Passadas umas horas sobre este trágico momento será talvez o momento de relembrar DIOGO JOTA porque ele partiu mas ficará na nossa memória.
Aqui vai um post curioso que retirei do facebook.
DIOGO JOTA, PARA MIM, SÓ SE REFORMOU... NADA MAIS!
Eu sou um confesso ateu, e em vez de isso tornar a morte em algo mais tenebroso, torna-a mais leve, porque no grande esquema cósmico das coisas, a morte dissipa toda e qualquer vida, por mais longa que ela seja.
Por isso, não vou aproveitar a morte de Diogo Jota para, como uma carpideira cibernética, lucrar visibilidade com isso.
Mas vou aproveitar a carreira de Diogo Jota para o fazer.
E o que tenho a dizer sobre o legado do jogador que hoje terminou carreira?
Singrou onde poucos avançados, ou extremos, portugueses singraram: na melhor liga do mundo.
E fez um percurso a pulso.
Começando no modesto Paços de Ferreira, pescado pelo Atlético de Madrid, mas nunca aproveitado, emprestado ao Porto, mas não aproveitado, e pescado e aproveitado pelos Wolves, onde explodiu a grande altura, levando-o ao grande Liverpool.
E porque é que é ele depressa se foi do Paços?
Porque era intenso, com e sem bola.
Porque era objetivo, mesmo sem uma criatividade por aí além.
Porque era letal.
Basicamente, Diogo Jota era um jogador dos tempos modernos, com grande explosão, forte nas diagonais e com uma soberba relação com a baliza.
E quando falo intenso com a bola, falo de um jogador que não tinha uma visão de jogo por aí além, mas que em movimento permanente dava opções aos seus colegas, para se ver no melhor que fazia, detrás para a frente, em frente à baliza.
No final desta carreira, mesmo que não tão longa como seria de esperar, quem o viu pode dizer: este gajo foi dos melhores jogadores portugueses da sua geração, e fez uma carreira melhor que muitos mais exuberantes tecnicamente que ele.
E para mostrar isso, ficam também os números que mais impressionam, que não sendo tudo no futebol, ajudam a explicar a razão por que o considero um dos melhores portugueses da sua geração:
- Em 5 épocas no Liverpool, fez 64 golos e só numa época não chegou aos 30 jogos, sendo que numa chegou aos 55. Tirando Nani e Ronaldo, qual foi o avançado português a fazer algo do género num grande clube inglês?
Ou seja, Diogo Jota reformou-se hoje, mas o seu legado não!
PS. Sim, Jota, são números malucos, e são teus!
