FC Porto

João Brandão: “Sinto a equipa com melhorias. Queremos chegar a Paços e impor o nosso jogo”

Após quinze dias de trabalho no Olival, onde a equipa melhorou “maior fluidez, maior mobilidade e mais aproximação à baliza do adversário”, João Brandão pretende que os jogadores interiorizem “noção da tarefa colectiva que têm de desempenhar” em Paços de Ferreira (segunda-feira, 18h00, Sport TV+) frente a “uma equipa que marca pouco, mas também permite muito pouco aos adversários”. Em consonância com o técnico, Bernardo Lima salientou que estará do outro lado “uma equipa história e competitiva”, mas que é preciso “saber dar a volta a isso”, já que quem veste azul e branco só pensa em conquistar os três pontos: “Somos o FC Porto e vamos entrar para ganhar como entramos em todos os jogos”.

Por ser esse “o propósito da equipa B é fornecer jogadores e preparar os jogadores num contexto ideal para que depois consigam ter um rendimento na equipa A”, o treinador manifestou o “orgulho” por ver “Ángel Alarcón entrar em Vila do Conde” e “João Teixeira na convocatória” para Salzburgo, enquanto o médio reafirmou que “o foco está em ajudar a equipa B”, embora ambicione “um dia representar o plantel principal”.

João Brandão
As melhorias conseguidas no Olival
“Sinto a equipa preparada para competir, para ir a Paços de Ferreira buscar aquilo que nos foi retirado no jogo com o Leiria. Para isso é fundamental que nos permitam também acabar o jogo com onze. Sinto a equipa com melhorias naquilo que é o lado competitivo e do entendimento colectivo do jogo, a ter maior fluidez no jogo ofensivo também, com maior mobilidade e mais aproximação à baliza do adversário. Como consequência disso, aumentam os níveis de eficácia nas oportunidades de golo que criamos.”

O Paços de Ferreira
“É um Paços com alguns elementos que têm experiência e passado na Primeira Liga, e com diferencial de golos reduzido, ou seja, é uma equipa que marca pouco, mas também que permite muito pouco aos adversários. Vamos jogar num campo tradicionalmente muito complicado como já o era historicamente na Primeira Liga, por isso será certamente um jogo competitivo, como nos habitua o contexto de Segunda Liga, em que será fundamental termos uma equipa com noção da tarefa colectiva que tem de desempenhar. O ângulo individual vai sobressair depois da tarefa colectiva e depois de um jogo colectivo muito competente. Queremos chegar a Paços e impor o nosso jogo. Queremos chegar a Paços e agarrar o jogo de uma forma muito eficaz, dominando e controlando.”

A estreita ligação entre as equipas profissionais
“O propósito da equipa B é fornecer jogadores e preparar os jogadores num contexto ideal para que depois consigam ter um rendimento na equipa A. Esse é o grande objetivo e o grande propósito da equipa B e obviamente que sentimos muito orgulho nesses momentos como aquele em que o Ángel Alarcón entra em Vila do Conde e com a constante fluidez dos jogadores da equipa B para a equipa A que se traduz, como aconteceu agora em Salzburgo, também com o João Teixeira na convocatória. É uma satisfação enorme ver a equipa A com muitos jogadores com grande regularidade que pertenceram ou pertencem ainda ao plantel da equipa B, como acontece com o Gabriel Brás e o Pedro Lima. Sentimo-nos também muito representados naquilo que foram as palavras do Mister Farioli e sentimos que somos importantes naquilo que é a preparação e a dinâmica semanal. Estamos sempre disponíveis para o fazer com muito orgulho, como é óbvio, mas queremos muito ganhar também. Se conseguirmos conciliar as duas coisas, será o ideal, por isso o foco agora, cada vez que se aproxima mais a hora do jogo, vira-se muito mais para o ganhar e menos naquilo que é o individual.”

O histórico de confrontos
“O que nós trazemos destes dois jogos da época passada é que o jogo tem uma profundidade competitiva muito grande. Foi o que aconteceu lá em Paços, onde foi fundamental resgatar muito aquilo que são os valores Porto e o nunca desistir, acreditar sempre até ao fim. Quero recordar que em Paços estávamos com uma desvantagem de 2-0 e conseguimos fazer o 2-2. Em casa foi também um jogo, já numa fase final do campeonato, com uma carga emotiva muito grande, em que a equipa conseguiu tirar dessa vez os três pontos. É a única coisa que podemos retirar desses dois jogos, porque de resto cada jogo tem uma história diferente. São equipas diferentes e jogadores diferentes. Certamente que será uma história também diferente, até porque pretendemos trazer os três pontos, tal como aconteceu aqui no Olival.”