O Pedro R. já fez dois excelentes resumos do percurso e das equipas. Concordo em certa parte mas tenho opiniões contrárias noutras, portanto aqui fica a minha opinião:
Percurso:
Prologo de abertura que, a não ser que haja chuva, não deve abrir grandes diferenças.
Etapa de Braga. Apesar de duas passagens no Sameiro próximas do final, não vai decidir nada. Alguém que passe mal pode ser surpreendido mas em principio chegará um grupo de algumas dezenas e será para o mais rápido.
2ª etapa. Aqui sim pode haver diferenças. O troço da Lameirinha vai ser atacado e as equipas tentarão proteger os lideres. Etapa ideal para os puncheurs.
3ª etapa. Tem algum sobe e desce mas não deve trazer problemas de maior. Deve dar sprint.
Sra da Graça. Etapa dura mas não tão dura como seria se tivesse o Viso. Ainda assim são quase 200km e se for um dia de calor pode fazer mossa. A decisão passa pela forma como se entrar em Mondim. Se entram juntos, chegam juntos. Este ano, dado não haver Torre, o Boavista ou a Efapel deverão atacar no Alvão.
Etapa de Viseu. Deve dar sprint, tem algumas dificuldades mas longe da meta.
Etapa da Guarda. Dura, dura, dura. Não há plano, ou sobe ou desce. É uma etapa que pode ser decidida pela força do colectivo. Depois das duas passagens na Torre há mais 3 PM de 3ªcat que, dado o que fica para trás, podem fazer diferença. Quem estiver mal nesta etapa perde a volta.
7ª etapa. Sprint.
8ª etapa. Deve dar para uma fuga. Existem algumas dificuldades nos ultimos 70km.
Etapa de Setubal.A Arrábida vai ser atacada e depois do alto é muito rápido até final. Alguém mais cauteloso na descida pode perder alguns segundos. Parece que estou a ver o Joni a lançar-se na roda do Filipe Cardoso para a descida.
CRI. Longo, favorável aos especialistas. Mas no final de uma Volta contam mais as pernas. Quando se vê o Rui Sousa a fazer nos primeiros lugares dos CR dos últimos anos, há que esperar tudo.
Equipas:
Deixando as nacionais para uma antevisão mais próxima da Volta, aqui vai:
Euskadi - Bravo Garikoitz deve ser a
aposta. Na geral não deve ter muitas hipóteses mas pode lutar por uma ou outra etapa.
Christina Jewelry - se fizerem alguma coisa de relevo já será uma surpresa. Em principio vêm para fazer número.
Boyaca - Heiner Parra é um bom trepador e já conhece a nossa volta. É penalizado pelo longo CR mas pode fazer top10.
Lokosphinx - Rybalkin venceu a juventude o ano passado. Shilov finaliza bem em etapas duras e há umas quantas a seu jeito.
Inteja-MMR - Grijalba é o mais cotado mas deve ser Diego Milan a mostrar-se mais nas oportunidades que houver para o sprint.
Armee de Terre - não conheço
Caja Rural - Este percurso tem a cara do José Gonçalves. Se vier será um grande candidato mas o mais provável é fazer a Vuelta e por isso falhar a nossa corrida. Ricardo Vilela, Pello Bilbao, Hugh Carthy, Gallego, Pardilla, Prades, um destes deve cá estar e certamente para dar luta.
Drapac - com o Tour do Utah a coincidir nas datas, acho que vamos ter por cá uma equipa de segundo plano para fazer número.
Team Roth - se trouxerem Martin Kohler, Pires e Belda, ciclistas experientes, podem tentar uma gracinha.
Androni - Davide Vigano e Gavazzi serão sempre dos melhores sprinters do pelotão caso estejam na linha de partida. Alguma expectativa para ver se trazem Egan Bernal e ver o que a mini estrela colombiana pode fazer numa volta como a nossa aos 19 anos.
Funvic - Piedra para as fugas e Urtasun, de regresso às estradas portuguesas, no sprint devem ser as
apostas.
Em suma, o nível das equipas melhorou, o percurso também tem umas surpresas. Há condições para ser uma grande prova.