Ricardo Moreira

Roberto_FCP

Tribuna Presidencial
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9 Março 2012
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Espero que esta entrevista não seja o único momento de homenagem a este Homem. Que no primeiro jogo da época se faça uma chamada ao centro do pavilhão para receber um aplauso que seja, e também gostava de o ver a passar o testemunho ao novo capitâo.
 

mega_dragon

Tribuna Presidencial
24 Junho 2012
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Ricardo Moreira um símbolo de dedicação ao Portismo. Capitão numa das fases mais douradas da história do clube. O Capitão do Histórico Hepta.
 

joaoalvercafcp

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13 Março 2012
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RICARDO MOREIRA: “NÃO TROCAVA O HEPTACAMPEONATO POR DINHEIRO NENHUM”

No momento da retirada, ex-ponta direita recordou os melhores momentos de Dragão ao peito

Sete campeonatos, três Taças de Portugal, três Supertaças e duas Taças da Liga depois chegou o momento de Ricardo Moreira se despedir, pelo menos como jogador, dos adeptos portistas. O internacional português, que recebeu o Dragão de Ouro de atleta de alta competição no ano do 2008, reviveu na noite de quarta-feira, no Porto Canal as 20 temporadas em que esteve ligado aos azuis e brancos, que acabariam por ficar marcadas pela conquista do inédito heptacampeonato.

Visivelmente emocionado, o agora ex-capitão de equipa, considerou esse o momento mais especial de uma carreira recheada de sucessos (“não trocava por nenhum dinheiro do mundo”), na qual fez muitos e bons amigos. São exemplos os ex-portistas Manuel Arezes e Carlos Martingo ou os colegas Hugo Laurentino e Alfredo Quintana, que fizeram questão de deixar uma mensagem de reconhecimento ao agora ex-ponta direita. O próximo desafio passa por orientar a equipa B e de juniores.

Heptacampeonato foi momento único
“É muito difícil falar sobre este momento. Escolher um nesta longa carreira é praticamente possível. Felizmente neste 20 anos em que estive ligado ao clube foram muitos os momentos de felicidade. Claro que os sete campeonatos ganhos são inesquecíveis para qualquer portista de coração. São momentos únicos. Não trocava o heptacampeonato por nenhum dinheiro do mundo. Depois há as taças, as supertaças e as taças da Liga, mas daquilo que na realidade mais me orgulho é de ter contribuído de uma forma positiva para a felicidade dos adeptos portistas.”

Todos no pensamento
“O heptacampeonato foi um momento histórico para a história do FC Porto e do andebol português. Só três atletas é participaram na totalidade desses títulos, mas não me esqueço de nenhum que contribuiu para esses títulos. Foi muita gente a contribuir para isso, como o Manuel Arezes ou o Rui Rocha, que souberam transmitir a quem chegava o que significa verdadeiramente ser FC Porto.”

Os momentos difíceis do empréstimo
“Sair de casa e ir viver para uma cidade diferente não foi fácil. A minha vontade de jogar no FC Porto era muito grande, mas na altura havia muita concorrência. Depois haviam também mais jogadores e o campeonato era mais nivelado…e na altura não me conseguia impor. Não tinha nível para jogar no FC Porto. O Ricardo Costa e o David Tavares eram titular e suplente da seleção nacional. E eu para evoluir tive que sair. Felizmente acabei por regressar assim que possível para ficar.”

As mensagens “arrepiantes”
“Este é um passo muito difícil de dar. É complicado estar a falar, mas posso dizer que recebi telefonemas e mensagens verdadeiramente arrepiantes”
 

otilious

Tribuna Presidencial
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21 Março 2007
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Conquistas
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Horta
  • Alfredo Quintana
  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
  • Supertaça 19/20
O Ricardo Moreira será sempre uma das figuras do clube nesta enorme modalidade!

Foi com muita emoção que vi o seu anúncio da sua retirada enquanto atleta. Estamos a falar de alguém que esteve no Hepta no seu esplendor - juntamente com o Laurentino e o Gilberto - e exceptuando estes últimos dois anos (onde contou com a forte concorrência do Areia), foi sempre indiscutível na ponta direita e muitas das ocasiões foi o melhor marcador da equipa ao longo da temporada, chegando inclusive a ser por uma ocasião o melhor marcador do campeonato.

Numa fase inicial, naturalmente era difícil impor-se na equipa principal, onde na altura a concorrência era de luxo e do melhor que tínhamos em Portugal (Ricardo Costa e David Tavares) e os empréstimos acabaram por ser normais e sobretudo importantes, onde destaco a mudança para o Vitória de Setúbal, no qual, mostrou estar preparado para a exigência de um clube como o FC Porto, regressando ao nosso clube, agora "apenas" com a concorrência do David, sendo que a partir do momento em que este saiu, o Moreira assumiu lugar de destaque na ponta.

Percurso excepcional do nosso #19 e espero que tenha bastante sucesso como treinador.

OBRIGADO POR TUDO CAPITÃO!!!
 

afpdias

Tribuna
22 Outubro 2015
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O Ricardo dá uma entrevista ao Jogo de hoje.
Muito interessante.. Gostei da "explicação" para nunca termos feito a dobradinha..
 

joaoalvercafcp

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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http://www.fcporto.pt/pt/Pages/fc-porto.aspx

RICARDO MOREIRA: “QUERO GANHAR O DOBRO DO QUE GANHEI COMO JOGADOR”
Atual treinador das equipas B e de juniores azuis e brancas falou de tudo em conversa com a Dragões


Nasceu no seio de uma família de desportistas e de portistas – o tio paterno, José Moreira, é uma lenda do voleibol do FC Porto, o tio materno, José Magalhães, foi o treinador que devolveu a equipa de andebol aos títulos 31 anos depois. O sobrinho soube honrar a herança, escreveu a sua própria história e tornou-se um dos melhores e mais titulados andebolistas de sempre do clube: conquistou 14 troféus, sete consecutivos de campeão nacional, foi capitão e distinguido com o Dragão de Ouro em 2008/09. No final da época passada, aos 35 anos, terminou a carreira de jogador para abraçar a de treinador das equipas B e de juniores azuis e brancas.

“A minha referência no andebol é o Eduardo Filipe e na minha posição o Ricardo Costa, dois jogadores que sempre gostei de ver jogar. O Manuel Arezes, a quem eu sucedi como capitão do FC Porto, foi para mim um grande exemplo, como homem, jogador e portista.”

(…)

“O mais marcante foi em 2013, no Dragão Caixa, em que nos sagrámos pentacampeões frente ao Benfica, em que marquei um golo, num livre de sete metros, já na parte final, que também me marcou. O jogo correu-me particularmente bem [foi o melhor marcador, com dez golos] e aconteceu a uma sexta. No sábado fomos campeões em hóquei em patins e no domingo em futebol, frente ao Paços de Ferreira, depois do célebre golo do Kelvin. Estive presente em todos esses momentos que nunca mais vou esquecer.”

(…)

“Ljubomir Obradovic foi quem mais me marcou. Não só pelo homem, relação quase paternal que ainda hoje tem comigo, mas também pelo treinador que é. A forma de estar, a capacidade de análise do adversário, a capacidade de previsão, de olhar para o calendário e dizer que este vai ser o jogo fundamental… Para mim é o melhor treinador que alguma vez passou em Portugal.”

Este é um excerto da entrevista de Ricardo Moreira, da autoria de João Queiroz, publicada na edição de dezembro da revista Dragões