Mário Santos - Diretor Geral das Modalidades

Jaburú

Lugar Anual
21 Março 2025
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Ao ler a capa se tinha alguma vontade de comprar o jornal perdi-a completamente.
Mas aquela frase na capa do Sá traz-me água na boca porque não sei se na entrevista se ele aborda a questão das contratações dos estrangeiros no basquetebol e se diz quem deu o aval a elas, sem isso não posso comentar.
Eu só li por alto no café e é completamente vazio de conteúdo. São contratações falhadas e pronto, isso é tratado como um detalhe normal.
 
14 Janeiro 2025
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Continua a pensar assim e a gozar a opinião dos outros. Para o ano se não sair um dos irmãos, vai continuar tudo na mesma.
Tal como a nossa política de estrangeiros, só compramos refugo nos últimos tempos. Volto a dizer vale-nos a formação e a captação a norte.
Não gozei com ninguém, só tive opinião diferente, um fórum é mesmo para haver pluralidade de opiniões
O Linus não é refugo nem o Gunnarsson, a não ser que penses que somos o Barcelona ou o Fuchse.
O Abrahamsson foi o gozo total quando da vinda dele e tem estado muito bem. E o Martinez também é bom.
Há miúdos a serem lançados de muito valor. O Lafontan, o Vasco Costa, mesmo o Henrique Magalhães, entre outros, mas só o que os outros fazem é que é bom.
Um dia destes, já faltou mais, vamos estar a dar a volta por cima e a ficar outra vez no topo, afinal o domínio do zbordem tem apenas 2 épocas + esta, antes nós dominamos, com o Magnus esse incapaz, durante 5 épocas.
Mas mesmo nessa altura vai haver portistas a acharem que tudo é mal feito no Porto e que os outros é que são bons.
 

reis1970

Bancada lateral
28 Maio 2016
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A culpa de termos mais jogadores desqualificados com o zbordem do que com todas as equipas nacionais e europeias juntas... é dos padres tugas do Cashball.
A culpa de levarmos com mais livres de 7m e exclusões com o zbordem do que com qualquer outra equipa nacional ou estrangeira... é dos padres tugas do Cashball.
Terminámos a época passada a perder a Taça por 1 golo, que em condições normais de arbitragem teríamos ganho.
Voltámos a perder por 1 esta época no Ladrão Rocha, pró campeonato, num jogo em que sofremos tantas exclusões, tantos livres de 7m, com uma dualidade tão grande de critérios a todos os níveis, que não tenho dúvida nenhuma que teríamos ganho com folga com uma arbitragem normal.
Eles têm 2 laterais extraordinários e o treinador que têm está lá porque é o pai deles, senão muito provávelmente estava lá outro melhor.
De resto, há várias posições onde temos melhores jogadores que eles, são os 2 manos que fazem a diferença para nós.
Eles são tão bons, tão bons, tão bons, cá dentro, com os padres do cashball, estou para ver se na Champions conseguem ficar acima do 6° lugar.
Pelo que têm feito e com o calendário que vão ter, duvido muito.
Respeito a tua narrativa, alias ela já não é de agora, nós últimos 15 jogos com eles ganhamos 1 e Empatamos 1, ou seja 13 derrotas, como disseste tivemos jogos equilibrados, claro que sim, também empatados com o ABC e não é por isso que nos poderemos sequer comparar com o mesmo ABC. Continuas a falar deles com sentido depreciativo falando constantemente na sua performance na champions, meu caro, neste momento com qualquer um desses clubes de champions seríamos completamente cilindrados.Falei no Filipe Monteiro mais como um exemplo de falta de planeamento extrutural para voltarmos ao nosso lugar de liderança nesta modalidade. Continuarei a ser presença assídua no dragao arena para ver os nossos jogos, não sou um sócio apenas de vitórias, e os mais de 20 anos ligados ao Andebol ( 12 como jogador) fazem com que adore esta modalidade.
 

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12 Maio 2016
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MODALIDADES
"QUEREMOS GANHAR, MAS ESTE É UM MOMENTO DE TRANSIÇÃO"
MÁRIO SANTOS Diretor-geral das modalidades do FC Porto abordou as dificuldades, das lesões à falta de pavilhões, e ambiciona todos os títulos
Andebol, basquetebol, hóquei e voleibol passaram a ter um departamento de performance, aguardam outro pavilhão, e Mário Santos sabia que da "cadeira de sonho fazem parte dificuldades".
Com que ideia assumiu o cargo?
Sabia que haveria um processo inicial de readaptação da estrutura do clube a um novo modelo de governação, dentro de um processo no qual o FC Porto não pode deixar de lutar para ganhar. O projeto do FC Porto passa por ganhar os jogos todos. Tinha a noção dessa dificuldade, da exigência do clube e da exposição e responsabilidade de estar no FC Porto. Não somos escrutinados uma vez por ano, isto é diário.
Na época passada só festejaram o título do hóquei em patins. Ficou aquém das expectativas?
Ficou, porque temos como objetivo conquistar todos. Se olharmos ao histórico do FC Porto, títulos em uma ou duas modalidades é o normal, mas o nosso objetivo é ganhar sempre. Por isso encaro os resultados como desilusão e frustração quando perdemos e alívio quando ganhamos. É nesse registo que trabalhamos. Temos noção de que não é fácil, temos adversários de valia e também temos de competir num momento do clube que é de transição. Embora aquém das expectativas, temos noção de que em todas as modalidades, com exceção do voleibol, o FC Porto esteve nas decisões dos títulos da época passada.
Que se passa no Dragão para existirem tantas lesões em quase todas as modalidades?
É um fenómeno estranho e por fases. No ano passado tivemos muitas, acima de tudo no andebol e no basquetebol. Muitas são traumáticas, portanto, são situações de pouca sorte. Outras, que queremos evitar, têm a ver com a preparação. Já reforçámos e fizemos alterações no departamento de saúde e criando o departamento de performance, para que os atletas estejam bem preparados, de forma a evitar lesões.
Está na hora de recorrer a uma bruxa?
Costumo dizer, a brincar, que o departamento de performance precisa de uma bruxa e duas galinhas pretas. Como não acredito em nada disso, temos de trabalhar para que essas lesões possam ser evitadas, tendo a noção de que é impossível evitá-las na totalidade.
Havia modalidades a treinar pouco?
Venho de uma modalidade individual, que só compete quatro ou cinco meses por ano e, portanto, tem cargas de treino e gestão muito diferentes das coletivas. Estamos a alterar um pouco o paradigma, tendo noção de que os atletas competem todos os fins de semana e muitas vezes duas vezes por semana, não podendo ter cargas exageradas. Temos algumas dificuldades e a primeira é infraestrutural, só temos um equipamento para quatro modalidades de pavilhão com equipas profissionais. Estamos a fazer esse trabalho, não para treinar mais, mas para se treinar bem. Mas precisamos de condições de treino melhores, são quatro modalidades e ainda equipas B.
Estão a procurar mais locais para treinar?
Temos encontrado soluções temporárias. A longo prazo haverá a construção do novo pavilhão, que já foi anunciada com o local (Escola Ramalho Ortigão). Aí sim, poderemos compatibilizar os horários das equipas profissionais, que treinam em horas que não são as mesmas da formação. Será o criar de um mini-centro de alto rendimento, necessário para a formação e também para as equipas.
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MODALIDADES
1 Andebol
Mário Santos lembrou que a equipa de Magnus Andersson tem sido limitada por lesões, mas apontou sobretudo o dedo às arbitragens
"Título é possível se não nos marcarem 50 faltas"
O FC Porto ainda espera discutir o título com o Sporting, mas admitindo não ser simples, devido a três fatores enumerados por Mário Santos: lesões, o valor do opositor e erros de arbitragem. O orçamento do andebol foi de 4,5 milhões de euros, o mais alto das modalidades. No entanto, o Sporting ganhou tudo. Fazer voltar o Magnus Andersson foi uma boa aposta?
Quando chegámos o andebol tinha um orçamento elevado, o maior. Houve uma redução, mais relacionada com a racionalização de recursos e reorganização das equipas, mas com impacto financeiro direto sobre a equipa. Tínhamos atletas que, a médio/longo prazo, não iriam ter capacidade para competir pela equipa principal. Relativamente às opções, é evidente que queremos ganhar! Mas o Sporting está num grande momento, até a nível internacional. Com o Magnus Andersson temos competido com eles, mas este ano no jogo do Dragão o Porto foi prejudicado. Fomos assolados por um número fora do normal de lesões que nos impediram, em momentos cruciais, de competir. No recente jogo no Dragão Arena sentimos em dois momentos fáceis e fomos buscar o empate no final, o que não nos serviu.
Está a falar da derrota com o Sporting...
Sim, e também não posso deixar de realçar, e isto sem querer escudar os nossos insucessos, que temos vivido um conjunto de erros de arbitragem... Há um determinado tipo de postura para com o FC Porto, dentro e fora das quatro linhas, que me surpreende, até porque tem sido apanágio desta direção tratar todos com cordialidade e respeito. Equipas como FC Porto, Benfica e Sporting investem muito na equipa sénior e na formação, sendo difícil ver performances marcadas por erros técnicos de arbitragem, mais do que erros técnicos dos atletas. Por azar nosso, esses erros têm sido em prejuízo do FC Porto. É fruto de questões objetivas, não de dualidade de critérios. É evidente que isso ensombra a nossa capacidade competitiva.
Refere-se ao cartão vermelho ao Daymaro Salina nesse jogo?
Não queria entrar por aí, mas posso sinalizar 45 situações nesse jogo, em 60 minutos.
Quer dizer 45 erros?
Sim, 45. E no jogo de João Rocha o FC Porto teve sete ou oito exclusões, 50 faltas e nove livres de 7 metros. Quem ler uma ficha de jogo dessas pensa que foi uma guerra campal, mas foi um jogo normal, que o FC Porto perdeu por um golo. Não me estou a escudar em resultados, mas a modalidade tem de evoluir.
Em particular na arbitragem, pelo que parece...
Venho de uma modalidade em que os árbitros são mais cronometristas. É preciso evoluir, não sei se os árbitros recebem a tempo e horas, não sei se a formação e o seu enquadramento é feito, mas algo deve ser feito para acompanhar o nível dos clubes. Isto para já não falar de algum — que me surpreende — tratamento com picos de arrogância de quem também é agente do jogo e que nós não conseguimos aceitar.
Arrogância, como?
Só gostaria de deixar a seguinte nota: o FC Porto tem sido fiel à sua cultura de há muitos anos e choca-me isso não ser reconhecido. Este clube alimenta as seleções com muitos atletas e o seu plantel tem uma maioria de atletas formados aqui. A equipa B treina cá, com grande proximidade com a A. É essa a grande aposta que o FC Porto faz, queremos que a formação seja a base de todas as nossas equipas. Posto isto, não queremos ser beneficiados, mas que pelo menos nos reconheçam esses méritos.
Ainda acredita que o FC Porto pode ser campeão?
Tendo em conta que o FC Porto do ano passado, ao contrário deste, ganhou os jogos todos e só perdeu com o Sporting, acho possível. Se nos marcarem 50 faltas no João Rocha é impossível, caso contrário acho que é possível. O Sporting é uma grande equipa, perde pouco a nível nacional e internacional, portanto não é fácil. Temos equipa e recursos para competir e, no dia certo, teremos de nos superar e ganhar.
No andebol não existiu um erro fatal, em 2021, quando os irmãos Costa saíram para o Sporting?
Eles são dos melhores jogadores do mundo. Quando vão de um clube para outro e se afirmam como dos melhores do mundo, é de ficar a pensar. Mas não vou entrar na forma como eles saíram, porque o Sporting veio ao FC Porto, pagou a cláusula de rescisão e levou-os atletas. Objetivamente, o FC Porto não os deixou ir embora.
"Objetivo europeu é a final four"
A nível internacional, a ambição é chegar à final four da Liga Europeia?
O FC Porto correrá planteis para ser uma equipa de Champions. Portanto, o nosso objetivo na Liga Europeia é chegar à final four. É difícil, convém recordar, e gosto de olhar para os números, pois não assim tantos a lá chegar. Aliás, existindo a ideia de uma superioridade do FC Porto durante muitos anos, que é agora a do Sporting, a verdade é que o Benfica foi a única equipa portuguesa a ganhar um troféu europeu. O FC Porto tem esse objetivo final four, é real, tendo a noção também de que existem equipas a disputar a Liga Europeia que, se estivessem na Champions, tinham nível para chegar à final four. Temos essa noção e, não nos querendo escudar nos orçamentos, temos a noção que as equipas que vão lutar para a final four gastam entre o dobro e o triplo do FC Porto. E o dinheiro aqui é como a felicidade, não a traz, mas ajuda muito. Aqui, não traz vitórias, mas manda buscar, não é? É mais fácil quando temos grandes recursos e temos dois ou três guarda-redes e entra um e entra outro, e dois ou três atletas por posição e dos melhores do mundo.
"Estamos a equacionar mais um guarda-redes"
"Estamos a equacionar a contratação de um guarda-redes", revelou Mário Santos, face à lesão grave que vai afastar Diogo Rêma entre seis e oito meses, deixando a baliza do FC Porto reduzida ao sueco Sebastian Abrahamsson e ao jovem Bernardo Sousa. "Temos enquadrado atletas da equipa B, neste caso com um percurso notável, no clube e nas seleções, mas o Diogo não vai jogar mais esta época e temos títulos para disputar. Um possível investimento é um sinal da nossa ambição de competir ao mais alto nível", completou o diretor-geral.
 
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MODALIDADES
2 BASQUETEBOL
FC Porto tem feito muitas mudanças e Mário Santos lembra que o campeonato português não é dos mais apelativos para os norte-americanos
"É DIFÍCIL MANTER OS ATLETAS QUE SE DESTACAM"
Mário Santos sublinha que o FC Porto, com problemas de adaptação e lesões, está a investir mais para "nos momentos decisivos ter uma equipa competitiva", desvalorizando a hegemonia do Benfica.
O início de época no basquetebol não tem sido simples no Dragão Arena, mais uma vez com lesões de jogadores importantes, agravados pelo rendimento aquém do expectável de alguns reforços, em concreto os americanos. Mas Mário Santos lembra que a época se decide em play-off e que na anterior os portistas conquistaram duas das quatro competições (Taça de Portugal e Supertaça).
No basquetebol os norte-americanos abundam e o FC Porto mudou muito para esta época e já tem feito trocas. Porquê?
É uma modalidade com uma gestão difícil de plantel, porque o normal e habitual, e não só no FC Porto, é haver mudanças radicais todos os anos. A dificuldade é manter os atletas que se destacam, porque o campeonato português não é competitivo nem atrativo para muitos deles. Isto obriga a mudanças constantes muitas vezes acontecem problemas de adaptação, como este ano, em que até investimos mais a nível financeiro. Algumas dessas contratações não resultaram e, como é evidente, temos que nos adaptar. O campeonato é disputado em sistema de play-off e temos de nos preparar para quando chegarem os momentos decisivos termos uma equipa competitiva.
No ano passado o orçamento do basquetebol foi de 3,1 milhões. Portanto, subiu?
Subiu entre 7% a 8%, cerca de 300 mil euros. Portanto, houve um reforço, que muitas vezes é mais um ajuste ao que são as subidas do mercado. À semelhança do andebol, tivemos duas lesões de atletas nucleares, dentro e fora do balneário, o Tanner Omlid e o Miguel Queiroz. Eles têm um impacto significativo na dinâmica do grupo, porque são dois capitães de forma natural. E, no caso do Miguel, à semelhança do Diogo, é a época toda.
Falou da aposta em portugueses, mas o Francisco Amarante, que foi jogador da casa e este ano voltou a Portugal, tem brilhado pelo Sporting. Não podia ter regressado ao FC Porto?
Podia, mas quero já recordar que temos, da Seleção Nacional, Miguel Queiroz, Gonçalo Delgado e Vlad Voytso. Não podemos trazer todos e também há opções técnicas. O Amarante é um grande jogador, fruto de um trabalho que foi e continua a ser feito, criando jogadores portugueses de referência. Daí o reforço nas condições da formação, sendo certo que somos dos clubes que mais e melhor competem em todos os escalões.
A maior dificuldade do FC Porto será a consistência do Benfica, com o mesmo treinador e base de jogadores há vários anos?
O Benfica compete bem a nível nacional, tem uma equipa consistente e recursos que o FC Porto ainda não consegue alocar no basquetebol. Mas recordo que no ano passado foram campeões, mas, em número de jogos entre as duas equipas, diria que o FC Porto até ganhou mais. E ganhou dois, o Benfica um e a Oliveirense outro, sendo que estivemos nas decisões de todos. Somos uma equipa que compete e quer ganhar.
O Fernando Sá é o treinador certo?
É o treinador certo e tem mais um ano contrato.
3 HÓQUEI EM PATINS
Adaptação ao novo treinador gerou um início de época difícil do bicampeão, mas Mário Santos aposta em mais um título nacional
"AVALIAÇÃO DO PAULO FREITAS FAZ-SE NO FINAL DA ÉPOCA"
O hóquei em patins vale o único título nacional da época passada e nesta a equipa portista já perdeu Supertaça e Taça Continental, sendo quarta no campeonato. Mário Santos lembra o currículo e o passado azul e branco do novo treinador, Paulo Freitas, acreditando que a equipa, só com vitórias na Liga dos Campeões, está a tempo de mais importante tricampeonato. O hóquei em patins está a ter outro arranque difícil. Pensam repetir o ano passado, de início complicado e um bom final?
Tivemos uma alteração técnica e um processo de adaptação sem os resultados imediatos que queríamos. Quero deixar presente que já existiu a frustração de não ganhar dois títulos, frustração que a maior parte dos clubes não teve, porque não chegou à final da Taça Continental nem da Supertaça. O FC Porto foi o único nas duas. O nosso objetivo é ganhar, não é ir a finais, e a nível nacional não está a correr como queríamos, a nível internacional estamos invictos na Champions. Faltam muitas jornadas, mas temos enquadramento técnico e atletas que garantem termos o FC Porto a competir por todos os títulos.
Seria mais importante repetir o título nacional ou conquistar a Champions?
O título nacional é algo que nos move, que mexe com o clube e com o enquadramento estratégico das modalidades. A temporada passada foi má, mas o FC Porto foi à final da Champions e perdeu e foi à final do Campeonato Nacional e ganhou. Num ano mau, fomos campeões nacionais e fomos à final da Champions. Indo à pergunta, em todas as modalidades o importante lutar pelos títulos europeus e ter esse projeto, mas o título nacional é fundamental. Creio que a maioria dos portistas sente o mais o nosso campeonato.
A equipa de hóquei tem sete trintões em 11 jogadores. Não precisa de uma renovação?
Temos um conjunto de atletas que são de seleção e que rendem. A equipa precisa, acima de tudo, de atletas que garantam uma vitória, tenham 19 anos ou 30. Sabemos que os atletas não vão ficar cá ad eternum e o que estamos a fazer é um reforço da formação. Criámos uma equipa B, que subiu à II Divisão e este ano tem quase garantida a manutenção. Já temos atletas dessa equipa a jogar na A, portanto há essa preocupação. Queremos é que, à semelhança dos anos dourados, muitos dos atletas da equipa principal sejam da nossa formação. É essa reestruturação que estamos a fazer, já com alguns resultados, embora isso demore tempo, custe dinheiro e recursos.
O Paulo Freitas foi a única mudança de treinador esta época. Está a cumprir as expectativas?
A avaliação que vamos fazer do seu trabalho será no final do ano. A equipa tem de se adaptar aos seus processos, o treinador tem de se adaptar aos atletas, e nós temos de ter a sensibilidade de o perceber e fazer o balanço no final da época, não andando ao sabor de uma derrota ou de uma vitória. No fim é que se ganha.
O treinador terá alguns anticorpos junto dos adeptos?
Um treinador que esteve seis anos no Sporting, ganhou dois campeonatos e duas Champions, terá criado alguns anticorpos dentro dos hoquistas do FC Porto, quem conhece o hóquei em patins. E todos têm momentos mais felizes e menos felizes. São situações do passado e o que queremos é criar condições para que o FC Porto ganhe. Não esquecendo que o Paulo Freitas teve muitos anos de FC Porto, jogou cá anos e foi o seu primeiro título como treinador foi na nossa formação.
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4 VOLEIBOL
"Masculino só depois de consolidar o feminino"
A equipa de voleibol feminino é a que tem feito uma melhor época, liderando o campeonato só com vitórias e justificando o reforço do investimento. A criação de uma masculina ainda não será para já.
Desta vez acertaram nos reforços do voleibol feminino e vão voltar ao título?
Não foi desta, porque o FC Porto já ganhou quatro campeonatos seguidos. O ano passado não correu como esperado e a equipa foi terceira. Este ano temos uma equipa forte, houve um reforço no investimento e até agora estamos invictos. Mas o campeonato é decidido em play-off, por isso temos de manter os pés na terra e saber que só se ganha no fim.
Há muitas estrangeiras no voleibol feminino — nove no FC Porto e Sporting, oito no Benfica, seis no Braga. Não são demasiadas, nem sai caro?
Uma coisa é estar caro, outra é ser caro porque são estrangeiras. Há maior oferta de atletas estrangeiras do que portuguesas e entre estas também há caras. Reconheço que é uma preocupação e temos um Leixões que compete, e bem, com muitas portuguesas. Mas para isso é preciso reforçar a formação, o que só alimenta a equipa a médio prazo. Não temos mais estrangeiras que outros, pois a realidade é que todos queremos ganhar amanhã.
O voleibol masculino está nos planos?
Dentro do plano estratégico do clube, a prioridade é a criação do futsal. O voleibol feminino é uma das ambições, e antes de pensar no alargamento, queremos consolidar o que já temos. O voleibol masculino tem um grande histórico, mas temos limitações de infraestruturas e recursos. Não podemos investir de forma a diminuir a capacidade competitiva das modalidades existentes.
O campeonato feminino é mais interessante do que o masculino?
Há uma grande afluência aos pavilhões no voleibol feminino, a nível nacional e internacional, e elas são mais no número de federados. Os salários das jogadoras não divergem muito dos jogadores e, em alguns casos, até são superiores. O jogo é mais instintivo e o resultado oscila mais, o que o torna mais emocionante. E isto não tem nada de sexista, é a dinâmica do jogo.
5 FUTSAL
"São sete anos a subir de divisão..."
O futsal está no programa e já existe formação. Para quando uma equipa sénior do Porto?
É uma decisão ponderada e depende de vários fatores, nomeadamente o posicionamento de entrada, o investimento e as infraestruturas. Neste momento, o enquadramento regulamentar obriga a começar por baixo, o que traz dificuldades de gestão e expectativas. Ganhando os campeonatos todos, são sete anos até chegar à Primeira Divisão.
Portanto, irão começar por baixo?
Neste momento não há outro formato, sendo muito difícil o FC Porto começar de baixo em sete divisões, porque isso traz problemas de gestão de plantel, de expectativas e até de projetos.
No topo, o investimento para competir com Sporting e Benfica não é muito elevado?
É elevado, se é demasiado dependente dos objetivos e do retorno desse investimento. Mas não desconhecemos o facto de o nome do clube ser Futebol Clube do Porto e o futsal ser uma disciplina do futebol. A existir essa equipa, gostaria de um modelo montado como o que está pensado para as outras modalidades, com muito atletas formados cá. Felizmente, temos registado uma grande disponibilidade de atletas com nível para competir pelo FC Porto, até em escalões inferiores, tendo a expectativa de lhes oferecermos um bom projeto desportivo e de futuro.
OUTRAS MODALIDADES
"Atletismo exige grande investimento"
"O atletismo tem um grande histórico no FC Porto, tivemos um título olímpico, e é uma porta que está em aberto. Faz parte do programa eleitoral. Mas é uma modalidade com muitas vertentes, que exige infraestruturas, e quem conhece a realidade da zona do Porto sabe que estão esgotadas", comenta Mário Santos, lembrando que seria necessário "um grande investimento". "Um clube como este tem de entrar com o objetivo de competir, face a equipas com um investimento significativo, o que nos faz reviver as razões pelas quais deixamos de ter atletismo", alertou ainda.
"Ciclismo não está no horizonte"
"Gosto muito de ciclismo, mas considerando o passado recente no clube, não é uma prioridade", diz Mário Santos, deixando claro o regresso "não está no horizonte futuro", apesar de ser "uma modalidade que os portistas gostam e que contribuía para a disseminação dos clubes e futebol em Portugal". O diretor-geral portista admite estar "incomodado" pelo que ouviu do julgamento da extinta W52-FC Porto, "por ter o nome do clube envolvido num caso como aquele". "É a degradação dos valores do desporto, o descredibilizar de uma modalidade que podia ter e tem um grande potencial. Durante muitos anos exerci cargos em órgãos relacionados com o anti-doping e aquilo que mais me choca nem é a saúde dos atletas — duvido que andem três semanas a subir montanhas de saúde a alguém —, é a batota. No FC Porto não fazemos batota", atirou.
"Gostava de ter canoagem, mas não está na estratégia"
Mário Santos cresceu como dirigente na canoagem e continua a praticar a sua modalidade de sempre, que no FC Porto não existe. "Como atleta, gostaria. Como dirigente, e dentro do alinhamento estratégico do clube, criar uma secção de canoagem do zero não faria muito sentido neste momento", afirma, mesmo sabendo que "é uma modalidade sem grandes investimentos financeiros". Unir o clube a um outro, como o Náutico de Crestuma, que tem instalações próximas do Olival, também não é possibilidade. "Vejo mais o papel do clube, através da sua fundação, a dar apoio a atletas ligados ao FC Porto, por serem adeptos, na concretização de objetivos internacionais e olímpicos, do que na criação formal de uma modalidade que exigiria recursos e infraestruturas externas, ou então pagar-lhes só para vestirem uma camisola, usarem as instalações de outros clubes e dizermos depois que somos muito fortes", explicou.
"Temos projeto olímpico na natação e desporto adaptado"
"Benfica e o Sporting não têm projetos olímpicos, têm secções — no caso do Benfica existe mesmo essa figura híbrida — com modalidades que estão no programa olímpico", considera Mário Santos, para explicar que o FC Porto não pretende seguir esse exemplo. "Temos atletas olímpicos, sobretudo em modalidades individuais como a natação e no desporto adaptado. Dentro das modalidades existentes, o clube cria condições para que os atletas possam atingir esse patamar", afirma, lembrando que "não faria sentido", como acontece com o andebol: "Pagar a atletas para dizerem que são do FC Porto e estarem alojados em outros clubes, isso não faz parte do nosso projeto", terminou.
"Nos jogos, gosto de estar perto"
Mário Santos assume-se como dirigente-adepto e vive os jogos de forma intensa, sempre que pode na saída dos balneários. "Não vou para ali como adepto, vou como dirigente, que tem cargos executivos e gosta de estar perto do terreno. Só por razões institucionais e por muitas vezes estou no camarote, porque a minha função é estar perto", explica, lembrando que por vezes isso é mais simples em jogos fora, por poder "ficar atrás do banco, quase encostado aos jogadores, que é onde gosto de estar, pois sempre vivi o desporto mais por dentro". A vantagem refere, é "ter a perceção daquilo que os jogadores se queixam, de um lado e do outro, e até ouvir determinados bancos que insultam o árbitro e a mãe dele".
 
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Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
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Resumindo e concluindo: falta de dinheiro.

O que não é novidade para ninguém.. ainda bem que o devaneio do futebol de salão só daqui a quase uma década é que se vai colocar, pode ser que até essa altura haja juízo.

De resto é a mesma questão de sempre, os outros têm mais orçamento nas principais modalidades.
 
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Celta7

Tribuna Presidencial
9 Março 2012
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Muto mais do que patrocínios, interessa o que entra no FCP - clube via quotas. Isso é que tem feito a diferença para os de Lisboa. Vamos ver o impacto do aumento os sócios nos próximos orçamentos. Quando o AVB entrou no clube, tínhamos cerca de 130 mil sócios. Agora são perto de 170 mil. Mais 30%.

Se o aumento dos orçamentos for proporcional ao aumento de sócios, as modalidades vão ter muito mais €€ nas próximas épocas.
 

Tiago_Oliveira_10

Bancada central
10 Março 2020
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Muto mais do que patrocínios, interessa o que entra no FCP - clube via quotas. Isso é que tem feito a diferença para os de Lisboa. Vamos ver o impacto do aumento os sócios nos próximos orçamentos. Quando o AVB entrou no clube, tínhamos cerca de 130 mil sócios. Agora são perto de 170 mil. Mais 30%.

Se o aumento dos orçamentos for proporcional ao aumento de sócios, as modalidades vão ter muito mais €€ nas próximas épocas.
Tens mais de 1.300.000€ por mês a entrar só em quotas.
 
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