Última atividade de Dragonovic

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    258.422.802€ de prejuízo acumulado nas últimas 10 épocas. No mesmo período, 26.579.124€ de remunerações pagas a presidente e restante...
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    Lista A - Pinto da Costa
    Como assim? Pergunta genuina mesmo, podes elaborar?
    Nenhuma instituição preocupada com a vitalidade do seu processo democrático agendaria eleições para um fim-de-semana prolongado entre dois feriados.

    Como é comum em contextos de mudança, uma elevada participação eleitoral é prejudicial ao incumbente.
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    Lista A - Pinto da Costa
    A mim sinceramente o que mais me entristece nem são os roubos em si. É a inércia do clube perante os mesmos.

    O silêncio de alguém que está agarrado ao poder e sabe que os resultados desportivos podem ser decisivos nas próximas eleições, é algo que me ultrapassa.
    Aproveito a deixa — e desculpa o desvio.

    Acho que qualquer dúvida que pudesse subsistir sobre esta questão tem de estar esclarecida.

    Apenas nos últimos meses, Pinto da Costa e/ou a sua Administração:

    - Promoveram uma Assembleia-Geral Extraordinária que visava alterar o processo eleitoral do Clube através de provisões que enfraqueciam a sua segurança, transparência e idoneidade; exonerar práticas de gestão equívocas e clientelizar um grupo organizado de adeptos.

    - Obstaram ao funcionamento eficiente e ordeiro da Assembleia-Geral através de falhas de organização graves.

    - Assistiram impassíveis a múltiplos insultos, intimidações e agressões dirigidos a adeptos que aparentemente discordavam das propostas a votação — impedindo inclusivamente a intervenção da polícia à entrada do pavilhão.

    - Toleraram e desvalorizaram o comportamento dos agressores, corroborando uma radicalização das suas posições que, em última análise, terá contribuído para ameaças e agressões digiridas a André Villas-Boas.

    - Recuperaram pela terceira vez a promessa eleitoral de construção de uma nova Academia, cuja viabilidade foi desde logo condicionada pela Câmara Municipal da Maia.

    - Avançaram com uma operação de maquilhagem de contas que não alivia as responsabilidades de tesouraria da SAD, possivelmente agravando-as.

    - Anunciaram a intenção de antecipar receitas a médio/longo-prazo através da venda de uma participação na Porto Comercial, inibindo a capacidade de futuras Administrações procederem à recuperação financeira sustentada do clube.

    - Lançaram uma campanha profissional de astroturfing nas redes sociais.

    - Passaram a integrar um indivíduo que há 4 anos os acusava publicamente de gerirem o clube de forma incompetente e nepotista.

    - Copiaram vários pontos da campanha eleitoral de André Villas-Boas, numa tentativa de confundir e saturar o eleitorado, reduzindo a perceção de diferenciação entre as candidaturas.

    - Promoveram entrevistas em prime time e um documentário numa plataforma de streaming.

    - Agendaram as eleições para uma data que favorece a supressão de voto.


    É óbvio que Pinto da Costa está extremamente investido em ganhar estas eleições.
    Tanto que está disposto a atropelar boas condutas, engolir sapos, desdizer-se, fazer demogagia, hipotecar o futuro do clube.

    Regressando à tua questão: Porque é que alguém que está disposto a tudo isto não está disposto a atacar arbitragens, ou a criticar as estruturas do futebol português em geral?
    Algo que, aliás, Pinto da Costa fez de forma sistemática, implacável e corrosiva durante décadas?

    Como refereres, todos os esforços que elenquei acima seriam desnecessários caso a performance desportiva do clube fosse positiva!
    Mesmo o mais radical opositor de Pinto da Costa reconheceria que, apesar de todos os estigmas que pendem sobre a sua gestão, qualquer esforço de oposição seria fútil se o FCP ainda retivesse uma posição hegemónica em Portugal.

    O maior trunfo que Pinto da Costa poderia usar em Maio seria uma equipa apontada ao título.
    Com a época em curso, a maior arma que Pinto da Costa poderia usar para garantir esse objetivo seria mover todo o peso institucional e mediático do clube — jornada após jornada, sem olhar a repercussões futuras — para, no mínimo, garantir boas arbitragens.

    Nada.

    Até agora, esta omissão ainda podia ser justificada por inépcia.

    De alguma forma, com muita condescendência, poderia fazer sentido preservar a imagem de um Presidente gasto e chamuscado por inúmeros escândalos, transferindo-se a defesa pública do clube para Jesualdo Ferreira, Vítor Pereira, Julen Lopetegui, Jota Marques ou Sérgio Conceição.
    Teria sido uma estratégia errada: frágil, com potencial de exposição limitado e com custos desportivos elevados. Mas, presumivelmente, assentaria pelo menos na defesa dos interesses do clube.

    No contexto atual, não vejo margem para dúvidas: Pinto da Costa não ataca arbitragens porque não pode.

    Na posse das suas faculdades mentais, despeitado, a lutar pela sobrevivência do seu legado, Pinto da Costa não é capaz de tomar a atitude prática que mais contribuiria para o seu objetivo.
    Não o faz porque simplesmente não é uma opção viável. Como era nos anos 80, 90 e 2000. Como não foi nos últimos 15 anos.


    Mais do que os motivos que nos trouxeram até este ponto, estou preocupado com as consequências geracionais desta omissão:

    O FCP é um clube condenado a definhar na ausência de uma política comunicacional ativa, agressiva, autoritária.

    Porque está inserido num contexto em que os principais meios de comunicação social estão distantes e adotam linhas editoriais ostensivamente hostis para com o clube, colocando-o intrinsecamente em desvantagem no tribunal da opinião pública;

    Porque a revolta e a insubordinação são sentimentos viscerais no ethos do clube. Como em qualquer organização, o potencial de mobilização da massa adepta do FCP é maximizado quando são invocados os valores que permearam a sua história e alavancaram o seu êxito.

    Isto não significa perpetuar um discurso disperso contra o centralismo, alienando o nosso crescimento para além do Norte.
    Significa cavalgar sobre todas as oportunidades concretas de ataque aos adversários. Significa criticar, expôr, denunciar com incisividade e inteligência. Significa unir todos os adeptos em torno de uma identidade combativa.

    O FCP nunca vai ser o clube querido da nação, mesmo que um dia venha a ter maioria de adeptos no país. As instituições portuguesas nunca verão no clube um expediente de política de coesão territorial, como no caso do SLB.
    Por isso, o nosso caminho de consolidação, minado ao longo dos últimos anos, requer muito mais competência.
    Requer, primeiro, que recuperemos a voz.
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    Lista A - Pinto da Costa
    É esta a linha de elementos, sem ligação pública ao FCP, que irá apresentar para a sua administração Sr. Villas-Boas, tradutor do Mourinho?
    Duas semanas depois de José Mourinho ter sido contratado pelo FC Porto, os No Name Boys erguiam uma tarja no Estádio das Antas que dizia:

    Tiveram um agricultor
    Têm um tradutor
    Para quando um treinador?

    A história tem destas coincidências engraçadas.