Miguel Alexandre disse:
Que Folha tenha sorte, apesar de achar q lhe faltam ovos...os poucos q teem alguma qualidade ou estão lesionados ou veem de lesão...Chicao, Ismael, Palmer...sem reforços o futuro vai ser difícil...
Na minha opinião, essa falta de ovos é o exacto motivo pelo qual esta subida do Folha nos pode fazer mais bem do que mal.
Confesso que me faz confusão ver o talento do F.C.Porto nas mãos de um resultadista. De um treinador que tem baseado o seu trabalho na formação do F.C.Porto na procura do seu próprio conforto, relegando para 2º plano a preocupação em formar talento. Em proporcionar, independentemente dos resultados, as condições e o espaço necessários para que as suas equipas joguem de acordo com os padrões que lhe serão exigidos quando, idealmente, atingirem a equipa A.
O Folha tem privilegiado, desde que iniciou funções nos sub-19, a segurança que o jogador do "hoje" lhe dá ao invés de arriscar e investir no jogador que "amanhã" terá nível para representar um clube grande como o nosso.
Tem tirado semanas atrás de semanas de crescimento a muito bom talento.
Tem demonstrado uma incoerência e indecisão atrozes na escolha dos jogadores a quem dar oportunidades.
Não tem sabido compreender a melhor forma de maximizar o rendimento daqueles que precisam de quem os faça perceber que tipo de jogador são e podem vir a ser. De quem mais necessita da sua ajuda. De quem precisa de um FORMADOR.
O Folha demonstra ser demasiado medroso e, até, egocêntrico (mesmo que não propositadamente, mas porque está preocupado com o seu poleiro) para ser um responsável de peso pela formação do talento F.C.Porto.
O pressuposto fundamental de um formador tem que ser o de catalisar e evolução dos atletas com o fim de atingirem o potencial com mais celeridade do que atingiriam sem o seu apoio. E só tendo este pressuposto garantido, começar a pensar nas vitórias. E até, porque não, em si próprio. Na exposição do seu trabalho. Enquanto FORMADOR.
Custa-me imaginar um 11 da Youth League 2017/2018 com o Leandro Campos no banco, o Afonso Sousa a ponta-de-lança, o Romário Baró numa ala, o Ayoub ou o Moreto na outra, o meio-campo com dois 6 e um 8, e um 8 a defesa-central.
Não é no meio de tanta invenção com o objectivo de colocar em campo os médios todos do plantel no mesmo 11 que eu quero o talento do F.C.Porto. Não é no meio de tanta insegurança transmitida pelo treinador que quero o talento do F.C.Porto. Não é resultadismo a todo o custo, o habitat mais saudável para os nossos miúdos.
E tudo isto para explicar o 1º parágrafo.
Acho que a subida do Folha para um patamar onde a formação está num estado mais avançado, onde há mais jogadores vindos de fora, onde será mais difícil inventar sem dar bronca e onde os "Belinhas" e "Candés" terão mais dificuldade em esconder as fragilidades, alivia um pouco o seu peso formativo nos nossos jovens, e o expõe, finalmente perante uma opinião pública mais vasta, no seu nível de incompetência enquanto treinador no F.C.Porto.
O Folha é, no máximo, um adjunto de um treinador competente. De um treinador que não dependa dos conhecimentos do seu adjunto. De um treinador que apenas necessite do seu inatacável portismo e presença no balneário.
No F.C.Porto que idealizo, onde o talento natural para cada função e o conhecimento imperam, o Folha não pode ser mais do que isto.
Entretanto, fico a torcer para que o Brandão demonstre a qualidade que cada vez mais escasseia nas equipas técnicas (e não só) do nosso Clube.