A verdadeira ambição de um clube não se mede pelas palavras, mas sim pela coragem e capacidade de agir. Não basta proclamar o desejo de vencer é imperativo tomar decisões difíceis, quando necessário, e implementar mudanças estruturais, tácticas, estratégicas ou mesmo ao nível da liderança, para transformar esse desejo numa possibilidade concreta de sucesso.
No caso de um clube com a dimensão e a responsabilidade histórica do FC Porto, a ambição tem de ser mais do que uma intenção: tem de ser um compromisso diário com a excelência, com a construção de um projeto desportivo sustentável e com uma competitividade permanente ao mais alto nível.
Se a continuidade do treinador é, interna ou externamente, percecionada como um entrave a essa ambição, então importa reconhecer que a mera declaração de vontade, por mais bem-intencionada que seja, não é suficiente. A liderança exige não só visão, mas também ação. A confiança dos sócios e adeptos constrói-se com decisões firmes e coerentes com os valores e objetivos do clube.
A ambição, quando é real, não se traduz em discursos manifesta-se nas escolhas que se fazem. E, acima de tudo, nos resultados que se alcançam.