Sean Dyche, o novo treinador do Nottingham Forest, disse esta quarta-feira que pretende uma equipa com “mentalidade ofensiva” frente ao FC Porto, na quinta-feira, para a Liga Europa, apesar do curto período de preparação.
Apresentado oficialmente hoje, depois de anunciado na terça-feira como o terceiro treinador da época, o inglês orientou já o primeiro treino na véspera da estreia na terceira jornada da fase de grupos da competição, diante dos dragões.
“O trabalho que fizemos foi simplificar alguns dos princípios básicos do que queremos fazer, porque não queremos sobrecarregá-los com demasiada informação, apenas o suficiente”, afirmou na conferência de antevisão.
Dyche quer uma “mentalidade ofensiva”, com “empenho”, “energia” e “inteligência” para pressionar sem bola, romper linhas de passe, executar transições rápidas e alargar o jogo, mas também manter solidez defensiva.
O treinador realçou o objetivo de devolver à equipa “a jogar com aquela garra que demonstraram recentemente, especialmente na última temporada, a garra necessária para vencer jogos”.
Recordou o entusiasmo por regressar a um clube que apoiou como adepto na época passada e onde iniciou a carreira profissional em 1989, apesar de nunca ter sido titular.
Sob o comando de Nuno Espírito Santo, o Nottingham Forest alcançou o 2.º lugar da Liga inglesa e garantiu acesso às provas europeias ao terminar a época no 7.º lugar.
Dyche contou ter partilhado com os jogadores “o orgulho” sentido no ano anterior, pretendendo recuperar a “mentalidade” e a “química” entre os atletas para retomar as boas exibições.
“Como treinador, se a cultura e o ambiente forem os adequados, isso é um grande passo em frente”, observou o técnico, que soma mais de 300 jogos na Premier League, a maior parte ao serviço do Burnley.
Quanto ao encontro com os ‘dragões’, reconheceu que será difícil, encarando o FC Porto como uma “boa equipa” de grande qualidade.
“Conhecemos o historial que têm até agora nesta época. Mas aqui no (estádio) City Ground, queremos construir uma mentalidade em que conseguimos enfrentar qualquer adversário”, disse.
O médio Ryan Yates sublinhou que os jogadores têm algo a provar junto dos adeptos, que têm manifestado descontentamento com as exibições desde o início da temporada.
“Vai ser um jogo difícil. Mas queremos que eles pensem: ‘Uau, eles vão estar totalmente motivados para este jogo’. Quando o apito soar, precisamos dar tudo, entusiasmar os adeptos e garantir que nenhum jogo nos vai escapar daqui para a frente”, afirmou.
O Nottingham Forest ocupa uma posição de descida na Liga inglesa e está em 25.º lugar na fase inicial da Liga Europa, com um ponto – depois de um empate em Sevilha frente ao Betis (2-2) e de uma derrota caseira ante o Midtjylland (3-2).
O FC Porto lidera o grupo, com duas vitórias e seis pontos.
Os maus resultados da época já motivaram a saída de dois treinadores, incluindo o australiano Ange Postecoglou, despedido no sábado após apenas oito jogos (seis derrotas e dois empates), que sucedera em setembro a Nuno Espírito Santo, agora no West Ham.
Clube com forte tradição europeia – vencedor de dois títulos de campeão europeu (1978/79 e 1979/80) e de uma Supertaça Europeia (1980) – o Nottingham Forest recebe o FC Porto, na quinta-feira, no City Ground, às 20:00, para a segunda prova continental de clubes.