Bem, depois daquela primeira parte fantástica nada fazia prever a hecatombe que foi a segunda. Mas a verdade é que o jogo inteiro mostrou bem os nossos pecados - finalizações medíocres na primeira e erro colossal do treinador no timing em que mexe na equipa e nas escolhas que faz - e que muitos têm advertido por aqui há largos meses/anos.
Os problemas continuam iguais mas nada é feito para os corrigir. Fala-se do treino intenso no Olival mas depois pouco se vê, em termos tácticos, no campo. Tira-se o chapéu à direção que fez um trabalho fantástico neste defeso mas depois, olha-se para o plantel, e é confrangedor em alguns setores ver Zaidus, Eustáquios, Grujiques, Marcanos, desperdício dos Pepês a lateral direito, Galenos a terem que fazer de defesa esquerdo, meter um Baró a querer mudar o rumo dos acontecimentos e o rapaz, coitado, a ser engolido pelos do fenfinque, quando tinha ali à mão de semear um reforço de qualidade, manter um ausente Taremi em campo quando tinha um Navarro sedento de mostrar serviço a ficar no banco até quase ao fim.
Enfim, uma embrulhada de sarilhos este FC Porto 23/24. Havia a esperança das coisas começarem bem - e até fizemos uns 45 minutos muito bons - mas depois o treinador, mais uma vez, reage em vez de antecipar e agir quando vê o adversário a crescer e a tomar conta do jogo e a mudar, atempadamente as suas peças. Há que dizê-lo sem receio: Conceição foi engolido tacticamente na segunda parte pelo Chaimite. Completamente incapaz de contrariar as correções acertadas que o alemão fez.
E é isto que mais custa: ver que os erros continuam lá e nada é feito para que sejam corrigidos. E isto vale para todos os departamentos do clube, desde a $AD, que continua a errar nos defesos e a entrega ro clube aos parasitas, aos jogadores que treinam muito e bem - supostamente - mas depois continuam a falhar lances parvos e clamorosos, acabando no treinador que teima na sua casmurrice e dogmas incompreensíveis como as substituições tardias e mal feitas e o "tempo de adaptação" dos reforços e estes circos patéticos de andar a degladiar-se com os Godinhos da vida em vez de os ignorar. A emoção do jogo, já sei, mas caramba, já não sabe o que os Godinhos "gastam"...?