O treinador do FC Porto, Francesco Farioli, assumiu a dianteira para comentar o momento da equipa. O técnico italiano procurou desmontar a «narrativa» de que os adversários já conhecem bem o modelo de jogo dos dragões e, por essa razão, conseguem travar a equipa portista. Farioli recorreu a dados estatísticos dos encontros mais recentes e até colocou questões aos jornalistas.
«Podes decidir atrair o adversário como quiseres, mas se eles não vierem… A narrativa que circula por aí não é muito correcta, honestamente. Estou curioso por perceber quantos de vocês habitualmente reveem o jogo no final. Quantos de vocês reveem o jogo com cabeça fria? Um?»
«Contra o Moreirense, ouvimos que “agora sabemos o que fazem, bloqueámos tudo, tudo foi resolvido…”. Entrámos na área 36 vezes e eles chegaram seis vezes. Tivemos quase dez remates à baliza, eles tiveram um, foi o golo, com um desvio. No final de contas, tentar destruir uma certa forma de futebol é fácil. Derrubas, derrubas…»
«Se só jogámos no meio-campo adversário, temos de ser mais pacientes, encontrar o momento certo e não entrar em loucuras e mudar muitas coisas. Temos de nos ajustar, porque cada jogo é diferente, exige coisas diferentes, mas depois temos de ser frios e estar conscientes do que estamos a fazer, do nosso processo. Se quiserem falar de números, na época passada, no mesmo estádio e com o mesmo adversário [Moreirense], tivemos uma diferença de 11 pontos e mais 19 golos esta época, enquanto na época passada foi de +3. Acho que estamos no caminho certo e há sempre coisas que poderemos melhorar.»
Intenção de surpreender os adversários
«Para mim é fazer as coisas bem, essa é a chave, com o mesmo empenho, energia, paixão e compromisso. É o que temos de fazer quando encontramos equipas que defendem baixo. Mas amanhã será diferente, vamos encontrar uma equipa com um estilo completamente diferente, pressionam com muita intensidade, temos de mudar o chip para amanhã e ir mais para o que aconteceu no início da época.»

