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Pinto da Costa: «Quero que os meu inimigos me continuem a atacar e difamar»

Pinto da Costa desvalorizou o recorde de 16 vitórias consecutivas alcançado pelo FC Porto no encontro da Taça da Liga frente ao Belenenses e sublinhou que o mais importante é a conquista do bicampeonato.

“Não ligo nada a isso e estou totalmente de acordo com o Sérgio Conceição, quando ele diz que ninguém vai para os Aliados por causa de recordes. Os recordes dão para encher jornais. Agora, há uma coisa importante: vencer esses jogos, batendo os recordes, facilita e ajuda a que consigamos ficar mais perto do nosso grande objetivo, que é ganhar o campeonato. Isso é óbvio. Se batermos os recordes e em vez de 16 ganharmos 40 jogos seguidos, de certeza que festejaremos não o facto de os ganharmos, mas o facto de conquistarmos o bicampeonato”, afirmou, em entrevista ao Jornal de Notícias.

Numa altura em que completou 81 anos, o dirigente portista garantiu que ainda não tomou uma decisão sobre a recandidatura à presidência do FC Porto em 2020 e que quer continuar a ser atacado pelos seus inimigos.

“Quero ter uma vida normal e que os meus inimigos me continuem a atacar e a difamar. É sinal de que tenho saúde. Normalmente, quando as pessoas estão doentes, às vezes até sem saberem, começa a dizer-se: “Afinal, ele é bom tipo”. Espero que demore muitos anos até aqueles que me atacam venham dizer que eu afinal sou boa pessoa. É sinal de que tenho saúde e que vou poder continuar a cumprir a minha obrigação”, atirou.

Sobre o oitavos de final da Liga dos Campeões, onde o FC Porto vai defrontar a Roma, Pinto da Costa salienta que qualquer uma das equipas pode seguir em frente.

“Penso que será uma eliminatória de 50% para cada lado. Quem tiver uma noite de inspiração, coletiva ou até individual, vai passar. Nós há dois anos passámos a Roma. É uma equipa forte, se calhar agora é mais forte do que era na altura, mas não vamos encarar esta eliminatória como um objetivo alcançado. Vamos encará-la como o passaporte para os quartos de final. É essa a nossa determinação. Agora, se vamos conseguir ou não, não se sabe”, afirmou

Pinto da Costa recusou ainda comentar a decisão da juíza Ana Peres de não levar a SAD do Benfica a tribunal no processo e-Toupeira, e sublinhou que as acusações do Benfica ao FC Porto relacionadas com um autocarro de adeptos do clube da Luz são “manobras de diversão”.

“O que espero é que o Benfica não nos acuse de estarmos por trás da morte daquele adepto italiano às portas do Estádio da Luz e daquele no Jamor com um very-light. Se dissessem que nós estamos por trás disso é que eu ficaria preocupado. Já sabemos que isto são manobras de diversão, para desviar as atenções de outros assuntos. Para mim, são “fait-divers” que nem vale a pena comentar”, salientou.