Última atividade de Paul Ashworth

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    Diogo Fernandes
    Quem para ti falta renovar da nossa formação?
    De 2005, tal como o Diogo Fernandes, parece-me premente a renovação do Luís Gomes, que supostamente termina o contrato este ano. André Oliveira, Dinis Rodrigues e Tiago Andrade ainda têm mais um ano, pelo menos a confiar no que foi anunciado publicamente.

    O caso mais premente e, provavelmente, o mais difícil será o Cardoso Varela. Depois temos as restantes referências de 2008, que vão completar 16 anos durante este ano e, por isso, poderão assinar o seu primeiro contrato profissional. Creio que até agora não anunciamos nenhum, o que não implica que não possam ter já assinado.

    A curto prazo teremos também de tratar das renovações dos atletas de 2006, para estender o vínculo que estará a 1 ano de terminar no final desta época. Já o fizeram com o Gonçalo Ribeiro e Martim Fernandes, mas falta João Teixeira e Gil Martins. O Gonçalo Sousa depende de quando o contrato deu entrada, porque assinou já em 2023. Ainda assim, faz sentido renovar a breve prazo.
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    Diogo Fernandes
    gostava de saber que agente...

    se for o Mendes até é bom...
    Não mudou.
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    Lista B - André Villas-Boas
    As recentes declarações do AVB são mais claras em relação ao seu conceito de Academia. Rejeita liminarmente a ideia de Academia com alojamento próprio e traz para a discussão as famílias de acolhimento, que não são necessariamente uma novidade na realidade nacional, já que tanto slb como scp a utilizam em casos pontuais, não por questões sociais mas por esgotamento do seu espaço de alojamento.

    Este ponto torna esta discussão ainda mais abrangente. Percebo o conceito de AVB, e numa sociedade ideal nenhuma família deixaria o seu filho de 12/13 anos sair de casa para residir longe dos pais. Mas o que a realidade nos tem provado é que a maioria das famílias (e quando digo "maioria" é mesmo uma percentagem esmagadora) não demonstra grandes problemas em fazê-lo quando o motivo é Futebol. Tenho até dúvidas que, quando AVB diz que cada vez mais as famílias rejeitam esse contexto, isso seja factualmente verdade, porque o que me parece em Portugal é que, na prática, são cada vez mais as famílias a aceitar essa separação. Aliás, o contexto de polo, que sobretudo o clube do regime expandiu pelo país mas que agora todos os grandes têm, visa fidelizar as famílias desde cedo (quando a criança tem 6, 7, 8 anos) para que estejam mentalizadas para essa mudança aos 12/13 anos. Atualmente, são os atletas vindos dos polos aqueles que mais camas ocupam no Seixal (cerca de 75%), e acredito que seja este também o nosso caminho, a criação de mais polos para abastecer esta maior capacidade de recrutamento em alojamento. E esta estratégia de polo não pode ser desconsiderada quando se contempla a questão da Academia. Porque os atletas que vamos ter em alojamento, numa percentagem considerável, serão atletas que o clube foi mentalizando (não só eles mas também as famílias) que essa mudança para a Academia irá acontecer mais à frente no caminho, e isso aumenta a probabilidade de aceitação, até porque todo o contexto é feito de forma a condicionar a decisão do atleta e da família no momento da transição polo-Academia. Grosso modo, não estamos a falar de uma família que vivia tranquilamente a sua vida e que de repente cai uma "bomba atómica" em casa em que têm de decidir do nada se o filho sai de casa ou não. Esses casos serão, no médio/longo prazo, a exceção.

    Esta questão dos polos é um dos motivos pelos quais não nos adianta estar a fazer comparações com o modelo do Ajax ou outros modelos internacionais. Até mesmo porque a nível de mentalidade estamos a falar de povos completamente distintos. E se, por exemplo, as famílias de acolhimento por lá são um sucesso, aconselho AVB a aferir junto do clube do regime qual é a taxa de aceitação dos atletas para as famílias de acolhimento em comparação com a taxa de aceitação para o alojamento no Seixal. Até podia dar alguns exemplos de atletas a quem o clube do regime propôs famílias de acolhimento e que os atletas preferiram ir para Alcochete, ou atletas a quem tinham proposto família de acolhimento mas que tiveram de ajustar entretanto para o Seixal porque a aceitação da primeira opção foi nula. Aconselho também a tentar perceber junto dos atletas que disputamos e perdemos para o clube do regime quais os motivos que a maioria das famílias apresenta para a decisão.

    A realidade é que o conceito de Academia com alojamento tem hoje uma aceitação natural por parte da maioria das famílias em Portugal e não me parece estar numa tendência decrescente. Os clubes atualmente gastam milhões de euros para garantir que existe todo um acompanhamento que tranquilize as famílias, seja através dos espaços lúdicos que têm nas Academias, seja pelo acompanhamento e pelas dinâmicas criadas pelos seus departamentos pedagógicos, ou até mesmo porque os próprios clubes financiam em grande parte os custos de deslocação das famílias para que estas possam estar o máximo de tempo junto dos atletas. Porque hoje em dia são poucos os atletas que estão em alojamento que não recebem a visita dos pais pelo menos ao fim-de-semana. Só mesmo os das ilhas é que têm maior dificuldade, porque os restantes fazem esse esforço de se deslocar para estarem com os filhos semanalmente. Mesmo os do Algarve têm hoje outra facilidade na deslocação, especialmente com as viagens low-cost. É muito comum uma família chegar na sexta-feira à noite ou sábado de manhã e ficar com o atleta todo o fim-de-semana, tendo como única responsabilidade trazê-lo para o jogo. Durante a semana, a agenda dos atletas já é preenchida o suficiente com a escola e os treinos, tal como a maioria das crianças nessas idades, pelo que esta questão do "isolamento social" se coloca sobretudo no fim-de-semana.

    E estamos a falar numa Academia que será na Maia, não estamos a falar em Mirando do Douro ou Manteigas. É verdade que não é no meio de um centro urbano, mas continua a ser à mão em termos de acessibilidades, não se pode dizer que estão completamente isolados de toda a civilização.

    Já a outra opção referida por AVB, a de ter um local de alojamento mais dentro da zona urbana do Porto, entronca num inconveniente logístico já velho conhecido, o das dinâmicas Casa-Treino-Escola-Casa: mais um ponto de paragem, maior inconveniente de transporte, não só à semana mas também em dia de jogo...Para além de manter na mesma afastados diferentes departamentos, já que o principal foco do departamento pedagógico são estes atletas, logo faz todo o sentido estarem ali e não no local dos treinos. E, como disse antes, o espaço na Maia apesar de ser mais remoto, não é no meio do deserto, com tendência a que a sua envolvência se desenvolva a reboque da própria Academia, por isso a questão da "centralidade" não justifica um muito maior inconveniente logístico.

    Tal como referi acima, percebo a ideia do AVB mas não concordo com ela, principalmente por aquilo que é a realidade portuguesa, que tem as suas particularidades. Se formos comparar com o que outros clubes estrangeiros fazem temos de avaliar toda a envolvência, não basta dizer que este clube faz assim e resulta, por isso aqui também vai resultar. Comparar-nos com países com mentalidades diferentes, com regras diferentes... há países onde é proibido recrutar atletas que residam a mais de 50 quilómetros do local de treino, há países onde só se pode receber em alojamento a partir dos 16 anos, há países onde se paga direitos de formação em qualquer idade, independentemente do vínculo ser apenas o registo na federação, há clubes que têm a escola inserida na própria academia... ou seja, podemos e devemos olhar para os modelos estrangeiros mas temos sobretudo de analisar o que pode ser ajustado à nossa realidade, e para isso temos de a conhecer a fundo, saber o que pode resultar melhor ou pior por cá. E, em Portugal, o conceito de Academia "vende" mais do que qualquer outro, é até mesmo um fator determinante para a captação de talento, e essa deve ser a matriz que nos guia: aquilo que nos permite detetar, convencer e desenvolver talento da melhor forma possível.
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    Outros Escalões (Sub-7 a Sub-13) - 2023/2024
    Os jogos do Torneio da Pontinha estão todos no Instagram do torneio.
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    Para quando um centro de Formação no FC Porto?
    AVB:

    "A formação não pode estar distante da equipa profissional. Actualmente, as academias são cidades desportivas, onde estão a equipa profissional e a formação.

    Dentro desse conceito, o que é que há ao lado do Olival? Não havia nada. Em apenas duas chamadas chegámos a dois terrenos. Fizemos a proposta por um e assinámos o contrato-promessa de compra e venda que permite a instalação de cinco relvados. Inicialmente, pensámos que nesta academia estaria a formação do FC Porto. No entanto, acontece que a equipa principal também necessita de uma modernização das suas estruturas. Já passaram 20 anos do actual Centro de Treinos e Formação Desportiva do Olival e a equipa do FC Porto precisa de estruturas mais modernas. Invertemos o processo e invertemos por uma razão muito simples: quando a equipa principal está a treinar, a taxa de ocupação dos outros espaços é quase nula. A equipa principal tem três relvados, ocupa um, há dois por ocupar e há um sintético por cima, como vocês bem conhecem, também desocupado e potencialmente poderá estar a equipa B a treinar no mini-estádio.

    Para nós, do ponto de vista lógico, colocamos a formação no centro de treinos do Olival e dessa forma podemos trazer uma infra-estrutura moderna para a equipa principal, que está necessitada, e para as equipas profissionais. Este terreno, dado o seu tamanho, permite a construção de um pavilhão para as equipas profissionais das modalidades e isso traz mais flexibilidade em termos de infra-estruturas para as modalidades. Para nós, é um conceito belíssimo que queremos explorar."
    Há aqui alguma incoerência. Não se pode dizer que se vai apostar na Formação e logo na primeira oportunidade priorizar as equipas profissionais. Se o facto de o Olival ter 20 anos o torna obsoleto para a equipa principal, também devia ser igual para uma eventual academia da Formação, que do ponto de vista da construção até é mais complexa que um Centro de Alto Rendimento, pelas valências que um e outro precisam ter.

    Se ficarmos com o Olival para a Formação, por mais melhorias que façamos, continuaremos a estar atrás dos nossos rivais a este nível. E ao contrário de um espaço para as equipas profissionais, onde isso não pesa na decisão de um jogador vir para cá, o espaço para a Formação é algo determinante na decisão de uma família. Já ouvi AVB falar e bem na importância de detetar o talento, mas detetar não basta, é preciso convencer, e um Olival 2.0 não convence mais que um Seixal ou uma Cidade Desportiva de Braga, bem pelo contrário.
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    Juniores (Sub 19) - 2023/2024
    Mesmo considerando que os resultados na Formação não são, por si só, um barómetro de um bom ou mau trabalho, não devemos ficar indiferentes a estes, até por uma questão de exigência e responsabilização. Não procurar entender o porquê de uma derrota é perder uma oportunidade de crescimento, sendo importante tentarmos analisar da forma mais fria possível.

    A meu ver, há vários pontos que podem ajudar a justificar alguns dos resultados menos bons que temos tido esta época. Um deles já falei por aqui anteriormente e está relacionado com a falta de profundidade nas nossas gerações, algo que se torna mais evidente nos Sub-19 (e este ano também nos Sub-17 dadas as ausências de peso que temos tido, seja por jogarem acima, seja por lesão).

    Parece-me quase indiscutível que a nossa Formação tem conseguido produzir talento para a equipa A em níveis aceitáveis, e também me parece que nas gerações seguintes há igualmente aqueles 2/3 atletas que demonstram ter todos os condimentos para poderem acrescentar valor à nossa equipa A. O que me parece é que depois há um enorme gap entre os nossos atletas mais promissores da geração e os restantes atletas que a compõem. Ou seja, faltam atletas no patamar intermédio, aqueles atletas que, aparentemente não tendo valor suficiente para a nossa equipa A, ainda assim conseguirão fazer carreira nas ligas profissionais, em clubes de menor expressão. Basta analisarmos o que é feito das nossas gerações de 1999, 2000, 2001, etc., para se perceber isso mesmo. Em todas elas temos atletas que chegaram à equipa A e foram/são úteis, mas depois temos muito poucos espalhados por outros clubes, nacionais ou internacionais, a fazerem carreiras interessantes. E alguns desses que até estão num bom nível nem sequer terminaram a formação cá, saindo ainda antes de chegarem aos Sub-19.

    Ora isto tem dois problemas de fundo. O primeiro a deteção de talento. Sabendo que, com o surgimento dos vários polos de slb e scp e com o crescimento do Braga, esta luta tornou-se bastante dura mesmo à porta de casa, o nosso nível de agressividade e investimento tem de aumentar de forma proporcional a esse escalar de dificuldade. Nesta questão é impossível dissociar a inexistência de uma Academia, porque não só nos retira abrangência geográfica, como nos retira capacidade de atração e qualidade de trabalho. Mas há mais para além da Academia que pode ser feito. Por exemplo, temos, também nós, um modelo de polo muito interessante mas que ainda é muito limitado a nível geográfico. Devemos querer aumentar a nossa abrangência e chegar a locais onde há talento e que hoje não conseguimos dar resposta a um atleta Sub-7 ou Sub-8 que tenha valor para ser nosso jogador (Viseu, Leiria, Setúbal, Lisboa, etc.), e os polos são a melhor forma de o fazer. Num nível mais local (no eixo Viana, Braga, Porto, Aveiro), temos de nos superiorizar aos nossos rivais naquilo que é o investimento e aposta em recursos humanos para a deteção de talento. Temos também de ser pró ativos e pensar em estratégias para termos os clubes pequenos e médios do nosso lado. Sobretudo neste eixo, temos de chegar primeiro ao talento, porque hoje em dia tudo se transforma em leilão e chegar primeiro pode ser a chave.

    O segundo aspeto é a avaliação de potencial que, no meu entender, encerra uma maior complexidade. Num contexto formativo, a avaliação do potencial do atleta deve ser feita acima de tudo pela Coordenação Técnica do clube. Ora, na nossa realidade, o que parece acontecer é que o ónus dessa aferição recai sobretudo nos ombros do treinador. Basicamente, este parece ter liberdade quase total para decidir praticamente tudo em relação a um atleta, desde o jogar mais ou menos tempo, qual a posição em campo, quais as funções em campo, até mesmo se continua ou se é dispensado. Isto é a receita perfeita para o insucesso, principalmente se errarmos no perfil de treinador que queremos. E é neste ponto que me foco, no perfil do treinador. De uma forma muito básica, na Formação podemos separar os treinadores em dois tipos: os que são treinadores de Formação por vocação: porque a Formação e o desenvolvimento do talento jovem é aquilo que os apaixona; e os que são treinadores de Formação por ambição: trabalham na Formação com o objetivo de um dia serem treinadores de equipas seniores, vendo a Formação como uma rampa de lançamento para isso. Isto não significa que todos os treinadores por vocação são bons a formar e que todos os treinadores por ambição são maus na Formação. Agora, a um clube como o nosso, cabe encontrar sobretudo treinadores do primeiro tipo que sejam efetivamente bons, para que possa haver uma base de treinadores para muitos anos, porque só se faz bons trabalhos na Formação com tempo. Treinadores cujo foco diário seja fazer evoluir os seus atletas e não o ganhar para terem visibilidade intra e/ou extra clube e poderem ambicionar dar o salto. E é aqui que começa o problema na aferição do potencial, porque quando escolhemos treinadores deste segundo tipo, estes irão tendencialmente olhar ao imediato e escolher os atletas mais preparados no momento, que muitas vezes não são os que nos interessa potenciar, nem os que têm mais condições a médio/longo prazo, mas vão ajudá-lo a ganhar no imediato. E neste aspeto é preciso perceber que o problema não está no facto de o treinador ter histórico como jogador ou não, está sim nisto, no facto de quererem estar na Formação como forma de alcançarem outros voos e focarem-se nisso e não naquilo que realmente deveria interessar ao clube.

    Isto leva a que, derivado dessa falta de acerto no perfil do treinador, atletas com maior potencial mas menos rendimento percam tempo de utilização e estímulo competitivo, o que leva a que não evoluam tanto quanto poderiam. Por outro lado, outros atletas que têm um tecto baixo mas que dão rendimento, são hiperestimulados e vão sendo preponderantes no clube até se tornar claro que o que tinham era, acima de tudo, uma vantagem momentânea (normalmente de ordem física) que se foi extinguindo conforme as forças se foram equilibrando. E assim chegamos aos escalões mais altos mais curtos em talento.

    Ainda sobre este último apontamento, por vezes falamos nos atletas africanos numa lógica de atletas de rendimento, mas eu não acho que esse seja o nosso maior problema, até porque desse registo não temos assim tantos atletas quanto isso (pelo menos em comparação com os rivais). Para além dos africanos, olhemos também para os atletas que tivemos no passado que estavam claramente adiantados a nível de desenvolvimento físico nos Sub-15 e Sub-17 e que iam tendo algum destaque, e pensemos depois no que é feito deles atualmente. Agora, associemos isso à falta de profundidade dos plantéis, sobretudo nos Sub-19, porque aí a mais-valia física passa a contar muito menos e, por isso, esses atletas deixam de ser tão preponderantes. Aquilo que era a importância que tinham na geração vai se esvaindo, e se em Sub-15 e Sub-17 eram extremamente úteis, em Sub-19 já não o são, mas continuam lá, no plantel, a ocupar o espaço que poderia ter sido para um jogador mais atrasado no seu desenvolvimento físico mas que já saiu por falta de rendimento, aparecendo depois a bom nível em outras paragens.

    Estas derrotas são para mim uma consequência de tudo isto. Não podemos ficar satisfeitos em ser a terceira força em termos de número de atletas nacionais que estão hoje num nível profissional. Até pela nossa localização, qualquer coisa que não seja ser o primeiro deve mexer connosco. Mas para isso é preciso capacidade de autocrítica, visão e contínuo investimento.
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    Para quando um centro de Formação no FC Porto?
    Não acredito que já tenham comprado tantos terrenos a privados.
    Eram apenas dois terrenos.