Não gostei da exibição na segunda parte, porque na primeira tivemos oportunidades suficientes para marcar pelo menos um golo, e concordo que se devia ter caído em cima deles após a expulsão (não percebi a entrada do Samu em vez de Mora), mas também não percebo a choradeira de alguns aqui.
Daqui a três dias temos o jogo mais importante e mais difícil deste mês, e é nesse que temos de apostar as fichas todas. O jogo de hoje era secundário, e os próprios jogadores têm consciência disso, até porque na LE temos a situação perfeitamente controlada.
Se levássemos oito ou nove pontos de avanço no campeonato, como seria justo, hoje até podíamos ter arriscado entrar com a maior parte dos titulares, e aí provavelmente o jogo ficava mais ou menos resolvido na primeira parte. Só que infelizmente o colinho dos clubes do regime obriga-nos a gerir mais do que gostaríamos, e é óbvio para toda a gente que não temos plantel para fazer dois onzes competitivos, mesmo contra um Utrecht desta vida.
Dito isto, também me parece evidente que falta ao nosso jogo variabilidade e capacidade de desequilibrar no 1x1. Os nossos extremos jogam sempre por dentro e, excepto o William, não são capazes de fintar um caixote do lixo, e a capacidade de decisão também não é a melhor, sobretudo em Pepê. Ou seja, temos 12 ou 13 bons jogadores, mas não temos propriamente plantel para levar tudo à frente, como se pensou no início da épocae. Contra equipas fechadas e que defendam bem, temos muitas dificuldades em criar oportunidades de golo.
Mas o decisivo é vencer em Famalicão, porque depois disso só poderemos melhorar, com um calendário mais fácil e o regresso do Luuk em dezembro.