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“Fernando Madureira corre o risco de entrar numa bola de neve de condenações”

A posição processual de Fernando Madureira, ex‑líder dos Super Dragões, volta a deteriorar‑se com a realização de novas diligências da PSP no âmbito de um processo que investiga alegados crimes de ofensa à integridade física e de roubo. A informação foi divulgada por Tânia Laranjo, jornalista da CMTV, que explicou o estado das investigações.

Segundo a mesma fonte, os factos em investigação ocorreram antes da detenção de Madureira na Operação Pretoriana, operação que já conduziu a uma condenação em primeira instância. As suspeitas não recaem apenas sobre Fernando Madureira, abrangendo também outros elementos ligados aos Super Dragões.

Processo esteve suspenso durante Operação Pretoriana

Tânia Laranjo refere que o processo relativo a estes factos ficou parcialmente suspenso enquanto decorreu a Operação Pretoriana. Com o encerramento dessa fase, e com o antigo líder da claque já a cumprir pena, a investigação foi retomada pela Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto, a mesma unidade que conduziu a operação anterior.

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto autorizou agora novas buscas relacionadas com este inquérito. Não é ainda claro se essas diligências irão desencadear detenções.

Acumulação de processos

A investigação junta‑se ao denominado “processo dos bilhetes”, que apura um alegado favorecimento na distribuição de ingressos. Esse caso encontra‑se na fase final, com arguidos a serem ouvidos, e prevê‑se que a acusação possa ser tornada pública nas próximas semanas. O nome de Fernando Madureira surge igualmente referido neste processo.

A jornalista sublinha que o antigo dirigente da claque se vê agora perante uma “quase bola de neve judicial”: tem uma pena em cumprimento, decorrem novos inquéritos e há eventuais processos adicionais que poderão culminar em novas condenações.

Recurso em curso e hipótese de agravamento da pena

Embora tenha sido condenado no âmbito da Operação Pretoriana, o processo está ainda em recurso no Tribunal da Relação. O Ministério Público procura uma pena mais gravosa do que a aplicada em primeira instância, de cerca de três anos e meio de prisão.