Propostas para aumentar Competitividade/Qualidade Liga Portuguesa

aliados

Tribuna
30 Junho 2016
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Penso que é a altura correta para afirmar que a liga precisa de uma reestruturação completa. Este ano tem sido marcado por polémica atrás de polémica, mais até do que noutros anos.

Enquanto que noutros anos nos resumíamos às mesmas lenga-lengas de sempre (arbitragem, etc.), este ano já assistimos a diversas situações vergonhosas e mal geridas, e o pior é que em todas elas se pode atribuir parte da culpa à Liga:

Arbitragem:
- Condicionamento da arbitragem por parte de dirigentes e outras fontes oficiais e não oficiais dos clubes sem qualquer tipo de castigo;
- Crucificação dos árbitros em praça pública, ataques pessoais a árbitros em particular (com ou sem razão);
- Vemos que Artur Soares Dias foi muito mais crucificado pelo jogo do Dragão do que Luís Godinho no jogo do Guimarães, pelo menos é essa a perceção com que fico. Atenção, eu acho muito bem que as atenções sejam postas nos criminosos e não num incompetente que não soube gerir a situação.

Violência:
- Comportamento dos adeptos (vandalismo, material pirotécnico lançado para interromper o jogo, cânticos "infelizes", etc.). Isto não é um problema novo, mas nada foi feito para melhorar o ambiente no estádio neste aspeto. Honestamente não gosto muito de ver jogos fora, principalmente em determinados sítios, por razões óbvias que todos devemos saber identificar;
- A violência é incentivada pelos canais televisivos e pelas figuras públicas mediáticas. As redes sociais já não são novidade para ninguém e os autores de páginas influentes deveriam ser castigados por algumas das coisas que dizem. Não peço censura, peço que pessoas sejam castigadas por difamação (seja contra árbitros, jogadores, dirigentes ou quem quer que seja) ou por criação de notícias e factos falsos (por exemplo, o César Boaventura partilhou um vídeo em que não se ouvem os insultos ao Marega, então não aconteceu...).

Soluções para estes dois tópicos:
- Castigos mais severos para clubes, caso as críticas sejam feitas através de fontes oficiais, para que os clubes apenas façam as críticas quando realmente tiverem razão, em vez de o fazerem a toda a hora porque só custa meia dúzia de trocos;
- Castigos para os canais televisivos. Eu não sei se isto é possível, mas acho que os canais televisivos deveriam ser punidos por algum do conteúdo que criam. Não deveriam ser os canais televisivos a gerar receitas com os programas ridículos com Pedro Guerra, Serrão e André Ventura, mas sim a liga. A liga tem de obrigar os canais televisivos a dar parte da receita caso estes usem as imagens dos jogos para gerar polémica. Só com medidas parecidas com estas é que podemos começar a amenizar o clima que se gera todos os anos à volta do futebol português;
- Castigos para comentadores sem ligações ao clube e para donos de páginas de redes sociais influentes.

- O cartão do adepto é uma boa ideia no papel, mas na prática é impossível e só revela que quem está a tentar implementar essa ideia nunca foi a um estádio, muito menos a um jogo fora. Só piora a experiência para um adepto que não pertence a uma claque ou que não tem o hábito de ir ver jogos fora;
- Shows pirotécnicos são muito bonitos e tal, mas acho que a liga deveria ser mais rígida em relação a este assunto. Não gosto nada que estourem petardos à minha beira quando vou ver jogos fora. Acho que os adeptos da casa devem poder fazer os seus shows em áreas reservadas, mas acho que a utilização desse tipo de objetos em situações não previstas deve ser severamente punida: coisas como o lançamento de tochas e cadeiras para o campo têm de ser punidas severamente, logo com um jogo à porta fechada. Só assim é que os acéfalos que o fazem aprendem. Enquanto que nada for feito, vamos continuar a ter esse pessoal a fazer essas coisas;
- Situações que acontecem fora dos estádios que podem ser direta ou indiretamente associadas a clubismos devem ter repercussões nos clubes envolvidos. Enquanto que certos adeptos fizerem merda sem que nada aconteça ao clube, mesmo que esse criminoso vá para a prisão, vai aparecer sempre outro artista qualquer a fazer o mesmo;

--

Casos de que toda a gente se queixa:
- Horários dos jogos;
- Pouca gente nos estádios;
- Más condições em que os jogos são jogados (por exemplo, a polémica do Santa Clara - Paços, ou até mesmo o FC Porto - Santa Clara para a Taça de Portugal deveriam ter sido devidamente adiados);
- Corrupção sem castigos aplicados (resultados combinados da 2ª liga, e-toupeira);
- Despromoções aplicadas injustamente nuns casos e não aplicadas injustamente noutros.

Problemas monetários:
- Alta diferença de orçamentos;
- Direitos televisivos não centralizados;
- Ausência de castigos (financeiros e desportivos) para quem tem salários em atraso.

Outros problemas que considero importantíssimos:
- Poucas despromoções e promoções. 72 equipas disputam o campeonato nacional, descem 20 (1 por distrito) e sobem 2 (!!!!). Acaba por se recompensar em demasia quem chega à segunda liga e penalizam-se os clubes que estão no inferno que é o campeonato nacional;
- Mesmo na segunda liga, se as coisas forem para se manter assim, acho que o 3º classificado deveria ter a oportunidade de subir, nem que fosse a playoff com o 16º da primeira liga. Tirando algumas exceções, o campeonato da segunda liga costuma ser bastante renhido e algumas das equipas que ficam no topo da tabela acabam por ser castigadas, enquanto que alguns clubes que não merecem estar na primeira liga têm a vida facilitada;
- Excesso de clubes na primeira divisão face àquilo que é o nosso país. Em Portugal é impossível ter uma liga competitiva com 18 ou até 16 clubes. Porto e Benfica estão 4, 5 ou 6 patamares acima do resto;

Soluções para estes tópicos:
- A solução não é retirar dinheiro aos grandes se queremos continuar a ser competitivos a nível europeu. Muita gente pede a centralização dos direitos televisivos mas esquecem-se que são os grandes que geram a maioria (quase a totalidade) do dinheiro;
- É preciso reduzir o número de clubes na primeira divisão Portuguesa, para mim não faz sentido nenhum que o campeonato Português tenha o mesmo número de clubes que o campeonato alemão, tendo em conta que a Alemanha é muito maior que Portugal, tem clubes auto-sustentáveis (enquanto que aqui todos os clubes dependem dos grandes, de vendas e de receitas televisivas e/ou de receitas de competições europeias para sobreviver);
- A redução do número de clubes na primeira liga vai permitir melhor flexibilidade de horários, acabam-se os jogos à sexta e segunda-feira;
- Por consequência, haverá mais gente nos estádios, porque há maior disponibilidade das pessoas se deslocarem aos diferentes estádios ao Sábado e ao Domingo;
- Para além disso, os jogos passarão a ter maior qualidade, pois teremos apenas a elite portuguesa no primeiro escalão;
- Depois de reduzir o número de clubes da primeira liga para 14, 12 ou 10 clubes, é absolutamente necessária a centralização dos direitos televisivos. Um campeonato com 14, 12 ou 10 clubes significa que os melhores clubes jogam mais vezes entre si, o que poderá aumentar receitas apesar de estas serem divididas de um modo mais justo com os restantes clubes;

- Pessoalmente, não gosto de campeonatos com 12 ou 14 clubes porque esses implicam a divisão em duas fases a meio do campeonato: Significaria que 6 equipas passariam a lutar pelo campeonato e outras 6 ou 8 pela manutenção.
- Ora, em relação às competições europeias, ficava logo decidido a meio do ano quem é que vai às competições europeias, algo que não acho justo. Para além disso, a equipa que ficasse em 7º mas muito perto do 6º ficaria excluída da luta pela Europa a meio do ano e ficaria para nada no resto do ano;
- Para mim, a melhor solução é a criação de um campeonato com 10 clubes, 4 voltas, 36 jornadas. Muita gente dá o exemplo do campeonato suíço e que o nosso campeonato é muito melhor, mas antes de me dizerem o mesmo eu devo dizer que o nosso campeonato vale muito mais dinheiro do que o suíço, os nossos direitos televisivos são vendidos por muito mais dinheiro e os nossos clubes recebem bastante mais dinheiro (na totalidade do que esses clubes). A qualidade dos clubes tem mais a ver com o dinheiro do que com o modelo do campeonato, e aqui estou a discutir maneiras de tornar o campeonato mais competitivo e, acima de tudo, equilibrado.
- Com menos e melhores clubes, acaba-se com o passeio dos grandes, porque a verdade é que com 4 jogos por ano entre grandes, a probabilidade de estes perderem pontos é muito maior;

- No campeonato nacional, descem quase sempre os mesmos que sobem, existe um fosso demasiado grande entre as equipas que se estreiam no campeonato nacional e as equipas que já lá estão bem estabelecidas. Isto leva-me a pensar que se calhar deveria haver uma melhor divisão neste escalão;
- Não me lembro porque é que a III Divisão e a II Divisão se juntaram, mas eu acho que deveria haver um escalão intermédio entre o campeonato nacional e a segunda liga. Neste momento o campeonato nacional é demasiado injusto e ingrato para algumas equipas;
- O único campeonato verdadeiramente competitivo, apesar de aparecer por vezes um clube que é claramente melhor que os outros, é a segunda liga, que acho que se deve manter mais ou menos como está. Claro que com a introdução de algumas medidas, esta teria de ser alvo de algumas alterações;

- Criação de um comité especializado para situações imprevistas (como situações climatéricas adversas);

- Por fim, introdução de um mecanismo de fair-play financeiro que castigue severamente (desportiva e financeiramente) quem tem salários em atraso ou quem apresenta resultados negativos de forma recorrente (como nós, infelizmente).
 

fgomes

A história não é benevolente em quem não votar AVB
26 Maio 2014
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Porto
  • Campeão Nacional 19/20
  • Bobby Robson
  • Lucho González
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Para mim bastariam 2 acções de Federação é liga para estancar no imediato os negocios/financiamento do regime a grande parte das equipas pequenas:

-Melhorar os direitos televisivos é receitas aos clubes pequenos

-Proibição de empréstimos entre clubes nacionais.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Isto não se pode introduzir tudo logo de uma vez.

Talvez os 10 clubes a 4 voltas fosse a melhor solução se quiséssemos um futebol de elite mas aí poderia matar tudo em volta.

Quem estivesse na 2a Liga iria ter de apostar na formação para poder sobreviver
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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  • Junho/18
- Campeonato da 1ª e 2ª liga com 10 equipas cada e 36 jornadas
- Criar uma versão do fair play financeiro para uso interno
- Obrigatório fornecer (e tornar pública) toda a informação sobre tudo o que envolva o passe dos jogadores, talvez com excepção dos valores individuais dos salários dos atletas para não criar pressão (inflação) sobre os mesmos
- Proibir (neste cenário de 10 equipas) empréstimos a equipas da mesma divisão
- Definir muito bem em que circunstâncias, equipas da mesma divisão podem partilhar passes de jogadores e os direitos de opção sobre os mesmos
- Centralizar os direito televisivos
- Proibir que televisões associadas a clubes transmitam jogos que não sejam da formação
- Jogar a fase de grupos da taça da liga como primeiros jogos da época e a segunda fase antes do Natal
- Permitir que as equipas B possam jogar nas taças desde que não joguem contra as equipas A, com sorteio condicionado até obrigar à exclusão das mesmas
- Limitar o número de jogadores que os clubes portugueses podem ter sobre contrato profissional (em função de terem uma ou mais equipas profissionais, no caso das equipas B)
- Mudanças no setor da arbitragem (nem sei por onde começar) a todos os níveis
- Regulamentação mais apertada no que se refere a claques, e no caso do regime obrigar a que apliquem alguma







 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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Branco disse:
- Campeonato da 1ª e 2ª liga com 10 equipas cada e 36 jornadas
Isso era só arranjar maneira de fechar isto de vez.

Tirando o Braga que se vai aguentando de fora consistente as outras equipas vão variando muito tens as equipas sensação todas as equipas e tens equipas a flutuar, e por isso se reduzires o numero de equipas não aumentas a competitividade apenas reduzes as chances de ter equipas em dias bons, e deixas as equipas mais expostas a descer de divisão (tipo o Guimarães esta epoca)


E alem disso tens menos chances de ter talento a rodar e a aparecer porque há menos equipas.



Em primeiro lugar retiravas valor ao produto se andares a repetir os jogos.



 
J

Jorge Pacino

Guest
Essa conversa de fazer 4 voltas é mítica.

Que piada têm os clássicos se são jogados umas 7 vezes por ano um Porto x slm com todas as competições nacionais incluídas?

E os clubes pequenos descem de divisão e ninguém quer saber deles?

Edit: o user acima disse tudo
 

Dragaostki

Bancada lateral
10 Março 2012
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  • Artur Jorge
Eu tenho uma ideia "originalíssima" para aumentar a competitividade da liga, vendam os direitos televisivos em pacote e os clubes recebem conforme a classificação, sem qualquer tipo de engenharia à la champions, em que os clubes dos países mais numerosos e poderosos recebem mais que os outros.

A classificação ser o único critério para receber mais iria logo terminar com os favores ao regime, os clubes pequenos teriam dinheiro e interesse em ser os donos dos passes dos jogadores e a não viverem de empréstimos, todos os lugares teriam importância e quem tivesse mais unhas (leia-se melhores e mais sustentáveis projectos) iria crescer....

Entre outras vantagens, sendo que desvantagens não vejo nenhuma.
 

Targaryen

Tribuna
27 Fevereiro 2018
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A centralização dos direitos televisivos e mais equidade na distribuição. Os clubes grandes têm muitas outras formas de gerar receitas. Não percebo como é que os pequenos nunca se juntaram para pedir isto. É que não há a mínima hipotese de a liga funcionar sem eles.

A redução para 12 equipas com uma segunda fase com os 6 primeiros. A segunda liga podia ter o dobro com muitos lugares de descida.

É ridiculo uma liga como a portuguesa ter o mesmo número de equipas que a bundesliga. E para cúmulo do ridículo só descem duas, para retirar ainda mais luta à parte inferior da tabela.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Dragaostki disse:
Eu tenho uma ideia "originalíssima" para aumentar a competitividade da liga, vendam os direitos televisivos em pacote e os clubes recebem conforme a classificação, sem qualquer tipo de engenharia à la champions, em que os clubes dos países mais numerosos e poderosos recebem mais que os outros.

A classificação ser o único critério para receber mais iria logo terminar com os favores ao regime, os clubes pequenos teriam dinheiro e interesse em ser os donos dos passes dos jogadores e a não viverem de empréstimos, todos os lugares teriam importância e quem tivesse mais unhas (leia-se melhores e mais sustentáveis projectos) iria crescer....

Entre outras vantagens, sendo que desvantagens não vejo nenhuma.
Acho que há um clube que nunca na vida vai aceitar isso, a não ser que tenha "contrapartidas" dos clubes mais pequenos.
 

gnh

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25 Agosto 2016
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A minha proposta passaria por irradiar o Regime do futebol português.
Sem as falcatruas, clubes subservientes, Cesarisses e tudo mais, tenho a certeza que se respirava muito melhor e a competição era muito mais saudável e limpa.
 

0781

Bancada lateral
8 Agosto 2016
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Aos 3 grandes não lhes interessa aumentar a competitividade da competição.
Querem reinar à vez e somente entre os 3. Aliás agora com os lagartos sem força até fica bem melhor.
Se Os 3 estivessem neste momento pujantes acreditem que o braga já tinha sido arrumado.
A Liga Portuguesa gera pouco interesse por isso mesmo.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Na minha otica as medidas emergentes eram as seguintes:

- Ratificar o regulamento da UEFA 24 inscritos profissionais  sendo que 8 deles tem de ser formados no clube ou localmente).
No caso das Equipas B utilizam se o regulamento das mesmas mas com limite de 24 jogadores tambem.
Entre equipas B e principal não podem exceder 48 jogadores.

- Diminuir imediatamente o numero de equipas na primeira liga de 18 para 16(e progressivamente para 10) e aumentar na II Liga para 20.

- Limitar os emprestimos entre equipas dos campeonatos profissionais para um total de 5 com maximo de 2 da mesma equipa.


Agora noutra vertente de formação há medidas estruturais que gostaria de ver implantadas.
-Competições até os juvenis de caracter distrital não pagar inscrições e pagar um valor acessivel nos juniores.
O dinheiro que deixaria de entrar nos cofres das associações seria pago pelas competições profissionais por forma a que pais e familias deixem de pagar 40 e 50 eur mensais para terem os filhos a jogar futebol.
Eu sei que a epoca passada batemos records de praticantes federados (215 mil) mas continuamos abaixo de paises como Espanha e Alemanha que rondam os 10% e nós atingimos à pouco os 2%.
Inclusivé a Austria tem menos população que nós (8,9M contra 10,8 de Portugal), tem praticantes federados acima dos 300mil e tem um modelo competitivo mais pequeno.
Não tenho dados sobre a Suiça mas gostaria de ter para comparar
 

Calabote

Mestre e doutor em eng. de tecidos e neurociencias
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  • Fernando "Bibota" Gomes
Em primeiro lugar, há que definir o que se entende por competitividade.

Já vi falarem aqui de Austria's e Suíças; é isso que se pretende? Um campeonato de merda e equipas irrelevantes na Europa?

Fora Itália, Alemanha, Espanha e Inglaterra, que país tem mais campeões Europeus, alias, tem a única champions fora desse leque nos últimos 20 anos e a seleção campeã europeia?

Querem ir sejamos um Grassophers ou Rápid De Viena?

E quanto a competitividade, em Inglaterra o Liverpool leva quantos pontos de vantagem? Quantos campeonatos tem Bayer e Juve nos últimos anos?
E em Espanha, tirando o Atlético, qual foi o último ano que uma equipa que não k Real ou o Barça foi campeão? O Valencia ou o Depor?
 

Um Portista

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Eu acho que o numero de equipas na primeira liga está correto.

Centralizar os direitos televisivos do nada penso que seria dar uma de Madre Teresa. Porque um clube como o F.C.Porto iria receber o mesmo ou apenas o dobro/triplo/... do que um Rio Ave?
 

Dyter

Arquibancada
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Não percebo a ideia que ao reduzir o número de equipas, o campeonato irá aumentar a qualidade, já se viu com 16 equipas não houve qualquer melhoria e para mim até piorou.

No meu ponto de vista a redução do número de equipas iria fazer como houvesse um menor investimento nos clubes, primeiro tenho dúvidas que viesse alguém de fora investir num clube que teria mais chances de descer, além disso o clube em si teria mesmo de conter o custos e não arriscava em contratar com medo de não acertar e descer de divisão e hipotecar a existência desse mesmo clube, haveria menor indefinição nas receitas de publicidade com contratos mais curtos. Tudo isto iria fazer que diminui se a qualidade do jogador e consequentemente a qualidade de jogo, podia aumentar a competitividade? Talvez. Será assim tão benéfico aumentar a competitividade se baixar a qualidade?
 

Morais

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4 Maio 2017
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Eu li várias opiniões e respeito em antes de se apresentarem modelos, soluções mágicas e propostas altamente elaboradas que por vezes nem dá para entender onde se quer chegar ,eu começo pela origem e não existe futebol seja lá onde for sem clubes,eles são as locomotivas de clubes,quantos mais clubes de sucesso um país tiver melhor será.
E, para isso conviria pelo menos fazermos um estudo com maior rigor científico para o que penso.Nós somos um país pequeno , de 10 milhões de habitantes o que é manifestamente pouco,uma pequena economia porque o mercado é pequeno e ainda somos periféricos em relação à Europa.
Mas voltando aos clubes que é mais importante ainda temos uma particularidade e infelizmente talvez até erre por defeito que 80% de nossa população são adeptas dos três grandes,o que complica muito a existência de outros.
Uma breve análise aos clubes que temos:

Os Clubes Imperiais,os Eucaliptos,os Magnânimos
-F.C.do Porto
-S.L.e Benfica
-Sporting C.P.

Os Clubes que sonham ser grandes,os emergentes
-S.C de Braga
-Vitória S.C.

Os Clubes históricos mas falidos (para mim aqui residiria muito do enfoque a dar ao modelo de liga de forma a terem mais recursos e serem mais fortes,por certo o aumento de competividade passaria pelo alavancamento desdes clubes).
-Boavista F.C.
-C,F.os Belenenses
-Vitória F.C.
-A.Académica de Coimbra

Histórico Insular
-C.S.Marítimo

Bem estes digamos que são os 10 clubes com mais história e adeptos em nosso país contudo tirando o caso do Vitória S.C. a diferença para os três grandes é enorme.
Mas uma Liga não existe com 10 clubes e o que mais existe?Vamos ver.

Clubes com relevância/dimensão regional relevante
-G.D.de Chaves
-Leixões S.C.
-Varzim S.C.
-F.C.Famalicão
-F.C.Barreirense
-S.C.Olhanense
-S.C.da Covilhã
-S.C.Beira-Mar

E,porque os Açores têm de ter representação desportiva,pois o futebol tem de tentar ir a todo o lado
-C.D.Santa Clara

Enfim e são estes os clubes em Portugal que eu considero relevantes em termos de adeptos/popularidade  e que não são muitos,mas seria uma base para definirmos que tipo de Liga ou modelo é adequado ao nosso cenário_O resto para mim infelizmente são clubes que não têm dimensão para primeira Liga,me desculpem mas é o que penso.




 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Calabote disse:
Em primeiro lugar, há que definir o que se entende por competitividade.

Já vi falarem aqui de Austria's e Suíças; é isso que se pretende? Um campeonato de merda e equipas irrelevantes na Europa?

Fora Itália, Alemanha, Espanha e Inglaterra, que país tem mais campeões Europeus, alias, tem a única champions fora desse leque nos últimos 20 anos e a seleção campeã europeia?

Querem ir sejamos um Grassophers ou Rápid De Viena?

E quanto a competitividade, em Inglaterra o Liverpool leva quantos pontos de vantagem? Quantos campeonatos tem Bayer e Juve nos últimos anos?
E em Espanha, ti rando o Atlético, qual foi o último ano que uma equipa que não k Real ou o Barça foi campeão? O Valencia ou o Depor?
A competitividade aumenta com a qualidade.
As minhas medidas seriam para aumentar a qualidade média do campeonato.

Para aumentares a qualidade da divisao de elite tens de formar mais e melhores jogadores porque não tens musculo financeiro para atrair jogadores de topo para o campeonato.
Um campeonato a 4 voltas de 10 equipas permitiria a todas as equipas arrecadar mais dinheiro porque os direitos televisivos seriam mais valiosos.

Para compensar essa elitização, teriam de ser instauradas medidas de base(distritais e de formação) para potenciar e incentivar a produção dos jogadores.

Nunca seriamos qualitativamente uma Suiça ou uma Austria por utilizarmos o mesmo modelo estrutural de campeonato porque existem as variavel talento natural e da competencia tecnica dos treinadores que permitem que isso n acontecesse.
Nos Big5 campeonatos temos:
Espanha com 40% de estrangeiros
Inglaterra com 65% de estrangeiros
Alemanha com 54% de estrangeiros
Italia com 60% de estrangeiros
França com 47% de estrangeiros

Em Portugal que não temos dinheiro temos 63%...obviamente que a qualidade não é boa
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Dyter disse:
Não percebo a ideia que ao reduzir o número de equipas, o campeonato irá aumentar a qualidade, já se viu com 16 equipas não houve qualquer melhoria e para mim até piorou.
Nessa altura FCP ganhou uma final europeia, o Braga chegou a uma final europeia e o SLB chegou a 2 finais europeias.
A qualidade do campeonato dessa altura melhorou significativamente em termos medios.

Menos clubes na 1a Liga(não é acabar com clubes) faz com que haja concentração dos melhores jogadores em menos equipas tornando as melhores globalmente