É, porventura, a repetição de um enredo conhecido, mas com a diferença de se tratar de um grande registo – daqueles que se guardam com devoção, os chamados clássicos – expressão que também cabe a este confronto, um dos mais emocionantes dos últimos anos no andebol português e entre os clubes mais vitoriosos da modalidade no país. Arranca esta tarde a nova época com a habitual disputa da Supertaça, entre o Sporting, vencedor de todas as provas internas em 2024/25 – tal como na época anterior – e o FC Porto, finalista derrotado da Taça de Portugal. É ainda um duelo entre emblemas que têm alternado na liderança do palmarés: no final de 2021/22 o FC Porto contava 43 troféus e o Sporting 40; atualmente os leões têm 47 e os dragões 44.
Com os plantéis renovados, como é habitual, ambos os conjuntos sofreram ajustes precisos, sendo mais profundas as alterações do lado dos azuis e brancos, que recuperaram atletas de empréstimos. “Do que fomos vendo, é um FC Porto forte que foi buscar um lateral-direito [Linus Persson], uma posição onde tinha dificuldade. Tem um jogador de nível internacional. Foi buscar referências defensivas, gente forte e alta como o Jesús Vergara ou o Timmy [Petit]”, comentou o técnico Ricardo Costa, para quem “o mais importante é o que podemos e queremos fazer sem estarmos tão focados no FC Porto”. Pelo lado dos nortenhos, falou o capitão Daymaro Salina. “O Sporting foi mais feliz do que nós na época passada, mas este é um cenário diferente, com jogadores novos. Ambas as equipas reforçaram-se e acho que será um jogo muito intenso. É um clássico, um jogo de garra e paixão”, destacou.