E está tudo bem em discordamos, tranquilo. Vamos discordar mais um bocado então
eu não acho que o Vitória tenha escolhido como estratégia pressionar alto, chegou a fazê-lo mas nunca como bloco (há uma imagem do Luís pinto no banco aos berros porque saltaram na pressão com a primeira linha mas a segunda não foi junto e abriu uma clareira) , e foi isso que permitiu encontrar sempre espaço entre as linhas deles, e aí concordo que a determinada altura eles juntaram linhas e foi quando vimos bednarek Varela e neuhen quase a passo com a bola nos pés a procurar a linha de passe. A prova do que eu estou a dizer é que a linha defensiva nunca jogou no risco de estar em igualdade numérica com a nossa linha ofensiva, e indo mais longe o ano passado com o Vitória em casa tínhamos os dois centrais colados na nossa linha de fundo na saída de bola e o Vitória a pressionar muito alto ficando 3x3 no sector defensivo, o Samu não ganhou uma bola e o resultado já sabemos qual foi, era um jogo que em condições normais levavam um saco por terem uma abordagem ridícula. É óbvio, ou deveria ser, que farioli é muito melhor que Anselmi e VB mas tem de ser óbvio também que uma coisa é quereres sair a jogar com os pinos do ano passado e com quem está lá este ano, uma coisa é teres froholdt a jogar nas costas da primeira linha deles outra o Eustáquio por exemplo , uma coisa é ter bednarek outra o Otávio. Basta ver o que melhorou a saída só com a inclusão do Marcano (um ex jogador em atividade) por exemplo.
Além disso eu já vivi futebolísticamente o suficiente para perceber que o início de todos os treinadores é sempre um mar de rosas, com o tempo, o estudo das equipas (padrões e comportamentos) as equipas vão sendo anuladas e é aí que se entende se tens um Guardiola que está constantemente a inovar nesse jogo do gato e do rato ou se tens um treinador que faz o dele e vai andando.
Tens o exemplo do Schmidt nos corruptos, no primeiro ano futebol fluido , ataque, pressão alta..., no segundo parecia o Leixões do José mota, o Sérgio aqui por exemplo o que fez no primeiro ano (no final do primeiro ano já bem contrariado em alguns jogos) há tantos.
Contudo não acredito que por exemplo o César Peixoto va ter essa abordagem de pressionar alto, acho que vai jogar com um bloco muito compacto mas sem pressionar muito alto nem com a defesa muito baixa. Como temos de adicionar a peça zaidu acho que não era de estranhar se nos primeiros minutos nos apresentasse uma pressão alta a condicionar a saída pelo lado dele e aí sim uma pressão forte para induzir o erro, no geral acho que não se vai expor muito até porque não sabe muito bem o que esperar de farioli.
Eu estou esperançoso e agradado com o que vi até agora e acho que temos um treinador competente e o melhor em Portugal. Falei dele aqui no dia 1 maio de 2024 num post quando aqui no forum se falava do valverde e disse que via com bons olhos a sua vinda na altura, 20 dias depois assinou pelo ajax. Agora veio e espero que faça de nós campeões
Vou deixar de lado as intenções do guimarães, porque não vou rever o jogo, novamente... e não vou teimar, pois posso estra errado... mas fiquei com ideia diferente...
E, note-se, a amostra do Farioli são 3 jogos, dos quais 2 são particulares! É curto para fazer extrapolações! E não conheço o track record do senhor!
Dito isto, as diferenças não se esgotam na qualidade dos jogadores! Sim, o Otávio era um perigo atrás, como foi o Nehuen, em muitos momentos! E, claro, que o Froholdt come metros! Porém, sugiro algumas reflexões:
1. na época passada, nos parcos momentos em que ultrapassavamos a primeira linha de pressão do adversário, alguma vez procuramos a baliza adversária? De memória, eu diria que, possivelmente, em menos 10% das jogadas! Este ano, a intenção está lá! Com esta recompensa, eu entendo o risco!
2. no ano passado, quando a bola entrava no Otávio, que linhas de passe é que ele, normalmente, tinha? Eu diria que, se demorasse, mais de 3 segundos, ficava só com o Diogo! Claro que, não sendo ele um prodígio, a probabilidade de meter água, era exponenciada! Ainda no ano passado, lembro-me que cheguei a colocar imagens, em que ficávamos com 5 jogadores de campo na saída de bola (os 3 centrais, o 6 e um lateral; subia o 8 e o lateral oposto)! Claro que o Varela não tinha linhas de passe! Claro que um jogador sem linhas de passe, fica muito pior! Repito, o Bednarek e o Froholdt, parecem ser upgrades evidentes, mas o contexto em que têm sido colocados não tem comparação! Se eu fizesse com o Froholdt, aquilo que foi feito com o Gabri Veiga, no mundial, garanto que ele parecia metade do jogador que tem sido! E se colocasse o Bednarek nas situações em que o Marcano foi colocado, de certeza, que acabaria por cometer erros!
3. no ano passado, quantas vezes o Diogo tentava passes longos para o meio-campo? E este ano?
4. a capacidade de saída atrás do João Mário, para já, ainda me parece superior à do Alberto! Claro que o rapaz, também, era colocado numa situação impossível, em que era "obrigado" a correr 20/30 metros, sem encontrar uma linha de passe frontal, para um colega! E, já agora, aquilo que o Farioli está a pedir, fisicamente, ao Alberto é uma barbaridade! Não acredito que o rapaz aguente mais de 60 minutos a pressionar o defesa-esquerdo e a fechar o centro da defesa! Nem com a ajuda do Froholdt!
5. Referes, e bem, como, no ano passado, o Samu não ganhou uma bola! Nem contra o Vitória, nem contra ninguém! Precisamente, porque a nossa forma de pressionar era ridícula! Sem qualquer ordem! Neste jogo, eu vi, uma clara intenção, de armadilhar o central mais débil do guimarães! Uma e outra e outra vez!
Eu não faço ideia se o Farioli é um tipo brilhante ou não! E, admito, que os jogadores são melhores do que no ano passado!
Mas, e aqui não tenho dúvidas nenhumas, os erros táticos e de organização, eram tão grandes, que ver um bocado de organização, já enche a alma! Mesmo, quando tenho os 2 centrais, a passo, a trocar a bola entre eles, porque a bola é para entrar no Varela!
Haha.
Tem graça a imprensa dizer que é peça chave do Fuchse Não fazem ideia do que dizem