Última atividade de DiogoRafaf

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    Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)
    [o silêncio do Jorge]

    o caixão no meio do relvado
    onde antes os aplausos,
    as bandeiras,
    os gritos embriagados de cerveja
    e de paixão

    agora há um caixão
    e silêncio

    onde o Jorge gritou golo
    há uma madeira fechada
    que não devolve a bola
    nem o tempo

    ninguém lhe grita,
    ninguém lhe chama bicho,
    ninguém o manda recuar
    ou pressionar

    está tudo quieto,
    o futebol pede desculpa:
    sabe que não vale porra nenhuma
    quando quem joga
    não pode jogar mais

    os colegas vestem fato,
    os velhos da bancada choram:
    são outra vez os putos que eram
    quando ele chegou

    mas ele já não chega

    foi-se embora com as pernas dobradas
    por um adversário que nunca vimos
    nem veremos:
    o tempo, o coração,
    a puta da vida
    e a sua respectiva morte

    as chuteiras estão lá
    penduradas numa memória:
    dois cães sem dono
    à porta de casa, na espera
    infinita de quem não vem

    o estádio ouve-se
    a si próprio

    nunca o conheci e
    sinto que me falta alguém
    que sabia bater no peito
    e mostrar que ainda há alma
    no jogo

    o Jorge era dos que morrem
    com a camisola vestida

    agora é só silêncio e
    o eco de um nome
    gritado por vozes que nunca mais
    vão ser as mesmas

    adeus, Jorge.

    o teu estádio está de luto.
    o teu grito continua
    a correr na linha lateral
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    André Villas-Boas - Presidente
    o papel do Jorge era importante no balneário e também no mercado , como se estava a ver.

    Iker?
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    Reações: pauloans
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    Mais tarde ou mais cedo, André Villas-Boas vai ter a aceitação e devoção de todos os adeptos do Porto como Jorge Nuno Pinto da Costa...
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    Espero que todos recuperem bem e que a partir de segunda feira partamos para uma época memorável
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    Depois de ontem ter passado o tempo todo de pé ao lado da urna. Numa dor que quem viu , arrepia e fica com aquilo na cabeça. É mesmo...
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    André Villas-Boas - Presidente
    O André foi o primeiro a chegar a capela.
    O André está sentado sozinho, ao lado da urna do seu amigo.

    Obrigado por tudo
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    O André não está sozinho. Primeiro tem uma família que o suporta. Depois tem uma direcção muito unida e constantemente consigo. Um José...
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    Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)
    “Fizeste-me tão feliz. . .💙

    Nunca pensei que o meu regresso à página fosse motivado pelo inesperado falecimento do nosso Jorge Costa, mas não me sentiria bem comigo mesmo se nada aqui escrevesse sobre aquele que foi para mim uma referência do Porto à Porto que sempre defendi, e que cometeu a proeza de nunca me desiludir.

    As minhas primeiras memórias de Portista têm Jorge Costa no relvado e nele via alguém que me representava na perfeição.

    Logo a começar, era por demais evidente que para Jorge Costa cada jogo do nosso Porto não era encarado como mais um dia no escritório, e que uma derrota (ou até empate) do nosso clube lhe causava a mesma revolta que a nós.

    Invejado/detestado pelos rivais, Jorge Costa não necessitava de qualquer mental coach para enfrentar os ambientes mais hostis e crescia na adversidade, tendo um particular prazer em marcar ao nosso maior adversário.

    Aliás, toda a carreira futebolística de Jorge Costa é emblemática da sua capacidade de superação, e que nada lhe foi oferecido de mão beijada.

    Numa altura em que as equipas B eram uma miragem, Jorge Costa foi emprestado ao Penafiel, depois ao Marítimo, e só gradualmente conquistou um lugar ao sol no seu clube do coração.

    Aí chegado, fez parelhas de excelência com centrais como Aloísio, Fernando Couto, Zé Carlos, Jorge Andrade, Pedro Emanuel, Ricardo Carvalho ou Pepe.

    De aluno a professor, o defesa central, que em boa hora pescamos no Futebol Clube da Foz, foi figura de proa num longo período em que o nosso FC Porto era famoso por ter uma defesa de betão.

    Contudo, nem tudo foram rosas, e Jorge Costa não escapou a lesão graves, e polémicas.

    Ultrapassou tudo isto com trabalho, e espírito lutador, negando viver numa realidade alternativa, num papel secundário, e remetido ao mundo dos ses.

    "Ai se não fosse aquela lesão no joelho", "ai se não tivesse sido queimado pelo Octávio Machado", "ai se o Jorge Costa fosse mais rápido e mais novo".

    A estes ses, Jorge Costa respondeu em campo e foi peça fulcral do Porto vencedor da Taça UEFA, da Champions League e da Taça Intercontinental.

    O nosso Bicho atalhava caminho perante os avançados mais rápidos, sabia transformar faltas defensivas em faltas ofensivas, e até para dar "pau" tinha inteligência para saber como e onde o fazer (sim, tem que se lhe diga, e hoje não temos disso).

    Jorge Costa sabia que durante os 90 minutos não haviam amigos, e não hesitava em entrar na mente do adversário.

    Cometeu excessos? Chegou a errar?

    Sim, e admitiu, nunca se preocupando minimamente em cultivar uma falsa imagem puritana (tão em moda hoje em dia).

    Deliciosamente imperfeito, Jorge Costa não era anjola, tinha a escolinha toda e foi um capitão de eleição, elevando a mística do nosso Porto a um patamar que muito provavelmente não mais voltará ser alcançado (infelizmente).

    Nortenho, tripeiro de gema, Jorge Costa transportava na sua braçadeira as nossas maiores virtudes e defeitos.

    Brilho no olhar (até às 4 da manhã, nas Antas), sangue na guelra, e sempre preparado para toda e qualquer ocasião, por mais ríspida, perigosa ou injusta que pudesse ser.

    Sem tangas, sem desculpas, sem medo, sem complexos, o nosso ADN em estado puro.

    Muito mais teria para escrever, pois Jorge Costa é um ícone do nosso Porto para várias gerações, e carrega em si conteúdo capaz de alimentar uma página de homenagem a si, dia sim, dia sim.

    Orgulho-me de, a dado momento, Jorge Costa ter sabido da minha existência, e ter lido em vida um dos vários textos que escrevi a celebrar a sua carreira de dragão ao peito.

    Jorge Costa é a prova que o Homem é o Homem e suas circunstâncias, e não hesito em relacionar a sua postura mais apagada, no seu regresso enquanto dirigente, ao seu problema de coração.

    Jorge Costa partiu a servir o clube que amava, e só lamento que não tenha tido a oportunidade de te agradecer olhos nos olhos o quanto me fizeste feliz e serviste de inspiração para a minha forma de viver o nosso Futebol Clube do Porto e a vida no seu todo.

    Obrigado, campeão, eterno camisola 2, fizeste a diferença e foste diferente, marcando a minha vida e de tantos outros Portistas! 🐉 2️⃣ 💙

    #JorgeCosta2

    #eternocapitão”
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    Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)
    Ainda hoje de manhã, o Jorge Costa sorria.
    Assinou camisolas, tirou fotografias com adeptos, trocou palavras rápidas mas cheias de significado para quem o admirava. Deu uma entrevista a um canal desportivo, falou do presente e do futuro, com aquela segurança de quem sempre viveu o futebol como missão. E, no entanto, poucas horas depois… o futuro deixou de existir para ele. Uma dor, um mal-estar, uma paragem cardíaca. O corpo que tantas batalhas aguentou, dentro e fora de campo, rendeu-se. E, de repente, o Jorge Costa deixou de estar aqui.
    O choque não vem apenas da perda de um homem do futebol, de um capitão, de um símbolo. O choque vem do vazio que fica quando percebemos que a vida é mesmo isto: um instante. Hoje, aqui. Amanhã, talvez não. Uma manhã inteira a viver como sempre viveu, a trocar gestos e palavras, sem saber que estava a viver as últimas horas. É cruel pensar que, por vezes, nem o último “até amanhã” chega a ser possível.
    O legado dele é feito de títulos, vitórias, liderança e respeito. Mas acima de tudo, deixa uma história. Uma vida que inspirou dentro e fora de campo. E a morte, mais uma vez, vem repetir a verdade que teimamos em esquecer: as pessoas não são eternas. Não basta gostar delas, é preciso dizê-lo. Não basta admirá-las, é preciso estar presente. O tempo é um luxo que julgamos ter, mas não controlamos.
    Quantas vezes deixamos para depois aquela visita? Quantas mensagens ficam por responder? Quantas vezes trocamos o abraço pelo “quando tiver tempo”? A vida não espera. E quando ela decide levar alguém, não pede autorização nem avisa.
    Fica a pergunta que não quer calar: estamos a viver de forma correta? Ou estamos a gastar a vida em coisas que, daqui a uns anos — ou amanhã mesmo —, não terão qualquer importância? A morte de Jorge Costa, tão repentina, é um murro no estômago. Um aviso. Uma nota de que as memórias que ficam são feitas de presença, não de promessas.
    Hoje, o “Bicho” deixou de estar no relvado da vida. Mas o exemplo dele — de garra, entrega e paixão — continuará. Desde que não nos esqueçamos de viver. Hoje. Agora. Enquanto ainda dá tempo.
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    Um post brilhante de Luís Osório que a maioria deve conhecer. Um elogio ao FC. Porto 1. Discutir futebol ou política com elevação é...
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    Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)
    Desde cedo que percebi o futebol na sua essência como um desporto de massas capaz de unir um país ou cidade em torno de um mesmo objectivo. Quando era miúdo e achava que ia ser o CR7 da Brandoa imitava as trivelas do Quaresma, os livres do Gaitan e as arrancadas do Simão. Ali na terra batida, no alcatrão não havia clubes, era futebol no seu estado puro. Se ficasse sem perna não era falta, o gordo ia à baliza e no fim quem marcasse ganhava. Quando olho para o nosso futebol ainda gosto de o imaginar assim. Repleto de rivalidades, mas puro na sua essência, como um qualquer jogo de miúdos que termina com a mãe a chamar o dono da bola para casa. Porque o futebol é acima de tudo a essência concretizadora dos sonhos, tendo o condão de nos transportar para outra realidade, e de por momentos que seja termos o nosso Estádio como centro do Mundo, e vermos nos nossos craques Heróis de banda desenhada, capazes de com um golo, um corte ou defesa de nos levarem para outra dimensão. Jorge Costa foi um destes Heróis, alguém que não precisou de usar capa para saltar mais alto que os outros, levando consigo o símbolo do Porto. Esteja onde estiver, estará certamente rodeado de outros grandes nomes do nosso futebol, com a certeza que o seu nome estará para sempre eternizado no Olimpo do Dragão. Até sempre Capitão.
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    Jogo de Apresentação: FC Porto vs Club Atlético Madrid 1-0
    Muito para esmiuçar no que toca ao dia de hoje.

    Primeiro, dizer que foi um dia fantástico, um dia de puro Portismo, desde o pre-match, passando pela chegada dos jogadores, pela bela apresentação oficial com direito a bomba surpresa de seu nome Luuk De Jong, pela presença e homenagem a lendas como o Futre, Falcao, Cebola Rodríguez, Felipe, Diego, Costinha e até o Vitinha e o Cândido a vibrarem nos camarotes que também não quiseram perder esta nossa "rentrée", pela bonita e arrepiante homenagem feita ao Diogo Jota e ao André Silva, pelo belo jogo que aconteceu dentro da quadra, e claro, pela vitória.

    Indo já directamente para os reforços: Estreia do Bednarek e que estreia, calmo, sereno, muito interventivo, muito calculista, acho que não restam dúvidas para ninguém que temos ali o novo e tão aguardado patrão da defesa. Pessoalmente continuo a achar que a dupla deverá ser por regra composta por ele e o Prpic, mas compreendo que o Farioli tenha ainda necessidade de testar parcerias.

    Alberto Costa tomou conta da lateral-direita e provavelmente já não será para largar, esteve em óptimo plano e garante não só mais segurança defensiva como também profundidade ofensiva, é forte nos duelos aéreos e tem uma considerável disponibilidade física. Mais uma bela contratação, sem dúvida.

    Froholdt. Victor Froholdt. Que dizer sobre este "viking" de 19 anos que já não tenha sido dito? É um tratado. Parece que já joga no Dragão há 5 ou 6 anos, impressionante. Está em todo o lado, tem pulmão que nunca mais acaba, luta por cada bola como se fosse a última, fura defesas adversárias como quem barra manteiguinha numa torrada logo de manhã e tem cojones, dos grandes.
    O golo foi só o coroar de mais uma tremenda prestação.
    Já ganhou os adeptos, limpinho. Esperemos mais do mesmo no futuro e esperemos também que até final de Agosto não haja um "sheik" tolo ou coisa que o valha que perca a cabeça e ofereça mundos e fundos por ele...

    Gabri Veiga, o reforço "veterano". Tem veludo nos pés, tem passes teleguiados para dar e vender, adora pegar e bem na batuta e assume o jogo, único apontamento que lhe tenho a fazer será talvez a nível da intensidade, onde terá que igualar a do resto da equipa, de resto tem que jogar.

    Borja Sainz, a lebre com faro de golo. Estás-nos a dever um golo ó Borja, aquele falhanço junto á linha de golo depois de um enorme centro do Gabri Veiga não pode acontecer no futuro pá, de resto tiveste uma considerável melhoria desde o jogo frente ao Twente, foste mais objectivo, mais interventivo e podias muito bem ter molhado a sopa em 2 ou 3 ocasiões. Além disso foste carraça pa carraças e atazanaste as cabeças dos rufias do Simeone durante quase todo o jogo.

    Quanto aos players que já cá estavam: O Martim portou-se muito bem na lateral-esquerda e quem sabe não temos ali uma opção bem válida para esse papel. Pérez, há que dizer que hoje cumpriu, mas continua a ter aquelas habituais paragens que podem trazer dissabores. Como disse na minha opinião deverá ser 3ª opção para central. Zé Pedro entrou para alinhar pela lateral-direita mas deverá ficar como 4ª opção ao centro. Grujic entrou para central (uh?!) e até cumpriu bem o papel, teremos ali uma nova faceta do Marko ou a saída é mesmo inevitável? Não sei. Zaidu...foi Zaidu. Cumpriu os mínimos, fez daqueles raides que tanto o caracterizam, mas como disse aqui há uns dias continuo a achar que merecemos melhor naquele sector. Mora entrou e desde logo mostrou ao que ia: Reclamar de volta aquele estatuto de titular que lhe pertenceu na época passada. Extremamente interventivo, fantasista, deliciou a plateia com aqueles pormenores deliciosos dele que tão bem conhecemos. Ia, inclusive, marcando mais um golo de antologia depois de traçar uns 2 ou 3 pitbulls do Simeone e apenas ter pecado na finalização, onde rematou ao poste. O Farioli já sublinhou que conta muito com ele e será parte importante, quantas titularidades terá? quantos minutos? Não sabemos. Mas será importante mais uma vez e contrariará todos aqueles abutres que nestas últimas semanas se têm desdobrado em novelas e teorias de vão de escada sobre a "infelicidade" do Mora. Pepê e Varela aparentemente de volta ás suas velhas e boas versões de si próprios. Samu perdulário hoje mas com ânsia de provar muitos que precipitadamente e até injustamente o têm rotulado de "cepo". A inclusão do De Jong será óptima para o "picar".

    De resto dizer que no cômputo geral fizemos um belo jogo, ainda com umas certas quebras seja na concentração, seja na intensidade, seja na interpretação dos momentos de jogo, mas ainda compreensíveis dado a fase tão embrionária da época e dado ter sido num contexto de apresentação aos sócios, onde se testaram ainda certas peças, certas rotinas e certos processos, acredito que mal chegue a primeira jornada a máquina esteja o suficientemente oleada para começarmos a liga com o pé direito.

    Ah e dizer também, à semelhança do jogo frente ao Twente, que levámos com mais uma deplorável prestação do conjunto de arbitragem, tuga mais uma vez, pois claro. Desde faltas e faltinhas ou erradamente assinaladas ou estupidamente toleradas, passando por um penalty mais claro que o céu de hoje à tarde, braço deliberado. Mas enfim. Interpretemos isto como um sinal do que aí vem: Mais uma liga generosamente bem regada de artistas do apito dispostos a quilhar uns e amamentar outros que tais. Como sempre teremos que ser mais fortes que isso e nem lhes dar hipótese para tal, já está no nosso adn.

    Confesso, estou extremamente iludido, tanto como já há muito que não estava. Atrevo-me a dizer que todos os reforços são bons de bola e que vão acrescentar algo de muito bom, cada um à sua maneira. Atrevo-me também a dizer que o Farioli irá revelar-se um treinador astuto, inteligente e pragmático, timoneiro de um conjunto profissional, raçudo e comprometido. E atrevo-me a dizer que o futuro aparenta ser muito risonho para todos nós Portistas, consequência de uma gestão directiva exemplar, de um corpo técnico de nomeada e de um conjunto de jogadores cheios de fome e vontade de vencer. Assim seja.

    Em frente grande Futebol Clube do Porto, let the games begin.
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    Luis Díaz
    Rendeu menos que um galeno
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    Diogo Costa
    Vai para la o Chevalier
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    Reações: 2005dragon
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    Gabri Veiga