em entrevista à Lusa, o antigo jogador dos dragões, Domingos Paciência, lembrou os vários condicionalismos que os azuis e brancos enfrentavam no início da temporada, algo que acentua ainda mais o “mérito” do treinador Sérgio Conceição em quebrar o maior jejum de títulos de campeão no consulado de Pinto da Costa à frente do FC Porto.

“Acaba por ser uma época de sonho, porque das fraquezas se fizeram forças. Com a fraqueza com que começou o campeonato, em virtude do fair play financeiro, dos quatro títulos do Benfica, de um Sporting com a expectativa que seria muito mais forte, o FC Porto acaba por ser campeão no ano em que tudo apontava que fosse terceiro classificado”, considerou.

Ao relevar o trabalho do técnico portista na sua temporada de estreia no clube, o antigo avançado portista salientou também um aspeto fundamental para o triunfo e que chegou de fora do campo: o peso da massa associativa azul e branca. “O FC Porto teve uma equipa muito competitiva, uma crença muito grande, com jogadores que estiveram antes emprestados, sem grandes alternativas, e isso criou uma corrente muito positiva. Ficou provado que, por vezes, não existindo a melhor qualidade do mundo se consegue também ganhar”, vincou.

Manifestando a sua expectativa de uma transição para a próxima época sem grandes mudanças e com o reequilíbrio do plantel apenas em posições específicas, Domingos Paciência confessou também a sua crença de que este título será o lançamento de um novo ciclo hegemónico do clube no futebol português. “Seria um erro da administração fazer uma nova equipa. Há uma linha de continuidade e o FC Porto deveria manter jogadores. Há atletas que estão a terminar contrato e há outros que tiveram muita importância, como Casillas e Marcano. Quem está à frente é que sabe a gestão da equipa”, disse.

Paralelamente, o ex-jogador e ex-treinador de Belenenses, Braga, Sporting, entre outros clubes, destacou alguns jogadores que considerou preponderantes para este êxito. “Destacaria o Casillas, que num momento de alguma fragilidade transmitiu segurança e estabilidade à equipa, o Herrera e o Sérgio Oliveira, porque eles fizeram esquecer o infeliz Danilo, criando um meio campo forte, e depois, na frente, destacaria o Marega, pois o FC Porto encontrou um jogo muito simplificado, mas eficaz, em que ele foi a referência”, finalizou.

O FC Porto, sob a orientação de Sérgio Conceição, fechou a época 2017/18 com a conquista do título de campeão nacional, num ano em que igualou inclusivamente o recorde de pontuação da prova, ao somar 88 pontos, os mesmos do Benfica em 2015/16.