Bobby Robson (1933 - 2009)

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hast

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\'Sir\' Robert William Robson nasceu em Sacriston (Inglaterra) a 18 de Fevereiro de 1933. Durante a sua carreira de jogador representou apenas três clubes: Fulham, West Bromwich Albion e Vancouver Royals. O seu interesse pelo futebol veio da infância quando o pai o levava a St Jame\'s Park para verem jogar o Newcastle. Maravilhado com a técnica dos avançados Jackie Milburn e Len Shackleton, Robson decidiu então enveredar pelo futebol profissional. Apesar do seu clube do coração ser o Newcastle, a primeira proposta que recebeu foi do Fulham quando ainda dividia o seu tempo entre o futebol e a carreira de electricista. Ao serviço do Fulham marcou 134 golos durante as 11 épocas que representou os londrinos. Também representou a seleçção de Inglaterra (na foto) em 20 jogos, estreando-se frente à França em 1957 num jogo em que marcou 2 golos. Em final de carreira, aceitou o convite do Vancouver Royals para ser treinador/jogador e viajou para o Canadá. O convite para voltar a Inglaterra veio do Fulham. Depois do sucesso que obteve no clube como jogador, os responsáveis do Fulham não hesitaram e convidaram Robson para orientar a equipa em 1968. Mas a primeira grande vitória como treinador surgiu quando orientava o Ipswich Town vencendo, em 1977/78, o Arsenal na final da Taça de Inglaterra. Depois dessa histórica vitória, ainda venceu a Taça UEFA com o Ipswich Town em 1981, derrotando na Final o AZ Alkmaar. Mais recentemente, sería nomeado Presidente honorário do clube como forma de gratidão pelos excelentes serviços prestados ao Ipswich durante esse período. Foi depois do sucesso no Ipswich Town que os responsáveis da Federação inglesa o convidaram para orientar a Selecção em 1982. Orientou a Inglaterra durante 8 anos garantindo presença no Mundial do México e no Mundial de Itália. Depois da histórica eliminação frente à Argentina de Diego Maradona, no final desse jogo não se conteve e afirmou: \"Não foi a mão de Deus mas sim a de um batoteiro\". Depois do México, Robson e a Inglaterra repetiríam presença no Mundial de Itália em 1990 sendo nessa prova eliminados pela Alemanha nas meias-finais.
Antes de chegar ao FC Porto ainda orientou o PSV Eindhoven, onde se sagrou campeão holandês, e o Sporting. Chegou ao FC Porto depois de ser despedido por Sousa Cintra que não lhe perdoou a eliminação nas provas europeias aos pés do desconhecido Casino Salzburgo. No FC Porto foi duas vezes campeão nacional e atingiu, em 1993/94, a meia-final da Liga dos Campeões sendo eliminado pelo Barcelona. Foram os excelentes resultados do FC Porto e o futebol atraente, e ofensivo, que a equipa praticava que levaram o Barcelona a convidá-lo para orientar os catalães em 1996. Em Barcelona venceu uma Taça de Espanha e uma Taça das Taças já com Figo, Vítor Baía e Fernando Couto na equipa principal. Ainda esteve na Holanda para orientar novamente o PSV Eindhoven antes de regressar a Inglaterra, e ao Newcastle, onde terminou a carreira.
 
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hast

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Foi o HOMEM que lançou as sementes do PENTA. Hoje, infelizmente, luta com um cancro que o está a minar lentamente.
 

Kelvin87

Tribuna Presidencial
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Grande treinador, o azar e algumas arbitragens impediu-nos de ter mais sucesso europeu, pena aquela situação de ter exigido o prémio de vitória no campeonato quando tinha ficado acordado que o Porto o deixava ir de borla em troca do contrato, mas tirando isso um grande senhor, ainda há pouco vi umas cassetes com o Jim e relembrei-me:
Quinzinho, 1 golo não dança, three golos maybe dança, simplesmente Robson.
 

domingos99

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Para mim, foi o treinador que colocou o F.C.Porto a jogar o futebol mais bonito...Que saudades daqueles resultados...6-2 ou 5-1 ou 7-3....
 

fcporto56

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Sacramento
> Bruno 99 Comentou:


Quinzinho, 1 golo não dança, three golos maybe dança, simplesmente Robson.

............................
LOL, lembro-me bem dessa. O Robson foi unico!:))
 

Blackadder

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Um treinador UNICO!!! Uma pessoa UNICA!! Uma personagem/personalidade UNICA!!!!!!!

E o melhor futebol que vi nas Antas/Dragao foi com ele!!

Long live Sir Bobby Robson
 

Kelvin87

Tribuna Presidencial
7 Maio 2007
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Também foi o Porto de mais espectáculo, era um massacre, goleadas, umas atrás das outras.
 

domingos99

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Mas o Domingos antes de ser treinado pelo Robson já tinha marcado 25 golos num campeonato em que perdeu o trofeu de melhor marcador para o Rui Aguas, logo o Killer instint já la estava, teve foi de aperfeiçoar a forma como o utilizava. Mas lembro-me de ter ouvido o Robson dizer, que o Domingos foi um dos jogadores que mais gostou de treinar, pois ajudou-o muito a melhorar as suas capacidades. E isso ficou a vista de toda a gente......
 

domingos99

Tribuna
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> Ronald \"9\" Baroni Comentou:

> Para mim, estava ali um dos grandes pontas-de-lança do Mundo em potência. Pena que nunca lhe conseguiram arrancar toda a sua capacidade.

Quando ele estava a explodir, teve aquela lesão ao serviço da selecção que praticamente lhe acabou a carreira. Se não fosse essa lesão...
 
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hast

Guest
Aos 17 anos assinou o seu primeiro contrato profissional, pelo Fulham, clube dos arredores londrinos. «Ganhava então seis libras no Verão e sete no Inverno.» Em Fulham, onde se manteve de 1950 a 1956, destacou-se como ponta-de-lança, de tal forma que, nesse ano, o West Bromwich Albion aceitou pagar 25 mil libras para o ter na equipa. Internacionalizou-se logo que chegou a essa equipa, com lugar cativo se foi mantendo na selecção britânica, em 1961, quando Eusébio começava a despontar, jogou contra Portugal, Vítor Santos considerou-o jogador brilhante. Ao Fulham regressaria em 1962, cinco anos passados, tornou-se treinador. De sucesso. Contratado, em Janeiro de 1969, pelo Ipswich Town, que, na época anterior se sagrara campeão da II Divisão, lança as sementes que germinariam com a conquista, 10 anos passados, da Taça de Inglaterra, em 1977/78, e da Taça UEFA, em 1980/81.
Em 1982 assumiu o cargo de seleccionador inglês, nessa condição estaria no Mundial do México, mas, por divergências com Kevin Keagan, acabou por ser vítima de perseguição dos tablóides ingleses, que, em 1988, aproveitando-se do desastre britânico no Europeu, obrigaram a que os dirigentes federativos deixassem rolar a sua cabeça. Partiria então para o PSV, onde Cintra o descobriria. Com dois títulos de campeão da Holanda, em 1990/91 e 1991/92, deixaria Eindhoven.

No Verão de 1992 assinou pelo Sporting e sonhava devolver ao clube de Alvalade a glória perdida. Esteve quase. Em Dezembro de 1993, quando o Sporting comandava o campeonato, Sousa Cintra teve um arrufo e trocou-o por Carlos Queirós. Bobby Robson deixou Alvalade a chorar. Despedido à entrada da porta 10-A, quando se dirigia para um treino, após derrota em Salzburgo. A um jornalista do sensacionalista The Sun confidenciaria: «Tive uma reunião com o presidente e nem quis acreditar no que ele me disse. Ia substituir-me por Queirós... Queirós nem um chuto sabe dar numa bola. Nunca treinou um clube e estava suspenso pela própria Federação. Mal acredito que tenha dado o meu lugar a esse homem. Chorei. Após 12 anos, podíamos ganhar o título, com uma equipa bastante jovem, que eu ajudei a formar. Estávamos à frente do Campeonato, não merecia este tratamento. Até esperava renovar o contrato.»
As fricções entre ambos foram-se mantendo pelo tempo fora, com os resultados que bem se conhecem. Não foi, contudo, longo o desemprego de Robson, pois a 26 de Janeiro, um mês após o seu despedimento, foi contratado por Pinto da Costa para substituir Tomislav Ivic. Logo nesse ano ganhou a Taça, contra... Cintra e Queirós mais que contra o Sporting. No ano seguinte, foi a Alvalade chacelar o título nacional. E, na época seguinte, depois de mais uma vitória na toca dos leões, repetiu a dose.
Em 1995 esteve à beira da morte. Venceu-a e regressou ao Porto. Com o mesmo jeito de ser. Que cativa. «Aprendi a viver cada dia que passa, com alegria, sempre com alegria, porque cada dia é uma vida.» Emocionado pela «atitude humana» que Pinto da Costa teve consigo durante a doença que quase o venceu, mantém-se deliciado com os Beatles e com a Bíblia, não pelo sentido da leitura em si mas pelo modo como as suas parábolas podem mudar a vida de um homem. Quer continuar a estar no futebol como sempre esteve, com um aguçado cunho ofensivo, mas como um referencial humano que se poderia resumir em frase que um dia lhe lançou o presidente do Ipswich e que se tornou o melaço com que afoga mágoas: «Esta foi a vez de os outros ganharem, deixa-os gozar a vitória, não te abatas que, no próximo jogo, temos de vencer.» Abalou, depois, para Barcelona onde deixou trabalho de mérito.
 

fcporto56

Tribuna Presidencial
26 Julho 2006
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Sacramento
Ficarei para sempre agradecido pela estupidez do Cintra.Notei na altura que quando o Robson foi despedido pelo Sporting continuou em Portugal a jogar golf e que tal.Ja era um pouco previsivel que iria acabar no FCPorto.
 

jsm

Tribuna
29 Abril 2007
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16
Ainda bem que se lembraram do nosso Robson...Um dos melhores treinadores que passou cá pelo burgo...Deu-nos dois títulos na corrida para o Penta!E uma vez mais foi oferecido pela estupidez da concorrência....
Já agora seria bom que recordassemos três nomes, não de treinadores mas de jogadores e brasileiros: o Amaury, um grande jogador que passeou a sua classe num Porto em crise, Djalma que esteve na conquista da Taça de 67, e Flávio um dos melhores brasileiros a actuar em Portugal e que esteve num momento de renovação do clube que culminaria com a vinda do Cubillas. Flávio foi como se sabe um jogador do da selecção brasileira no mundial de 66 e uma das estrelas do Corinthians, tinja um belíssimo jogo de cabeça e sabia posicionar-se na área como ninguém, penso ter sido vítimas dos tempos que não corriam de feição para os nossos craques, o Cubillas que o diga e eu penso ter ele sido o maior jogador que passou pelo clube...
 
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val

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ao vermos para aí tantos treinadores de opereta,tipo manuel josé, meu deus que diferença,o robson com saber esses com cagança.
 
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Trivelas

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Grande senhor do futebol mundial, sem dúvida.

Bom futebol e muitos golos. Não tornou a haver outra época assim. (isto no meu tempo de vida, é claro)

Quanto à substituições, isso está relacionado um pouco com a cultura inglesa.
Muitos são os jogos ainda hoje que os clubes ingleses não usam as substituições.
É discutível, mas para eles é mesmo assim.

Quanto às competições europeias, se virmos bem só nos últimos anos, com a \"europeização\" do futebol inglês é que eles voltaram aos bons resultados nas competições internacionais.
O estilo de jogo directo e aberto inglês nunca se deu bem com o maior controlo e cinismo das tácticas europeias.
 
L

LuisC

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Uma das coisas que orgulho enquanto Portista é que sabemos dar valor a quem o tem.
Esre é clara e consensualmente o caso.
O espirito de luta e garra de CAS também nao esqueço.
 
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Timofte 2-3

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> adriano cabral Comentou:

> O futebol mais bonito de sempre foi do F.C.Porto do Mestre Pedroto. Quer na primeira, quer na segunda leva.
Bobby foi um senhor! Pena o só fazer substituições por cortesia e não estudar os adversários. Isso custou-nos uma eliminação contra a Sampdoria. E uma má CL na época 95-96. Nunca percebi como é que jogávamos tão bem em Portugal e tão mal na Champions.



Exactamente a minha opiniao