Covid-19

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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12
  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Ia ser 1 milhão de pessoas mortes e o possível fim de Portugal.

Afinal é possível que se tenha exagerado um bocado.

E veremos agora como isto acabará em termos económicos..
 

Calabote

Mestre e doutor em eng. de tecidos e neurociencias
30 Junho 2016
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  • Fernando "Bibota" Gomes
Ia ser 1 milhão de pessoas mortes e o possível fim de Portugal.

Afinal é possível que se tenha exagerado um bocado.

E veremos agora como isto acabará em termos económicos..
Em minha opinião - e eu trabalho nesta área a nível internacional , p.e. ajudo no fortalecimento dos sistemas de saúde para responder a situações como estás, dou conselhos técnicos a países na preparação para a COVID, tal como já dei para o ebola, malaria ou outras doenças - o lockdown nao faz o mínimo sentido nem tem sequer suporte científico, Portugal poderia ter gerido (até pelo facto de só ter fronteira com um pais) está situação de outra forma; creio que o Antônio Costa percebeu e aproveitou a insistência do Marcelo num estado de emergência para fins políticos (ambos aumentaram a popularidade); assim as pessoas acabaram por esquecer que de facto se Portugal tem tomado medidas atempadamente a nível de controlo das fronteiras, se calhar a COVID tinha sido controlada mal entrou no país (ou até antes). Ou seja, o Costa transformou uma situação em que factualmente falhou (eu entrei em Portugal 5 ou 6 vezes este anos, fora do espaço UE, nunca me foi perguntado nada. E uma das viagens era precisamente da China, no início do ano) potencial desastre numa situação de sucesso.
Tal como falhou por exemplo o contacto tracing.

Sobretudo acho que se perdeu uma excelente oportunidade para trabalhar e sensibilizar a população para um comportamento mais responsável , mais pro activo na busca de atitudes saudáveis (eu por exemplo há anos que lavo sempre as mao, evito usar dinheiro, agora opto sempre pelo contactless até levantamentos, evito tocar botoes de elevador, tomo muito cuidado com os meus filhos) e sobretudo penso que as minhas atitudes não devem servir apenas para me proteger a mim, mas são sim uma responsabilidade para com toda a sociedade, para com o outro: não deixo de achar ridiculo a situação das máscaras, quando se conduz com a falar ao telemóvel ou em excesso de velocidade, quando se fuma diante de crianças, quando se come fast food desmesuradamente ... A máscara, neste momento, é um gadget da moda, que de nada serve se eu não estiver doente.
O que efetivamente faz a diferença é o meu comportamento, com ou sem máscara.

Confesso que está deriva do Antonio Costa me surpreendeu um pouco, sobretudo porque vem de governos do Guterres ou do Sócrates , que seguiam o caminho da responsabilizacao do indivíduo no domínio da saude, de certo modo a passavam a responsabilidade do estado para cidadão (a famosa terceira via, do Giddens).

Infelizmente, como sempre nestas situações o determinismo social diz nos que quem vai pagar a fatura serão os grupos mais desfavorecidos, que terão dificuldades económicas num futuro próximo.
Deveriam ter sido protegidos os grupos de risco (o que não foi feito nos lares, veja se como e quantos hospitais de campanha inúteis se fizeram e quanto custou, veja se como foram tratadas as pessoas nos lares), e quem não fizesse parte do grupo de risco, vida relativamente normal.

Eu tenho mais receio que os meus filhos sejam atropelados numa rua do que contrair covid, até por isso desde que ganhei mais maturidade comecei a adoptar uma condução mais prudente e defensiva; no entanto até será interessante comparar os números da sinistralidade rodoviária durante este período e ver qual será a reação da população qu tanto medo teve da COVID; vamos todos deixar de andar de carro ou de atravessar a estrada com medo de morrer?
 

Hulk27

Tribuna Presidencial
11 Abril 2012
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O melhor ainda esta para vir...Alias ja começou em França com a lei Avia mas um dos proximos passos é a RFID enfiada no rabo.
 

John Wick

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31 Outubro 2019
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  • Deco
Convém separar as águas, nunca nenhum especialista falou em milhões de mortes. Agora é muito fácil dizer que se exagerou, mas a verdade é que se não fossem tomadas medidas de distanciamento físico, isolamento, quarentenas, estaríamos a falar num número elevado de mortes. É assim que funciona, se não tivessem sido adoptadas medidas estaria tudo a malhar nos governos, como foram adoptadas medidas, se calhar exageramos. Os modelos matemáticos que falharam redondamente foram feitos por matemáticos sem qualquer conhecimento sobre o funcionamento de modelos biológicos como bactérias e vírus no meio natural, a maioria utilizou o modelo de crescimento exponencial de bactérias in vitro e em meio de cultura ilimitado.

Não houve exagero nenhum, os verdadeiros especialistas, as pessoas que realmente estudaram durante muito anos os "coronavirus" e inclusive alertaram mais dia menos dia iria surgir um virus deste tipo muito provavelmente com origem na China, nunca falaram em milhões de mortos nem do fim das economias de muitos países, mas disseram que seria uma epidemia algumas vezes pior que a gripe.

Não podemos de forma nenhuma tirar para já qualquer tipo de conclusões e as pessoas têm que ter noção disso mesmo, não sabemos qual a duração da imunidade do nosso organismo ao vírus, por isso, falar em imunidade de grupo não passa de um jogo de roleta russa e que para já não faz sentido. Se seguirmos esta estratégia e daqui a 6 meses as pessoas que estavam imunes deixam de ser imunes, lá se vai a tão falada imunidade de grupo. Não sabemos quais as consequências a longo prazo para o organismo. Não sabemos se o vírus se tornará sazonal, se se tornará endémico.

Quanto à possível 2ª vaga não é uma "moda" como diz o @deco macau, que vai buscar a informação dele a sites que ganham milhões à custa de gente que se acredita em teorias da conspiração, é uma previsão com base em pandemias anteriores e no comportamento de vírus similares ao Sars Cov-2 e não é preciso ser um génio para se perceber que uma 2ª vaga será inevitável por altura do Outono. O vírus continuará por cá, perfeitamente consolidado, as condições no Outono serão propícias para a sua propagação e haverá um natural aumento da taxa de infecção.
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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  • Novembro/19
  • Deco
Também não deixa de ser engraçado como em tão pouco tempo muita gente muda radicalmente de opinião. Naquele período das ameaças do Estado Islâmico e dos atentados em Paris e em outros locais da Europa, as manifestações eram no sentido de obrigar os governos a adoptarem medidas de restrição da liberdade, queriam fechar fronteiras, acabar com o espaço Schengen, já não se importavam que os governos monitorizassem todos os cidadãos, etc. Agora com o vírus, é precisamente o oposto, qualquer medida é vista como um atentado á liberdade. Curioso é que quase ninguém se preocupa com a quantidade de dados pessoais que fornece diariamente ao facebook, à google, apple e a tantas outras empresas que diariamente recolhem uma quantidade massiva de dados para melhorar os seus algoritmos. Seria interessante que houvesse alguma coerência. Deve ser porque o Bill Gates que tem uma fortuna de mais de 25 mil milhões de € é maluquinho e quer destruir o mundo e controlar a humanidade com nanochips que vão ser incorporados nas vacinas, se calhar, não convém falar na importância que a sua fundação tem tido no continente africano no apoio e incentivo à vacinação de crianças e na diminuição da mortalidade infantil.

Não estou com isto a dizer que não devemos lutar para que nos retirem liberdade, bem pelo contrário, mas convinha que houvesse alguma coerência e sustento científico. Por exemplo, sou contra terem as praias encerradas ou os limites de lotação que estão a preparar para o verão, não é porque me apetece, é porque os mais recentes estudos têm sugerido claramente que a propagação do vírus acontece sobretudo em espaços fechados, apenas uma em cada 8000 transmissões ocorre em espaços abertos e em circunstâncias de elevada proximidade.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Em minha opinião - e eu trabalho nesta área a nível internacional , p.e. ajudo no fortalecimento dos sistemas de saúde para responder a situações como estás, dou conselhos técnicos a países na preparação para a COVID, tal como já dei para o ebola, malaria ou outras doenças - o lockdown nao faz o mínimo sentido nem tem sequer suporte científico, Portugal poderia ter gerido (até pelo facto de só ter fronteira com um pais) está situação de outra forma; creio que o Antônio Costa percebeu e aproveitou a insistência do Marcelo num estado de emergência para fins políticos (ambos aumentaram a popularidade); assim as pessoas acabaram por esquecer que de facto se Portugal tem tomado medidas atempadamente a nível de controlo das fronteiras, se calhar a COVID tinha sido controlada mal entrou no país (ou até antes). Ou seja, o Costa transformou uma situação em que factualmente falhou (eu entrei em Portugal 5 ou 6 vezes este anos, fora do espaço UE, nunca me foi perguntado nada. E uma das viagens era precisamente da China, no início do ano) potencial desastre numa situação de sucesso.
Tal como falhou por exemplo o contacto tracing.

Sobretudo acho que se perdeu uma excelente oportunidade para trabalhar e sensibilizar a população para um comportamento mais responsável , mais pro activo na busca de atitudes saudáveis (eu por exemplo há anos que lavo sempre as mao, evito usar dinheiro, agora opto sempre pelo contactless até levantamentos, evito tocar botoes de elevador, tomo muito cuidado com os meus filhos) e sobretudo penso que as minhas atitudes não devem servir apenas para me proteger a mim, mas são sim uma responsabilidade para com toda a sociedade, para com o outro: não deixo de achar ridiculo a situação das máscaras, quando se conduz com a falar ao telemóvel ou em excesso de velocidade, quando se fuma diante de crianças, quando se come fast food desmesuradamente ... A máscara, neste momento, é um gadget da moda, que de nada serve se eu não estiver doente.
O que efetivamente faz a diferença é o meu comportamento, com ou sem máscara.

Confesso que está deriva do Antonio Costa me surpreendeu um pouco, sobretudo porque vem de governos do Guterres ou do Sócrates , que seguiam o caminho da responsabilizacao do indivíduo no domínio da saude, de certo modo a passavam a responsabilidade do estado para cidadão (a famosa terceira via, do Giddens).

Infelizmente, como sempre nestas situações o determinismo social diz nos que quem vai pagar a fatura serão os grupos mais desfavorecidos, que terão dificuldades económicas num futuro próximo.
Deveriam ter sido protegidos os grupos de risco (o que não foi feito nos lares, veja se como e quantos hospitais de campanha inúteis se fizeram e quanto custou, veja se como foram tratadas as pessoas nos lares), e quem não fizesse parte do grupo de risco, vida relativamente normal.

Eu tenho mais receio que os meus filhos sejam atropelados numa rua do que contrair covid, até por isso desde que ganhei mais maturidade comecei a adoptar uma condução mais prudente e defensiva; no entanto até será interessante comparar os números da sinistralidade rodoviária durante este período e ver qual será a reação da população qu tanto medo teve da COVID; vamos todos deixar de andar de carro ou de atravessar a estrada com medo de morrer?
Todos ou quase todos os países desenvolvidos optaram por um lockdown. Não fazê-lo é que seria um risco enorme. Não te esqueças que a verdadeira dimensão de uma doença completamente nova como esta era e ainda é desconhecida (tanto para o bem como o para o mal).
Quanto ao lockdown não ter suporte científico, estás errado. É um dos princípios básicos da epidemiologia. Desde o início do estudo da epidemiologia como ciência que foi o factor mais estudado e continua a ser definido como uma da formas mais eficazes de combate à epidemias, especialmente contra agentes infecciosos totalmente desconhecidos. E entra hoje em dia em qualquer modelo matemático minimamente decente que estude a evolução das doenças. Pode ser contestado cienticamente por alguns, mas está longe de não ter suporte e muito longe de não ser defendido pela maioria dos epidemiologistas.

Em relação ao resto concordo, o trabalho de sensibilização da população para os comportamentos, que será o factor determinante daqui para a frente, foi negligenciado, ou foi mal divulgado. Mas acho que há tempo para corrigir.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Ia ser 1 milhão de pessoas mortes e o possível fim de Portugal.

Afinal é possível que se tenha exagerado um bocado.

E veremos agora como isto acabará em termos económicos..
Nunca vi essa previsão de 1 milhão de mortos, mas acredito que tenha sido um limite máximo de alguma estimativa exagerada. De qualquer forma os últimos números indicam um taxa de mortalidade de 1%. E 1% para uma doença infecciosa nova para a população é uma brutalidade. Se a deixasses andar a circular livremente tinhas facilmente mais de 50mil mortos.
Não sou catastrofista, mas tb é preciso ter noção que provavelmente ainda estamos no princípio dos princípios disto (acredito que a 2 ou 3%, segundo os primeiros registos serologicos). Isto não é uma brincadeira e não houve nada parecido a isto nos últimos 100anos, é importante ser muito cauteloso.

Claro que vamos ter mortes por outro lado, o da economia e principalmente o das outras doenças todas. Mas neste momento determinar qual é o melhor caminho é pura adivinhação.
 
Última edição:

arkeru

Bancada central
13 Dezembro 2013
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Estudo randomizado sobre o uso de hidroxicloroquina em doentes com sintomas moderados conclui que este fármaco não apresenta vantagens no outcome dos doentes.
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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Convém separar as águas, nunca nenhum especialista falou em milhões de mortes. Agora é muito fácil dizer que se exagerou, mas a verdade é que se não fossem tomadas medidas de distanciamento físico, isolamento, quarentenas, estaríamos a falar num número elevado de mortes. É assim que funciona, se não tivessem sido adoptadas medidas estaria tudo a malhar nos governos, como foram adoptadas medidas, se calhar exageramos. Os modelos matemáticos que falharam redondamente foram feitos por matemáticos sem qualquer conhecimento sobre o funcionamento de modelos biológicos como bactérias e vírus no meio natural, a maioria utilizou o modelo de crescimento exponencial de bactérias in vitro e em meio de cultura ilimitado.

Não houve exagero nenhum, os verdadeiros especialistas, as pessoas que realmente estudaram durante muito anos os "coronavirus" e inclusive alertaram mais dia menos dia iria surgir um virus deste tipo muito provavelmente com origem na China, nunca falaram em milhões de mortos nem do fim das economias de muitos países, mas disseram que seria uma epidemia algumas vezes pior que a gripe.

Não podemos de forma nenhuma tirar para já qualquer tipo de conclusões e as pessoas têm que ter noção disso mesmo, não sabemos qual a duração da imunidade do nosso organismo ao vírus, por isso, falar em imunidade de grupo não passa de um jogo de roleta russa e que para já não faz sentido. Se seguirmos esta estratégia e daqui a 6 meses as pessoas que estavam imunes deixam de ser imunes, lá se vai a tão falada imunidade de grupo. Não sabemos quais as consequências a longo prazo para o organismo. Não sabemos se o vírus se tornará sazonal, se se tornará endémico.

Quanto à possível 2ª vaga não é uma "moda" como diz o @deco macau, que vai buscar a informação dele a sites que ganham milhões à custa de gente que se acredita em teorias da conspiração, é uma previsão com base em pandemias anteriores e no comportamento de vírus similares ao Sars Cov-2 e não é preciso ser um génio para se perceber que uma 2ª vaga será inevitável por altura do Outono. O vírus continuará por cá, perfeitamente consolidado, as condições no Outono serão propícias para a sua propagação e haverá um natural aumento da taxa de infecção.
Foram partilhas aqui várias previsões, é só uma questão de ter paciência e procurar, onde se referia isso mesmo. A possibilidade de milhões de mortos.
Podem não ter sido especialistas científicos, mas a verdade é que a narrativa foi sendo construída à volta desses números e desses modelos matemáticos (basta recordar os telejornais). Claro está que agora a desculpa será sempre a mesma que os economistas usam. Os números falharam porque a realidade entretanto mudou.

E agora vamos acordar para uma nova pandemia. A pandemia do desemprego e da pobreza e da precariedade.
Veremos os efeitos desta nova pandemia.
 
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John Wick

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A máscara não é só um gadget da moda, faz realmente diferença. Antes de toda a esta situação que estamos a viver, os poucos estudos que haviam sobre a eficácia de máscaras partiam sempre do ponto de vista da protecção da pessoa que usava a máscara e neste sentido, a conclusão era a de que as máscaras são pouco eficazes na protecção do indivíduo e portanto, não valia a pena o uso de máscara a não ser por indivíduos doentes e para evitar a propagação.
Não houve alteração no nível de eficácia das máscaras, houve sim uma alteração na forma de pensar, se deixarmos de pensar a partir do ponto de vista do indivíduo e pensarmos a partir do ponto de vista comunitário, a máscara faz todo o sentido e os estudos mais recentes a utilizando este ponto de vista, concluem todos que o uso de máscara comunitária desempenha um papel muito importante no controlo da situação epidemiológica. Se todos partirmos do pressuposto que somos um potencial foco de transmissão da infecção e usarmos máscara, então estamos a contribuir para a sua diminuição na comunidade.
 
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Estudo randomizado sobre o uso de hidroxicloroquina em doentes com sintomas moderados conclui que este fármaco não apresenta vantagens no outcome dos doentes.

A JAMA também publicou um esta semana com as mesmas conclusões
 

MiguelDeco

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Nunca vi essa previsão de 1 milhão de mortos, mas acredito que tenha sido um limite máximo de alguma estimativa exagerada. De qualquer forma os últimos números indicam um taxa de mortalidade de 1%. E 1% para uma doença infecciosa nova para a população é uma brutalidade. Se a deixasses andar a circular livremente tinhas facilmente mais de 50mil mortos.
Não sou catastrofista, mas tb é preciso ter noção que provavelmente ainda estamos no princípio dos princípios disto (acredito que a 2 ou 3%, segundo os primeiros registos serologicos). Isto não é uma brincadeira e não houve nada parecido a isto nos últimos 100anos, é importante ser muito cauteloso.

Claro que vamos ter mortes por outro lado, o da economia é principalmente o das outras doenças todas. Mas neste momento determinar qual é o melhor caminho é pura adivinhação.
Mas as estimativas exageradas podem ser utilizadas em imensa coisa. Agora numa realidade que pode provocar histerismo na população e com isso levar à quase completa destruição de algumas partes essenciais do tecido empresarial português é capaz de ser um cenário que deveria ter sido mais em conta.
Eu continuo a entender que se deveriam ter salvaguardado os idosos e os doentes crónicos. Tudo o que tenha sido a loucura completa que foi aplicada parece-me que acabará por ter mais consequências negativas do que positivas. E não é à toa que por todo o planeta as pessoas começam a ficar fartas do confinamento. Porque pura e simplesmente não é viável em termos económicos. E se a mesma solução for aplicada num cenário de 2.º surto eu sinceramente não sei onde isto acabará.
 

John Wick

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Foram partilhas aqui várias previsões, é só uma questão de ter paciência e procurar, onde se referia isso mesmo. A possibilidade de milhões de mortos.
Podem não ter sido especialistas científicos, mas a verdade é que a narrativa foi sendo construída à volta desses números e desses modelos matemáticos (basta recordar os telejornais). Claro está que agora a desculpa será sempre a mesma que os economistas usam. Os números falharam porque a realidade entretanto mudou.

E agora vamos acordar para uma nova pandemia. A pandemia do desemprego e da pobreza e da precariedade.
Veremos os efeitos desta nova pandemia.
Eu sei que foram, lembro-me bem dessas previsões, mas na realidade nunca foram levadas a sério no meio científico. As televisões estão constantemente a emitir informação falsa e também, não falta por aí, casos de notícias que são falsas porque os jornalistas não sabem ler nem interpretar estudos.
Houve muita coisa que falhou, como é natural nestas situações em particular, mas o que não falhou foi a previsão dos verdadeiros especialistas, virologistas e epidemiologistas que estudavam e estudam este tipo de vírus. Quer se queira quer não, o mundo estava alertado para o que aí vinha e ninguém se quis preparar minimamente e agora andam a atirar as culpas uns para os outros em jogos políticos ridículos.
 
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MiguelDeco

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Eu sei que foram, lembro-me bem dessas previsões, mas na realidade nunca foram levadas a sério no meio científico. As televisões estão constantemente a emitir informação falsa e também, não falta por aí, casos de notícias que são falsas porque os jornalistas não sabem ler nem interpretar estudos.
Houve muita coisa que falhou, como é natural nestas situações em particular, mas o que não falhou foi a previsão dos verdadeiros especialistas, virologistas e epidemiologistas que estudavam e estudam este tipo de vírus. Quer se queira quer não, o mundo estava alertado para o que aí vinha e ninguém se quis preparar minimamente e agora andam a atirar as culpas uns para os outros em jogos políticos ridículos.
O problema está é que as pessoas começam agora a perceber que pese embora não tenham sido afetadas pelo covid poderão ficar desempregadas e sem forma qualquer de subsistência.. E voltaremos à mesma discussão do que nasceu primeiro, a saúde ou a economia. E veremos agora como lidarão milhares de pessoas (falo de portugal) que ficarão desempregadas e sem qualquer rendimento. Em alguns casos, famílias completas. É uma tragédia que caso a economia não dê o salto rápido que toda a gente espera (já se começa a ver que é capaz de vir a ser mais complicado que isso) acabará por ter uma dimensão também ela assustadora.
 
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Kandinsky

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11 Abril 2016
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  • Jorge Costa
Mas as estimativas exageradas podem ser utilizadas em imensa coisa. Agora numa realidade que pode provocar histerismo na população e com isso levar à quase completa destruição de algumas partes essenciais do tecido empresarial português é capaz de ser um cenário que deveria ter sido mais em conta.
Eu continuo a entender que se deveriam ter salvaguardado os idosos e os doentes crónicos. Tudo o que tenha sido a loucura completa que foi aplicada parece-me que acabará por ter mais consequências negativas do que positivas. E não é à toa que por todo o planeta as pessoas começam a ficar fartas do confinamento. Porque pura e simplesmente não é viável em termos económicos. E se a mesma solução for aplicada num cenário de 2.º surto eu sinceramente não sei onde isto acabará.
Confinar, ou seja, isolar apenas os idosos e os doentes crónicos (imagino que seja isso a que te refiras) nunca seria suficiente para controlar a pandemia. O vírus espalhar-se-ia muito mais do que se espalhou até hoje, teríamos os serviços de saúde completamente esgotados, e a mortalidade logicamente aumentaria, porque não haveria ventiladores para todos. Basta ver o exemplo da Itália e da Espanha - não foram só os idosos e doentes crónicos que foram internados.

Na minha opinião, o lockdown teve efeitos positivos a nível de controlo da pandemia, e as pessoas agora questionam-se se foi tudo mesmo necessário. Na minha opinião, sem dúvida que foi. E felizmente, não estamos a fazer o exercício contrário - será que o lockdown foi suficiente.

É absolutamente normal que as pessoas comecem a ficar fartas do confinamento, e é por isso que o desconfinamento já começou. Tens toda a razão quando dizes que vêm aí uma segunda pandemia, a do desemprego e pobreza. Mas se não fosse o lockdown, provavelmente juntaríamos as duas!
 

John Wick

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Mas as estimativas exageradas podem ser utilizadas em imensa coisa. Agora numa realidade que pode provocar histerismo na população e com isso levar à quase completa destruição de algumas partes essenciais do tecido empresarial português é capaz de ser um cenário que deveria ter sido mais em conta.
Eu continuo a entender que se deveriam ter salvaguardado os idosos e os doentes crónicos. Tudo o que tenha sido a loucura completa que foi aplicada parece-me que acabará por ter mais consequências negativas do que positivas. E não é à toa que por todo o planeta as pessoas começam a ficar fartas do confinamento. Porque pura e simplesmente não é viável em termos económicos. E se a mesma solução for aplicada num cenário de 2.º surto eu sinceramente não sei onde isto acabará.
Eu só não concordo quando falas em histerismo da população, na generalidade, não vejo histerismo na população. É claro que há alguns casos de histerismo, como é o caso destas manifestações absurdas contra os lockdowns e as restrições impostas pelas motivações completamente erradas, a grande maioria, como vimos na Alemanha, nos EUA e noutros países, é a extrema direita e uma franja ignorante que agora está preocupada com as restrições à liberdade, anda a destruir torres 5G, propaga mensagens de ódio, mas que até há bem pouco tempo queria fechar fronteiras.
É óbvio que o confinamento não é uma solução viável a médio e longo prazo e é por isso que se está a tentar retomar gradualmente a economia em todos os países, é por isso que se está a implementar o uso obrigatório de máscara comunitária em espaços fechados, a incentivar a adopção de comportamentos responsáveis, etc. A questão do lockdown serviu fundamentalmente para evitar o colapso dos hospitais, para ganhar tempo de forma aos hospitais poderem ser devidamente equipados, nem todos os países se puderam dar ao luxo de não adoptar o lockdown porque simplesmente tinham fragilidades evidentes nos seus serviços de saúde e aqui coube a cada país perceber o que seria melhor para ultrapassar esta situação. Se Portugal não tivesse feito o lockdown, a esta hora as consequências sociais e económicas seriam muito piores. Já num país como a Suécia com um sistema de saúde mais forte, com muito menor densidade populacional, entre outras características, a adopção do lockdown já não era tão evidente. Ninguém estava preparado e percebemos agora, muito facilmente, que não existe uma estratégia ideal e única a ser adoptada por todos os países, o que funciona num determinado país pode não funcionar no outro.

Não se fala em 2ª vaga para assustar ninguém ou por ser moda, fala-se porque é praticamente um dado adquirido que vai acontecer e toda a gente tem que estar preparada. Se continuarmos a adoptar comportamentos responsáveis, o uso de máscara e tivermos os hospitais devidamente preparados, esta 2ª vaga estará provavelmente ao nível de uma época forte da gripe.
 
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SUPERMLY

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Sem lockdown a estimativa seria 70% da população infectada em 6 meses.Isso daria 7M de pessoas.

Sabendo que 15% precisam de hospitalização e 3% morrem, daria qualquer coisa como 1,5M de pessoas hospitalizadas e 100 mil mortos.

Era a rutura total de qualquer sistema de saude.

Não era preciso fazer grandes calculos e previsões
 

MiguelDeco

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Confinar, ou seja, isolar apenas os idosos e os doentes crónicos (imagino que seja isso a que te refiras) nunca seria suficiente para controlar a pandemia. O vírus espalhar-se-ia muito mais do que se espalhou até hoje, teríamos os serviços de saúde completamente esgotados, e a mortalidade logicamente aumentaria, porque não haveria ventiladores para todos. Basta ver o exemplo da Itália e da Espanha - não foram só os idosos e doentes crónicos que foram internados.

Na minha opinião, o lockdown teve efeitos positivos a nível de controlo da pandemia, e as pessoas agora questionam-se se foi tudo mesmo necessário. Na minha opinião, sem dúvida que foi. E felizmente, não estamos a fazer o exercício contrário - será que o lockdown foi suficiente.

É absolutamente normal que as pessoas comecem a ficar fartas do confinamento, e é por isso que o desconfinamento já começou. Tens toda a razão quando dizes que vêm aí uma segunda pandemia, a do desemprego e pobreza. Mas se não fosse o lockdown, provavelmente juntaríamos as duas!
Eu julgo que com o isolamento dos idosos e dos doentes crónicos não existiria colapso de nada. Basta ver que imensas pessoas estiveram afetadas e não tiveram nenhum sintoma. Outros foram medicados À distância e a coisa resolveu-se. Eu não tenho os dados ao certo mas parece-me mais lógico que a maior parte das pessoas que tenham estado internadas nos cuidados intensivos tenham sido pessoas idosas/e/ou doentes crónicos. Quer me parecer que com um isolamento efetivo dessa parte da população possivelmente não existiriam os n.ºs dramáticos que estamos a especular.

Porque a verdade agora é que dada a propaganda que foi efetuada junto da população, e pese embora já se comecem a notar algumas alterações na narrativa ( o caso dos restaurantes será talvez o caso mais evidente), a verdade é que as pessoas estão tão assustadas que mesmo a realidade voltando ao normal, a realidade económica dificilmente voltará a ser aquela que já tivemos. E sem turismo tão cedo em Portugal eu não vejo forma disto dar alguma volta.

E o problema dessa 2-ª pandemia é que já existe uma vacina. Chama-se austeridade, seja ela de forma explícita ou encapotada. E essa vacina já sabemos o que nos custou. É começar a preparar a população para essa realidade.. Que muito boa gente ainda não entendeu que está aí à porta.