Memorias das fases finais de Europeus e Mundiais

Philipp

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  • José Mourinho
Crio este tópico para se falar da Historia dos Europeus e dos Mundiais.
 

Philipp

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  • José Mourinho
Entretanto naquele Site estão outros jogos de Portugal, e não só, desse fantástico Euro 2000 organizado pela Holanda e pela Bélgica.

Em relação à selecção de Portugal/Geração de ouro é impossível esquecer a nostalgia deste torneio. Nesse ponto vou escrever as memoria que logo me vêem à superfície.

- O Philips Stadion no jogo inaugural e os adeptos portugueses em êxtase.
- O inicio arrebatador dos gigantes ingleses frente aos pequenos portugueses.
- O momento de explosão do Figo com aquele golo sensacional no inicio da remontada mais épica e histórica do Futebol português.
- O Golo soberbo do João Pinto. A elaboração magistral de uma jogada sublime e um portentoso e fantástico cabeceamento do João Pinto.
- O golo da remontada do Nuno Gomes e o seu festejo bem como dos adeptos que saltaram quase até ao relvado.
- O golo do Costinha no prolongamento que sela o apuramento de Portugal para os quartos de final.
- O show de Sergio Conceição na humilhação de Oliver Kahn.
- O golo do SC em que um humilhado Oliver Kahn o acaba por agredir propositadamente.
- O golo de Nuno Gomes à Turquia nos quartos de final depois de uma sensacional jogada do Figo no lado direito.
- O grande golo do Nuno Gomes à França.
- O cabeceamento fulminante do Abel Xavier para a defesa do torneio de Fabien Barthez. À época o guarda redes sensação.
- A maldita mão do Abel Xavier e o penalty doloroso do Zidane. A ira dos jogadores portugueses.

Notas adicionais: O perfume do futebol da selecção de Portugal. A classe magistral do Rui Costa e a estrela de Portugal, Luís Figo. E a juntar ao trio maravilha um fantástico João Pinto.
 

Philipp

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  • José Mourinho
Mas a selecção de França era igualmente fantástica. Vários jogadores no auge da carreira. Só para inicio de conversa o Zidane, o Henry e o Barthez. Aliás, o Henry era a estrela daquele Arsenal invicto na Premier League (única equipa a consegui-lo) que para mim é uma das melhores equipas da Historia.

Aquela meia final foi o choque de titãs. Provavelmente as duas melhores selecções do mundo à época. A França jogava também muito futebol.
 

Philipp

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  • José Mourinho
Curiosidade. Portugal estava integrado no grupo A e no final o grupo ficou assim:

1º Portugal
2º Romenia
3º Inglaterra
4º Alemanha

PS: Os gigantes caíram e os underdogs alcançaram a gloria.
 

Villas

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16 Julho 2013
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Philipp disse:
Curiosidade. Portugal estava integrado no grupo A e no final o grupo ficou assim:

1º Portugal
2º Romenia
3º Inglaterra
4º Alemanha

PS: Os gigantes caíram e os underdogs alcançaram a gloria.
Essa selecção tinha uma coisa que hoje em dia é totalmente desvalorizada pela sociedade em geral que se chamava humildade e low profile.

O Figo, Rui Costa, Sérgio Conceição, João Pinto produziam muito para o ataque colectivo. Pegavam muito na bola e furavam linhas.

Depois tínhamos dois senhores centrais que se sabiam comportar e impor a sua autoridade, sem pisar a linha...

Tínhamos médios defensivos durinhos

E um finalizador inspirado que foi o Nuno.
 

VitorHugo

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14 Abril 2016
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o sergio salvo erro so foi titular com a alemanha onde jogou os reservas todos ...e com a turquia a defesa direito!
 

Philipp

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  • José Mourinho
VitorHugo disse:
100% de acordo contigo.. como disse voltei a ver o portugal inglaterra de 2000 .. aquela equipa jogava muito mas mesmo muito.. so uma coisa que na altura passou me um bocado ao lado é que portugal jogava com os trincos muito recuados faltava la alguem e esse alguem era o paulo sousa
O Rui Costa neste meio campo era uma peça fulcral. A forma como ele conduzia a bola, a leitura de jogo e a qualidade de passe era soberba para o jogo entre linhas.

O João Pinto igual e de resto ele era tão inteligente a nivel tactico, na forma como ocupava os espaços que nunca o considerei um extremo, um PL ou um médio. Ele praticamente podia ser tudo isso. Tinha uma riqueza táctica incrível.

O Figo estava no seu auge e era daqueles jogadores que de repente fazia algo de génio e mudava o jogo.

Mas todo o colectivo tinha uma envolvência incrível. As trocas posicionais eram constantes e por via dessa base que existia desde as camadas jovens das selecções eles jogavam de olhos fechados.

O Fernando Couto era um Senhor DC. Foi melhor que o Jorge Costa e um dos melhores de sempre na selecção. O Vítor Baía é o verdadeiro GR da selecção. Ainda defendeu um penalty importantíssimo contra a Turquia. Actualmente temos uma imitação barata dele que é o Rui Patrício.

A coisa mais lamentável foi Portugal ter perdido este projecto para a Espanha. Mas a culpa é toda da FPF. A RFEF está de parabéns.
 

JohnnyP

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29 Agosto 2012
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O Nuno Gomes em 2000 foi fantástico. Foi mesmo o torneio perfeito.

O Abel Xavier na minha opinião foi vilipendiado de forma injusta por muita gente. É o tipo de coisa que acontece, e aquela bola parecia mesmo que ia entrar de qualquer maneira se ele não põe a mão. Muitas vezes esquecido é que no lance anterior ele quase fez golo. De potencial herói a vilão em menos de um minuto.
 

Philipp

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  • José Mourinho
JohnnyP disse:
O Nuno Gomes em 2000 foi fantástico. Foi mesmo o torneio perfeito.

O Abel Xavier na minha opinião foi vilipendiado de forma injusta por muita gente. É o tipo de coisa que acontece, e aquela bola parecia mesmo que ia entrar de qualquer maneira se ele não põe a mão. Muitas vezes esquecido é que no lance anterior ele mandou a bola à barra. De potencial herói a vilão em menos de um minuto.
Mas aquele cabeceamento do Abel Xavier nos descontos dos 90 minutos para a enorme defesa do Barthez é uma das jogadas do torneio. O Barthez voou completamente.
 

JohnnyP

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Philipp disse:
Mas aquele cabeceamento do Abel Xavier nos descontos dos 90 minutos para a enorme defesa do Barthez é uma das jogadas do torneio. O Barthez voou completamente.
Pois, estou aqui a falar em "muitas vezes esquecido" mas a minha memória também não está muito perfeita. Tinha a vaga ideia de ele mandar a bola à barra, mas o que leio é que Barthez fez a defesa do torneio, e não encontro vídeo nenhum dessa jogada.
 

VitorHugo

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14 Abril 2016
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JohnnyP disse:
Pois, estou aqui a falar em "muitas vezes esquecido" mas a minha memória também não está muito perfeita. Tinha a vaga ideia de ele mandar a bola à barra, mas o que leio é que Barthez fez a defesa do torneio, e não encontro vídeo nenhum dessa jogada.
Se quiseres meto aqui o jogo completo
 

Philipp

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  • José Mourinho
JohnnyP disse:
Pois, estou aqui a falar em "muitas vezes esquecido" mas a minha memória também não está muito perfeita. Tinha a vaga ideia de ele mandar a bola à barra, mas o que leio é que Barthez fez a defesa do torneio, e não encontro vídeo nenhum dessa jogada.
É mesmo a acabar os 90 minutos. É uma defesa fantástica. Foi um tiro de cabeça do Abel Xavier. O penalty para França é mesmo a acabar o prolongamento.
 

VitorHugo

Arquibancada
14 Abril 2016
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Os jogadores da “Geração de Ouro” do futebol português, os campeões mundiais de sub-20 em 1989 e 1991, alinharam durante quase 16 anos pela selecção principal.

Dos 163 jogos disputados entre 20 de Fevereiro de 1991 (5-0 a Malta, nas Antas) e 8 de Julho de 2006 (1-3 com Alemanha, no Mundial2006), o “onze” das “quinas” só não alinhou com pelo menos um “puto maravilha” em 11 encontros e em cinco ocasiões apresentou mesmo sete como titulares.

O “até jᔠde Luís Figo após o Euro2004, que marcou a despedida de Rui Costa e Fernando Couto, deixou a selecção “órf㔠dos campeões em oito desafios até ao regresso do “capitão”, ainda a tempo de disputar seis jogos de qualificação para o campeonato do Mundo de 2006.

Antes da fase final da competição, Figo ainda ficou de fora de dois particulares (2-0 à Croácia, em Coimbra, e 1-1 diante da Irlanda do Norte, em Belfast) e acabou por abandonar definitivamente a selecção após o jogo de atribuição do terceiro lugar do Mundial, no qual jogou 13 minutos como substituto de Pauleta.

Esse jogo marcou o desaparecimento da “Geração de Ouro” da selecção lusa, 5314 dias depois da estreia de Fernando Couto, a 19 de Dezembro de 1990, ainda antes do segundo título mundial, conquistado a 30 de Junho de 1991 na Luz, face ao Brasil.

Nos dois jogos seguintes, foi Paulo Sousa o titular, mas no imediato o então médio do Benfica só entrou a dois minutos do fim, pelo que o ciclo de encontros consecutivos com elementos da “Geração de Ouro” no “onze” só começou a 20 de Fevereiro de 1991.

Depois desse jogo, seguiram-me mais 132, que coincidem com o período mais produtivo da selecção principal: apuramentos para as fases finais dos Europeus de 1996 e 2000 e Mundial de 2002 e presença na final do Euro2004, perdida para a Grécia (1-2 na Luz, a 04 de Julho).

A “Geração de Ouro” é constituída por 34 futebolistas, mas as suas carreiras foram muito diferentes umas das outras e 15 deles nem chegaram a vestir a camisola da principal selecção lusa.

Abel Silva, Tozé, Resende, Amaral, Bizarro, Xavier, Morgado e Valido, campeões de 1989, e Cao, João Oliveira Pinto, Luís Miguel, Toni, Gil e Tó Ferreira, de 1991, e Brassard, presente nos dois mundiais, foram os jogadores que não chegaram a internacionais “AA”.

No pólo oposto, encontram-se Figo, recordista de jogos na selecção AA, com 127, Fernando Couto (110), Rui Costa (94), João Vieira Pinto (81), Paulo Sousa (51) e Jorge Costa (50), sem dúvida os jogadores mais emblemáticos desta geração, juntamente com Vítor Baía (80), que não entra nas contas por ter falhado o Mundial de 1989.

Capucho (34 jogos), Folha (26), Paulo Madeira (24), Abel Xavier (20), Paulo Alves (13), Peixe (12), Nélson (10), Rui Bento e Jorge Couto (ambos seis), Filipe e Tulipa (ambos três), Paulo Torres (dois) e Hélio (um) foram os outros campeões mundiais utilizados.
 

JohnnyP

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29 Agosto 2012
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Muito obrigado VitorHugo, desconhecia que estes jogos estavam tão facilmente disponíveisl