Queríamos entrega.
Agora que a temos, chamamos-lhe falta de ideias.
Queríamos raça.
Agora que correm até ao fim, dizemos que jogam em esforço.
Ouvimos que o modelo é previsível.
Mas qual não é, quando te estudam à lupa todas as semanas?
Criticamos a falta de brilho.
Mas quantas equipas, com este plantel novo e curto, jogam com mais magia?
Uns pedem futebol bonito.
Outros pedem vitórias.
Mas o Porto sempre viveu entre o suor e o talento, nunca só de um deles.
Dizem que o treinador é conservador.
Mas elogiáram os autocarros do Mourinho, não foi?
O que é ser conservador? É jogar contra um rival direto que está a quatro pontos, que não quer ganhar, e optar por não correr riscos para não o deixar ganhar motivação? Ou é ser inteligente e jogar o campeonato como uma maratona, e não como um sprint?
Eu também quero mais. E também concordo com muitas das críticas que se ouvem (quase todas).
Mas há uma linha ténue entre exigir e sabotar.
Entre criticar para crescer e criticar por rotina.
Será que o Porto não está a deixar tudo dentro do campo?
Será que isto não é apenas o processo natural de uma equipa nova, ainda a ajustar-se?
Queriam que o treinador viesse dizer que “não tem jogadores à altura”? Ou que rasgasse o balneário em público como fazem outros?
E será mesmo o sistema o problema?
Ou é um ou outro jogador que não se encaixa no sistema, mas que há… cem milhões de razões para o manter em campo?
Atenção, as minhas perguntas não são retóricas. São genuínas.
Eu próprio as faço a mim mesmo, todos os dias, para tentar encontrar o equilíbrio entre a emoção de um adepto e a razoabilidade de quem tenta ser justo.
Justo com o clube que está a tentar reconstruir-se depois de anos difíceis.
Justo com quem ainda está a pôr ordem na casa e, mesmo assim, mantém o Porto na luta.
E justo com a equipa, que pode não ser perfeita, mas mostra sinais de um Porto que há muito não víamos: com vontade, foco e crença. Uma equipa que, mesmo nos jogos menos conseguidos, mostra que quer reencontrar o seu caminho.
Por fim, uma última pergunta, talvez a mais importante de todas: Podemos concordar ou discordar da qualidade em certos momentos, podemos discutir opções e desempenhos individuais, mas será que em algum momento podemos acusá-los de **não terem dado tudo** dentro do campo?
Agora que a temos, chamamos-lhe falta de ideias.
Agora que correm até ao fim, dizemos que jogam em esforço.
Mas qual não é, quando te estudam à lupa todas as semanas?
Mas quantas equipas, com este plantel novo e curto, jogam com mais magia?
Outros pedem vitórias.
Mas o Porto sempre viveu entre o suor e o talento, nunca só de um deles.
Mas elogiáram os autocarros do Mourinho, não foi?
O que é ser conservador? É jogar contra um rival direto que está a quatro pontos, que não quer ganhar, e optar por não correr riscos para não o deixar ganhar motivação? Ou é ser inteligente e jogar o campeonato como uma maratona, e não como um sprint?
Mas há uma linha ténue entre exigir e sabotar.
Entre criticar para crescer e criticar por rotina.
Será que isto não é apenas o processo natural de uma equipa nova, ainda a ajustar-se?
Queriam que o treinador viesse dizer que “não tem jogadores à altura”? Ou que rasgasse o balneário em público como fazem outros?
Ou é um ou outro jogador que não se encaixa no sistema, mas que há… cem milhões de razões para o manter em campo?
Justo com o clube que está a tentar reconstruir-se depois de anos difíceis.
Justo com quem ainda está a pôr ordem na casa e, mesmo assim, mantém o Porto na luta.
E justo com a equipa, que pode não ser perfeita, mas mostra sinais de um Porto que há muito não víamos: com vontade, foco e crença. Uma equipa que, mesmo nos jogos menos conseguidos, mostra que quer reencontrar o seu caminho.
