A Seleção Nacional sub-17 disputa hoje uma partida decisiva no Mundial da categoria, enfrentando o Brasil com um lugar na final em jogo. Antes deste confronto entre países de língua portuguesa, Mateus Mide falou ao site da FIFA sobre a sua experiência no torneio realizado no Qatar, aproveitando para se dar a conhecer melhor aos adeptos e traçar um breve autorretrato enquanto jogador.
«Gosto de jogar em qualquer posição e é assim porque sei que o mister [Bino Maçães] confia em mim. Mas, tendo de optar, prefiro jogar nas costas do ponta de lança, como segundo avançado», explicou a pérola da formação do FC Porto.
Pelo que Mide revelou (e pelas suas caraterísticas), com quatro golos e duas assistências em cinco partidas no Mundial, surge um potencial novo Rodrigo Mora. E o discurso até se assemelha: «Sou muito bom com ambos os pés, mas sou destro. Ainda assim, pratico muito nos treinos e até nos jogos. Tento aperfeiçoar ao máximo o meu pé esquerdo», detalhou, entre sorrisos, o criativo, apenas dois dias depois de Mora ter dito exactamente o mesmo após marcar um golaço ao Sintrense, de canhota.
O encontro com o Brasil, esta segunda-feira (16h00), reveste-se de um significado especial para o jovem Mateus, de 17 anos. O pai, Adriano Mide, nasceu no Brasil e emigrou para Portugal em 2002/2003, época em que iniciou o seu percurso no futsal nacional ao serviço do Miramar. Seis anos depois nasceu o prodígio que promete honrar as Quinas. «Todos sonhamos em jogar a final [do Mundial sub-17]. Estou seguro de que vamos conseguir lá chegar e ganhar a prova», rematou.

