Martín Anselmi foi recentemente convidado do podcast ‘Clank!’, onde rompeu o silêncio sobre a sua saída do FC Porto, ocorrida em junho deste ano, e evocou o Mundial de Clubes, uma prova para a qual, na sua visão, os jogadores não estavam devidamente preparados.
“Sabíamos que o Mundial de Clubes era perigoso. O Mundial tem dessas coisas, não? Custou muito às equipas europeias ao início e, connosco, foi igual. Sabia que o primeiro jogo seria determinante. Mas também sabíamos que, com a situação em que estávamos, ia ser uma competição difícil para nós. Os jogadores precisavam de descansar a cabeça. E não estou a dar desculpas… Foi uma temporada dura. As pessoas vão começar a entender. Eu gosto de entender o que estou a fazer mal para poder melhorar. E acredito que, para poder melhorar, tens de olhar para ti mesmo e dizer ‘é isto que estou a fazer mal’. É preciso essa humildade. Durante o processo FC Porto fizemos muita coisa sem clareza suficiente. Algo que, no contexto da Europa e do clube, faz com que seja difícil melhorar”, começou por referir Anselmi, atualmente sem clube.
Recordou também o jogo frente ao Inter Miami: “Onde é que errámos? O [Luis] Suárez correu 10 quilómetros e 800 metros nesse dia. Com a idade que tem e com tudo o que ganhou, nenhum jogador nosso percorreu essa distância…”.
Perante a questão sobre ter sido ou não “infiel” ao Cruz Azul no momento da transferência para o FC Porto, o técnico, de 40 anos, deixou a sua posição: “Penso que não. Teríamos de ver aqui a definição de infiel. [Ir para o FC Porto] Era um desafio que não podíamos rejeitar. Até posso ser o vilão por ter ido para o FC Porto, mas não podem falar sobre a forma como fui”, rematou.
