O problema não está na saída do Gabri mas sim na entrada do Rosário …
O Rosário até acrescentou bastante ofensivamente, contrariamente ao que pensava quando vi a substituição. Faz, por exemplo, o passe maravilhoso para a jogada do encontro quando descobre Gul dentro da área. Este foi, talvez, um dos lances mais prometedores do Porto porque o António Silva defendeu muito mal o lance, afundando na área enquanto os seus colegas estavam muito mais subidos, impossibilitando qualquer cobertura. O Gul recebe de costa e está ali num 1x1 muito proximo da baliza. Se ele consegue rodar, o potencial de golo é muito elevado. Só que não o conseguiu fazer pois mal recebe a bola, o António Silva sentindo o perigo do lance, começou a puxa-lo para impedir o movimento.
Farioli quis ganhar mas não quis deixar a equipa desequilibrada ao fazê-lo.
As melhores oportunidades foram todas nossas (em número não muito elevado, admito) e o Benfica só fez um remate à baliza de livre. A equipa esteve magistral sob o ponto de vista da organização defensiva e a impedir as transições, ofensivamente só a poucos espaços conseguiu desmontar o autocarro vermelho. Nestes jogos, a eficácia tem de ser muito elevada pois as oportunidades escasseiam.
O jogo de ontem teria sido diferente se Pepê mete aquela bola numa clara oportunidade de golo.
O jogo fez-me lembrar muito o de 2013 em que se discutia o título. Também aí tivemos um jogo amarrado e não conseguimos ter muitas oportunidades mas apareceu um Kelvin.
Se há dois meses alguém dissesse que o Porto nesta altura, depois de ter ido a Alvalade e recebido o Benfica, estaria a 4 pontos de um e 3 de outro, quem é que não assinaria por baixo?