Está assegurado o entendimento entre André Villas-Boas e Jorge Mendes quanto ao mandato exclusivo para negociar Rodrigo Mora. O superagente tem conduzido as conversações com o Al Ittihad e, segundo o acordado, se a transferência for concretizada pelos 70 M€ da cláusula de rescisão, terá direito a uma comissão de 7 M€.
Isto independentemente do que venha a auferir na Arábia Saudita como comissão pelo contrato individual do jovem talento, cujo vencimento deverá situar-se na ordem dos 10 M€ anuais.
Perante os rumores de que o FC Porto exigia os 70 M€ líquidos, ou seja, sem encargos de intermediação, verificou-se uma diminuição da tensão entre as partes e foi estabelecida uma via de entendimento. A contenda tinha-se acentuado também porque a SAD não permitiu que Jorge Mendes cobrasse qualquer valor pelas saídas de João Mário e David Carmo, apesar dos mandatos terem sido, em auditoria, reconhecidos como propriedade da Gestifute.
Contudo, esse cenário não se coloca no caso de Rodrigo Mora, pelo que as comissões não deverão impedir a saída para o Al Ittihad. Para que as negociações avancem, os sauditas terão de apresentar uma terceira proposta que alcance os 70 milhões de euros. Nessa altura, e segundo apurou o nosso jornal, Villas-Boas está disponível para negociar os detalhes finais desse acordo financeiro.
Aliás, sabe o Record que a segunda proposta do Al Ittihad, apresentada no sábado, já permitia perfazer os 70 M€ de forma indireta: o valor fixo era de 63 M€, acrescido de uma percentagem sobre uma futura venda contratualmente assegurada. Ainda assim, o FC Porto mantém-se firme e sem admitir cedências.
O essencial para os dragões é que o Al Ittihad se pronuncie com rapidez, evitando prolongar um processo que tem causado grande desgaste ao jogador e à sua família.