Otávio Ataíde atravessa os primeiros meses da sua nova etapa em França. Transferido do FC Porto para o Paris FC por 17 milhões de euros – montante que pode atingir os 20 milhões mediante o cumprimento de objetivos -, o defesa-central brasileiro deu uma entrevista ao GloboEsporte na qual abordou a responsabilidade, o processo de adaptação e as perspetivas do clube.
Na entrevista, reconheceu: “Fui a contratação mais cara do Paris FC. Tenho esse peso. Ofereceram-me um projeto ambicioso: disseram-me que dentro de um ano o clube estará num patamar bem superior ao atual. Querem chegar a uma competição europeia e estão a montar um grupo para isso. Carrego um peso grande nisso, mas é um peso muito bom. Pela forma como me receberam, deixaram-me confortável para fazer o meu trabalho da melhor maneira possível. É incrível”, afirmou o defesa.
Ainda em processo de integração numa realidade diferente, confessou que a barreira linguística tem sido um obstáculo, embora o ambiente o tenha ajudado: “Pela forma como o grupo e as pessoas do clube me acolheram, fizeram-me sentir importante. Não falo francês, entendo algumas coisas, sinto-me um pouco preso, mas estou a esforçar-me para aprender.”
O central salientou igualmente a intervenção decisiva de Kevin Trapp, o guarda-redes alemão que fala português e cuja namorada é brasileira: “Ele tem-me ajudado bastante, traduz o que os jogadores ou o treinador dizem. Temos uma afinidade maior. Quando cheguei, estava sozinho, sem conhecer ninguém, e passava o tempo isolado no balneário ou no refeitório. Fiquei assim durante cerca de um mês, até chegar o Kevin.”