Artur Duarte de Oliveira

mmmkk

Tribuna Presidencial
23 Fevereiro 2007
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Porto
Uma vez, a jogar com o Boavista, marcou um grande golo ao Porto: dentro da área come o Fernando Couto num nó cego e mete a bola por debaixo das pernas do Baía. Alguém se lembra desse golo?
 
G

GTM

Guest
Lembro-me muito bem dele ! No Boavista, tal como muitos recordaram fazia grandes "jogatanas" contra nós. Quando cá chegou, em 1996, teve um periodo de grande fulgor, que nunca mais repetiu. Recordo-me do 5-0 na Luz, do jogo em San Siro e dos 2-0 contra o Gotemburgo. Na 2ª metade da época 96/97, caiu de rendimento. Na 2ª época fica para a história um 2-0 contra o Benfica, nos primeiros dias de Janeiro, com 2 golos dele e o golo de pontapé de bicicleta contra o Braga na final da taça. Na 3ª epoca ( a 1ª de fernando Santos), já estava muito longe do fulgor de outra epocas e como tal, no Natal foi emprestado a um clube brasileiro e a partir daí perdi-lhe o rasto...
 

joaoalvercafcp

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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A BICICLETA DE ARTUR

António Oliveira foi claro e não pediu pouco: disse-lhe para ir lá para dentro e resolver. O brasileiro foi e resolveu.

Por João Queiroz

Emoção, sofrimento, alegria, momentos de génio e golos. A edição de 1997/98 teve tudo o que merece uma final da Taça de Portugal, que ficou para a história como uma das mais espetaculares disputadas no relvado do Estádio do Jamor.

Naquela tarde de domingo, 28 de maio, houve um jogo de nervos, mas de domínio do FC Porto, que cerca de um mês antes tinha garantido matematicamente a conquista do primeiro tetracampeonato da sua história.

A vitória começa a ser construída cedo, logo aos 16 minutos, com a cabeça de Aloísio, que guiou a bola para o fundo das redes da baliza de Quim na sequência de um canto cobrado por Drulovic. Oito minutos depois, festeja-se novo golo, desta vez saído dos pés do inevitável Jardel, que aproveitou da melhor forma um erro da defensiva contrária.

O intervalo chega com um 2-0 no marcador e o FC Porto parece ter um uma mão no troféu. Mas para o agarrar com as duas tem que suar muito na segunda parte. O Sporting de Braga reduz a diferença, três minutos depois de Jorge Coroado reiniciar o encontro. Começa aí uma fase de maior equilíbrio acentuada com a expulsão de João Manuel Pinto a cerca de meia hora do apito final, mas com os azuis e brancos sempre mais perigosos.

No banco, António Oliveira tira um trunfo da manga, decisivo para dissipar todas as dúvidas quanto ao vencedor: aos 75 minutos lança em campo Artur, que ainda hoje tem esse momento bem fresco na memória: “O jogo estava partido, numa fase de grande velocidade, de parada e resposta. Antes de entrar, o mister disse-me: ‘Vai lá para dentro e resolve o jogo’”.

E ele resolveu: servido de forma perfeita por Drulovic, o avançado fugiu à defensiva contrária e, com um sensacional pontapé de bicicleta, apontou o 3-1, fazendo descer o pano sobre o jogo com uma verdadeira obra de arte, que vale a pena ver e rever.

“Esse golo ficará para sempre na minha memória, porque marcou a minha carreira. Por tudo o que significou: pela beleza, por ter sido marcado mesmo no fim do jogo e por ter acontecido numa final em pleno Estádio Nacional. Depois de ver a bola lá dentro, só pensei em correr em direção aos adeptos para festejar com eles. Foi um momento de imensa alegria, inesquecível”, conta o avançado brasileiro, que fechou com chave de ouro uma temporada em que o FC Porto dominou a nível interno, vencendo o campeonato a três jornadas do fim.

“Tínhamos uma grande equipa, que jogava bem à bola, dava espetáculo, que tinha raça e ia até aos limites em busca da vitória. Ganhava e convencia”, lembra o antigo camisola 14 dos Dragões, com a qual também se sagrou três vezes campeão nacional e venceu três Supertaças.

A FINAL
FC Porto-Sporting de Braga, 3-1
Final da Taça de Portugal 1997/98
Estádio do Jamor
24 de maio de 1998
Árbitro: Jorge Coroado (Lisboa)
FC Porto: Rui Correia; Secretário, Aloísio, João Manuel Pinto, Kenedy; Paulinho Santos, Zahovic (Jorge Costa, 66m), Doriva; Sérgio Conceição (Capucho, 85m), Jardel (Artur, 75m) e Drulovic
Treinador: António Oliveira
Sporting de Braga: Quim; José Nuno Azevedo, Artur Jorge (Carlitos, 53m), Sérgio Abreu, Lino; Jordão, Bajcetic, Mozer; Formoso (Vaza, 53m), Karoglan e Sílvio (Prokopenko, 83m)
Treinador: Alberto Pazos
Marcadores: Aloísio (16m), Jardel (24m), Sílvio (48m) e Artur (90m)
Cartão amarelo: Sílvio (4m), Artur Jorge (10m), Mozer (18m), João Manuel Pinto (20 e 62m), Zahovic (60m), Karoglan (61m), Aloísio (63m), Lino (64m), Jorge Costa (78m), Kenedy (89m), Doriva (89m), Artur (89m)
Cartão vermelho: João Manuel Pinto (62m)

O PERCURSO
1998-05-24, Braga, 3-1 (F)
1998-02-24, (F) União de Leiria, 2-3 (a.p) (MF)
1998-02-04, (F) Freamunde, 0-4 (QF)
1998-01-14, (F) Maia, 4-5 (a.p) (1/8)
1997-12-17, (C) Juventude Évora, 9-1 (5e)
1997-10-26, (C) UD Valonguense, 8-0 (4e)

Texto publicado na edição de maio de 2016 da “Dragões”, a revista oficial do FC Porto, disponível na FC Porto Store do Estádio do Dragão
 

joaoalvercafcp

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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http://www.fcporto.pt/pt/Pages/fc-porto.aspx

?“O GUARDA-REDES E OS DEFESAS DO MILAN SÓ CONSEGUIRAM FICAR A OLHAR”

Artur faz 47 anos hoje e o www.fcporto.pt recupera o golo da vida dele, apontado no seu jogo de estreia na Champions

Por Catarina Morais

Artur Duarte de Oliveira ou simplesmente Artur. Avançado brasileiro, natural do Acre, passou pelas fileiras do FC Porto entre 1996 e 1999 e fez história. Foi um dos obreiros do Pentacampeonato, ainda que “só” tenha participado em três dessas conquistas, e levantou também uma Taça de Portugal e três Supertaças Cândido de Oliveira. O cartão de apresentação inclui ainda um outro destaque: um golo ao AC Milan. O motivo desta conversa.

“O golo ao Milan, em San Siro, foi um dos momentos mais importantes da minha carreira e o golo da minha vida”, atira, sem reservas, o homem do momento. “Era o meu primeiro jogo na Liga dos Campeões e logo frente a um adversário poderoso, num estádio impressionante”, recorda Artur.

As memórias dessa noite de Setembro de 1996 estão bem frescas na mente do ex-número 14. “Sim, recordo-me muito bem. Foi uma das noites mais especiais da minha vida, uma das maiores alegrias que tive! É inesquecível! Sei que o lance vem da esquerda, onde o Zahovic estava, junto à bandeirola de canto, e que depois foi o Fernando Mendes a cruzar para a área, onde apareci. Dominei a bola com o pé direito, puxei para o esquerdo, fiz a finta sobre o Maldini e chutei colocado para o golo. O guarda-redes e os defesas do Milan só conseguiram ficar a olhar”, descreve à “Dragões”, sem deixar de reforçar “a importância do momento”, já que o FC Porto se encontrava “a perder por 1-0”.

Depois do golo de Artur, Jardel bisou e resolveu a questão, permitindo aos azuis e brancos superar o colosso milanês (3-2) e partir para uma fase grupos imaculada, a melhor de sempre do clube na Champions, finalizada com 16 pontos. “Todos os golos são importantes”, diz Artur, “mas este foi importantíssimo para mim e para a equipa. Ainda hoje, no Brasil, me falam deste golo”, confessa o canarinho, uma das personagens principais desses anos de glória azul e branca.

“O FC Porto está no meu coração e, quando me perguntam, digo que sou portista. Repare, o FC Porto nunca tinha sido tricampeão e quando eu cheguei fomos Tri, Tetra e Penta. Ano a ano íamos ganhando e criando ainda mais confiança para continuar a ganhar. O FC Porto é um clube especial, no qual me realizei completamente enquanto profissional de futebol”, salienta o antigo avançado.

Texto publicado na rubrica “O Golo da Minha Vida” da edição de fevereiro de 2013 da “Dragões”, a revista oficial do FC Porto
 

Tribuna

Arquibancada
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Eu estive lá!

Um dos jogos mais especiais da minha vida.

O que representou ganhar no San Ciro!!!

Saudades...
 

Miguel Alexandre

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Era uma seta.
Em contra-ataque era simplesmente impossivel de parar.
HOJE ao lado do André Silva nos jogos em casa, molhava a sopa em todos os jogos.
 

juliolopes

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  • José Maria Pedroto
https://www.youtube.com/watch?v=z1yCOEHyjl4

Como diria o meu avô "Que Categoria" . Ratadela ao Maldini, não é para todos.

Bom jogador, veloz, técnica e muita astucia. Naquele tempo(anos 80 e 90) os clubes mais pequenos estavam cheios de grandes jogadores. Era o Drulovic no Gil, Artur no Boavista, Zahovic no Vitória, Edmilson no Salgueiros etc..Comprava-se qualidade e barato no campeonato português.
 

MiguelDeco

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eu o que me lembro primeiro é ele andar sempre a fo***-nos até que enfim o fomos buscar :)
 

Jpedro

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Jogava tanto ! Nunca mais me esquece do jogo dele contra o Milão brutal


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juliolopes

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Parabéns, Artur.

https://www.youtube.com/watch?v=z1yCOEHyjl4

Reza a lenda que Maldini ainda hoje está a procura do Artur. Reparem na forma como controla a bola depois de um centro mal feito. Controla e num segundo percebe que vem o defesa, faz a finta e finaliza. É de craque.

Boa oportunidade para recordar uma das grandes vitórias da nossa história. 2-3 em San Siro contra o Milan que era campeão italiano em titulo. Tinha por exemplo 2 Bolas de Ouro em campo, Baggio e Weah que era o vigente Bola de Ouro.

Nós tínhamos tambem uma boa equipa: Aloisio, Zahovic, Drulovic, o nosso treinador Conceição, Artur, Jorge Costa e um rapaz chamado Jardel, um fora de serie.

https://www.youtube.com/watch?v=lm7xvVouUvI


 

MiguelDeco

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se já não vi este jogo umas mil vezes não foi nada.. e hoje mais uma vez... das maiores coças que levei foi neste jogo.. que saudades de uma equipa como estas.. embora este ano a saudade comece a ser cada vez menor.. parabéns grande Artur, um dos maiores..