Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)

vitor oliveira

Tribuna Presidencial
26 Janeiro 2007
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47
Gondomar
  • André Villas-Boas
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
  • Vítor Hugo
Nunca, porquê?
Pela falta de respeito que teve...tão simples quanto isso.
Ele preferiu renegar o clube , quando o clube quiz fazer uma despida,como ele merecia, preferiu ir para luz onde era visto como assassino! Top ..
Pode seguir em frente.
Por mim NUNCA!
O clube está sempre acima de tudo!
E melhor exemplo perdemos hoje! Ele foi sempre FCPorto.
 

Tunes

Tribuna Presidencial
4 Agosto 2016
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  • Deco
  • André Villas-Boas
  • Jorge Costa
  • Bobby Robson
Sou lisboeta de gema e tenho 45 anos.

Provavelmente o impulsionador do meu amor portista terá sido o meu pai, peso embora seja uma personagem da minha vida que não trouxe nada de bom.

Mas, tendo o fogacho inicial provavelmente partido dele, o amor pelo nosso clube veio do deslumbramento do que os meus olhos percepcionaram.

Sendo lisboeta e gostando muito da minha cidade nunca nutri apreço e gosto pelo estarolas da cidade, uns fanfarrões e megalómanos, outros numa bolha elitista e mesquinha de quem vislumbra desdém no mérito alheio.

O FCP pelo contrário representava características e valores pelos quais me identifico e pelo que me tento guiar na vida, a resiliência, o agigantar perante as dificuldades, a alma e o espírito de sacrifício, a fome e sede de ganhar, a azia de perder, em uma palavra a PAIXÃO.

Sem ter nascido na Ribeira, na Foz, na Afurada, sinto que o meu coração morava aí junto de vós e no meio de multidões pelos anos 90 adiante vibrei, sofri gritei e emocionei-me com o meu FCP.

João Pinto na minha infância e Jorge Costa são a personificação viva desse sentimento, desses valores. A braçadeira no Bicho não era um ornamento nem simbolizava status, simbolizava responsabilidade, simbolizava uma horda de portistas no estádio e mais uns milhões colados à TV a seguir todas as incidências do jogo. Quem jogava ao seu lado tinha o peso e a obrigação de seguir as suas pisadas, de por a cabeça no cepo, de derramar até À última gota de suor para honrar a camisola que envergavam.

Sinto que o clube não foi justo com ele, primeiro naquele episódio miserável preconizado pelo azedo e triste palmelão culminando no êxodo forçado para Inglaterra, mais tarde pela sua saída abrupta do clube após ter conquistado tudo o que havia a conquistar, por último anos e anos de ausência do clube, ele que era já por aquela altura uma lenda viva do clube.

Posto isto, foi com tremenda alegria que vi o seu regresso ao clube, sinto que sofria no isolamento pela caricatura do seu FCP que o actual FCP se tinha tornado e que como dirigente tinha inúmeras páginas de glórias e conquistas para escrever.

É isto que me deixa com uma tristeza imensa enquanto escrevo estas linhas, saber que a obra que com brilho nos olhos estava a construir, mais do que inacabada não estará lá para os banhos de champagne, para ser levado aos ombros, e para numa figura paternal e experiente guiar os nossos jogadores e ensiná-los o que pesa e significa esta camisola.

Sei que vamos ganhar, sei que onde estiver, a sua voz o seu legado estará nos jogadores que caminharão com o manto sagrado em 2025-2026.

Uma palavra de apreço para AVB, 1 ano e meio terríveis de guerras internas, de desilusões de perda e morte, ano e meio que envelhecem por dentro uma década. Sei e sinto que a sua presidência que tem sido marcada por uma aura negativa,terá um ponto de inflexão. Quem trabalha com paixão, profissionalismo afinco competência e amor ao clube, merece colher mais à frente o que plantou.

Como escreveu o saudoso Zé Pedro, "Quando as trevas se abrirem, o céu azul ficará"

Depois de um ano tão cinzento, bem precisamos!
Belo texto.
 

pauloans

Bancada lateral
25 Agosto 2016
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Acho que sim, que é esse. Estou na duvida se é esse, se é o dos 0-5 da Supertaça.
Tenho quase a certeza que foi nos 5 a zero na luz, na supertaça. Eles entraram cheios de pica e os comentadores diziam que o benfica ia tentar dar a volta. Depois, no início da segunda parte, com pouquíssimos jogadores nossos na grande área para a marcação do canto, o Bicho, aparece quase sozinho contra toda a equipa lampiã a marcar sem apelo nem agravo, arrasando a psique dos vermelhos, e assinando o nome numa das mais gloriosas vitórias. As palavras guardei-as também, como as escreveste.
 

JyEMBass

Tribuna Presidencial
20 Julho 2006
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Porto
  • Bobby Robson
A geração do Jorge Costa é a primeira geração que acompanhei a sério.

As minhas primeiras memórias futebolísticas, trazem João Pinto, Jorge Costa, Domingos, Folha, Rui Barros... e tantos outros.

É um bocadinho de nós que parte. Aquelas tardes de sol nas Antas, os senhores que vendiam gelados nas bancadas, o meu pai a pegar em mim para avançar os torniquetes...

A partida do Jorge leva um bocadinho destas memórias.

Tenho um casaco da Kappa, daqueles de treino, do próprio! :) Na altura foi oferecido por ele ao meu Pai que por sua vez me ofereceu. Era miudo, mas cheguei a levar para escola. Podem imaginar que esse casaco me ficava mais do que largo (!!!) :)

Mas eu levava aquele casaco com orgulho, arregaçava as mangas para não parecer tão mal e se alguém me dissesse alguma coisa eu só tinha que dizer: "É o casaco do Jorge Costa" :)
 

VPM

Tribuna Presidencial
3 Junho 2019
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Hoje morremos todos um pouco, adeus campeão, até um dia, descansa em paz e muito obrigado por tudo💙
Passaram umas horas e a sensação continua a ser a de ter perdido alguém do meu sangue …Isto nunca será só futebol …. São memórias , alegrias , sonhos , tristezas … Tanta coisa vivida e sentida …. Obrigado por tudo e por tanto …
 

fjpfcp

Falar com gente Boa, fanáticos egocentricos longe
26 Março 2012
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  • André Villas-Boas
  • Deco
  • Hulk
  • Sérgio Conceição
Nao estou a par de todas as reaccoes, mas nota se o enorme respeito que os rivais tinham.

Por ex o post do Luisão. Apesar de nao ter conseguido escrever Porto, mas parece me tudo muito sentido

O Jorge era assim, era Leal no jogo. Podia ate magoar alguem na sua luta pela bola, mas no mesmo lance podia ser ele a sair magoado, como aconteceu. Nao tinha maldade nenhuma
 

Treinador de Bancada

Tribuna Presidencial
16 Março 2012
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  • Dezembro/19
  • André Villas-Boas
  • Bobby Robson
  • João Pinto
Tenho quase a certeza que foi nos 5 a zero na luz, na supertaça. Eles entraram cheios de pica e os comentadores diziam que o benfica ia tentar dar a volta. Depois, no início da segunda parte, com pouquíssimos jogadores nossos na grande área para a marcação do canto, o Bicho, aparece quase sozinho contra toda a equipa lampiã a marcar sem apelo nem agravo, arrasando a psique dos vermelhos, e assinando o nome numa das mais gloriosas vitórias. As palavras guardei-as também, como as escreveste.
Nesse jogo o Jardel tinha sido pai e não jogou.

Levaram 5 sem apelo nem agravo.

Uma autêntica ensaboadela.
 
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Reações: Rhaegar e pauloans
Dragão Tirsense

Dragão Tirsense

Tribuna Presidencial
6 Março 2019
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  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
Sendo um rapaz que começou a sua era dos 20s em 2022, vindo de uma geração de pais e avós novos, o fenómeno da morte é coisa recente para mim. Infelizmente, em avalanche.

A primeira vez que chorei pela morte de alguém foi pelo Quintana, uma dor demasiado grande, uma dor de sentimento de traição de quem manda nisto tudo por ter levado um dos bons.

Com alguns familiares pelo meio, seguiu-se o Tio Reinaldo, com mais dor, o Presidente dos Presidentes. E agora mais recentemente, o Diogo Jota, símbolo de uma morte na flor da vida, no mesmo dia em que morreu também um cliente próximo meu novíssimo de acidente de trotinete. É até que hoje foi o Bicho, o nosso Bicho, o capitão de todos nós, não foi quem acendeu a tocha do Portismo, mas sem sombra de dúvidas um dos que a carregou por mais quilómetros.

A 27 de abril de 2024, em clima já de festa, esperei pela saída da comitiva vencedora e dei um abraço ao Jorge Costa pondo lhe a mão no rosto e disse-lhe “Tu és Porto”. Ficou meio perplexo e emocionado pois talvez sabia que era novo demais para o ter visto jogar, mas sabia que o seu legado tinha sido passado de geração em geração.

Nas palestras de portismo do meu pai, tu não faltaste, Jorge. Nas que eu vou dar ao meu futuro filho, não faltarás.

Se quisermos medir a tua dimensão talvez seja mesmo por aí. Não precisamos de te ter visto jogar para sabermos que foste um dos grandes.

Fenómeno esse que só se aplica aos Maradonas e aos Pelés desta vida. Olha bem o teu patamar, aquilo que nos fazes.

Uma palavra também ao Porto, o nosso clube transforma jovens em homens, pela culto de exigência, paixão e competência no nosso dia a dia. A mim, meu Porto, ensinaste me como lidar com a morte. Lentamente vou aprendendo, felizmente tenho vídeos, histórias e muitos troféus vistos pelos meus olhos para dar vida a esse luto.

A última palavra ao Presidente, em Santa Maria da Feira muitos riram-se quando no início da minha intervenção disse que tinha 21 anos, no entanto o aviso foi claro, nasci com glória à minha volta, sou tão ou mais exigente que todos vocês. E nesse dia já lhe apelidava de presidente, disse-lhe que íamos à luta. E estamos na luta Presidente, hoje mais fracos talvez, mas somos do sangue e corpo que não se verga.

Vencer, vencer, vencer. Pelo Presidente dos Presidentes, pelo Bicho, por todos nós.

Segunda lá estaremos.