FC Porto

Gabri Veiga na sua melhor versão desde o tempo do Celta de Vigo

Será necessário tempo e regularidade para o comprovar, mas a vitória do FC Porto sobre o Rio Ave, em Vila do Conde, parece ter marcado o regresso definitivo de Gabri Veiga. O médio espanhol assistiu os dois primeiros golos dos dragões nos Arcos e assinou o terceiro, estreando-se a marcar com a camisola do clube e sendo escolhido MVP no final da partida.

Falamos em regresso porque, apesar de outras boas exibições no início da época, o número 10 ainda não tinha mostrado, de azul e branco, uma versão tão consistente como a que apresentou na sexta-feira.

A sua integração no Dragão não começou nas melhores condições. O ex-jogador do Al Ahli foi contratado antes do Mundial de Clubes, numa fase em que o ambiente no clube estava longe do ideal, e a eliminação precoce nessa prova não ajudou. Só na pré-época, já com Farioli no comando, Veiga teve oportunidade de assimilar ideias e processos e, paralelamente, foi readaptando-se ao ritmo do futebol europeu após duas temporadas na Arábia Saudita.

Com a componente física entre as suas maiores qualidades, o jovem internacional espanhol tem procurado recuperar os níveis exibidos no Celta de Vigo, exigidos pelo futebol do FC Porto. Contra o Rio Ave essa faceta voltou a ficar bem patente.

O médio, de 23 anos, venceu quatro dos cinco duelos que disputou, superando, por exemplo, o colega Froholdt nesse capítulo. Para além do golo e das assistências, os números do número 10 em zonas avançadas – 10 passes certos em 14 tentativas no último terço – sustentam a ideia do reaparecimento daquele jogador que tanto prometeu no Celta. Na temporada 2022/23, por exemplo, beneficiou da aproximação à área: marcou 11 golos e fez quatro assistências. O registo de 2025/26, ao fim de cinco encontros, também é positivo: um remate certeiro e três passes decisivos.

Reacende-se o duelo com Rodrigo Mora

Antes do dérbi com o Sporting, Gabri Veiga sofreu uma lombalgia aguda que o deixou fora desse encontro. Rodrigo Mora assumiu a titularidade e manteve o lugar no jogo seguinte, frente ao Nacional. O espanhol recuperou o lugar na visita a Vila do Conde, depois de ganhar algum ritmo na receção aos insulares e, pela exibição que realizou, vai obrigar Mora a esforçar-se mais. Ainda assim, devido à densidade do calendário do FC Porto, é expectável alguma rotatividade, pelo menos em termos de minutos.