FC Porto

Operação Pretoriano: Fernando Madureira condenado a 3 anos e 9 meses de prisão

Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões e principal arguido na Operação Pretoriano, foi sentenciado a três anos e nove meses de prisão, além de uma proibição de acesso a recintos desportivos por dois anos e seis meses.

Os arguidos Fernando Saul, ex-“speaker” do FC Porto, e José Dias, também arguido no caso, foram absolvidos. Sandra Madureira recebeu uma interdição de acesso a recintos desportivos durante dois anos e oito meses.

A juíza do caso confirmou que Fernando e Sandra Madureira “orquestraram a criação de um ambiente de intimidação e medo, visando constranger e coagir a liberdade dos sócios presentes” na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do FC Porto, realizada em novembro de 2023, onde ocorreram vários desacatos. A reunião tinha como objetivo a aprovação de estatutos que poderiam favorecer os Super Dragões.

Exercendo a sua influência na bilheteira do Estádio do Dragão, Madureira incentivou os membros da claque a comparecer em massa na Assembleia Geral Extraordinária e “mobilizou uma multidão sob seu controlo para assegurar a aprovação” do seu voto, causando “coação e constrangimentos aos sócios que desejavam votar de forma diferente”.

A juíza também confirmou que a “multidão agitada e coesa foi à frente na fila, burlando os procedimentos para assegurar um acesso rápido ao auditório”. Madureira e Polaco, outro arguido, “apropriaram-se da pulseira de acesso ao recinto para garantir a entrada de indivíduos que se encontravam do lado de fora”.

A juíza alertou que a severidade da pena reflete a responsabilidade dos arguidos pelos factos comprovados, e o tribunal decidiu:

Fernando Madureira: 3 anos e 9 meses, além de dois anos de proibição de entrada em recintos desportivos;

Sandra Madureira: 1 ano e meio de interdição em recintos desportivos;

 

Fernando Saul e José Dias foram absolvidos.