FCPorto: 22º título, a aproximação ao Benfica e a descolagem ao Sporting
O 22º título de futebol do FC Porto, hoje alcançado com a vitória por 4-1 sobre o Desportivo das Aves, colocou a equipa portista ainda mais perto do Benfica, líder com 31 triunfos, e mais longe do Sporting, com 18.
O sexto bicampeonato dos portistas (excluindo os do inédito penta) constitui novo notável registo no palmarés do Dragão, cada vez mais próximo do Benfica no que a número de títulos nacionais diz respeito.
Os encarnados, praticamente imbatíveis a par do Sporting até à década de 80 (apesar de o FC Porto até ter vencido a primeira prova, em 1934/35), começaram a ver os portistas a tentarem a aproximação nos anos 90, épocas em que os sete títulos conquistados dizem tudo da supremacia do clube liderado por Pinto da Costa há mais 25 anos.
Foi também nesta década que o FC Porto somou o único penta do campeonato português (apenas o Sporting detém um tetra de 1950/51 a 1953/54): de 1994/95 a 1998/99, o inglês Bobby Robson, António Oliveira e Fernando Santos escreveram história inédita no futebol luso.
O inglês somou dois títulos, António Oliveira outros dois e a Fernando Santos coube o quinto campeonato consecutivo e o epíteto de engenheiro do penta, mas depois falhou o desejado bi-tri para o conjunto de Alvalade, que na altura era dirigido por Augusto Inácio e pôs fim ao jejum de 18 temporadas.
Com 22 títulos e 14 treinadores campeões, o FC Porto tem ainda em José Maria Pedroto e Artur Jorge dois monstros sagrados: o primeiro devolveu ao FC Porto o título 19 épocas depois (recorde de temporadas sem títulos em Portugal), enquanto Artur Jorge é o único treinador a ter festejado um campeonato azul-e-branco por três ocasiões, além de ter erguido a Taça dos Campeões Europeus.
Além disso, também o húngaro Mihaly Siska (1938/39 e 1939/40), José Maria Pedroto (1977/78 e 1978/79), Artur Jorge (1984/85 e 1986/87), o brasileiro Carlos Alberto Silva (1991/92 e 1992/93) e José Mourinho (2002/03 e 2003/04) conseguiram bis com as cores do FC Porto e gravaram o nome na história azul-e-branca.
José Mourinho, naturalmente pela sua personalidade e, mais, pela conquista da Taça UEFA e Liga dos Campeões, escreveu a dourado as mais recentes páginas da história do clube da cidade do Porto e tornou-se mesmo um eterno desejado.
Mais recentemente, o controverso holandês Co Adriaanse chegou, venceu e partiu de uma forma pouco normal, enquanto Jesualdo Ferreira até pode permanecer ao serviço do FC Porto, mesmo que a época, sobretudo pela eliminação na Taça de Portugal e por algumas derrotas mal digeridas, não tenha sido de muito sucesso, apesar do título conquistado, o seu primeiro.
Agência Lusa (20/05/2007)