Futebol

Sérgio Conceição: “Agora temos de honrar este símbolo”

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, analisou a derrota na receção ao Liverpool, em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, derrota por 0-5.

O treinador considerou que tudo mudou com o primeiro golo dos britânicos, que o 2-0 “foi golpe duro para os jogadores” e que o 3-0 “acabou praticamente com o jogo”. “Não tivemos um dia bom”, resumiu.

Sérgio defendeu, no entanto, que este resultado “não belisca minimamente o que foi feito até agora” e prometeu uma resposta forte já no jogo com o Rio Ave, no próximo domingo (18h00), para a Liga, “o principal objetivo” da temporada.

O jogo
“Não tivemos um dia bom, defrontámos um adversário muito forte, capaz de fazer quatro golos ao Manchester City, que nos criou dificuldades, muitas delas por culpa nossa . Iniciámos o jogo de forma equilibrada, aos 20 minutos já tínhamos criado ali uma ocasião pelo Otávio e não tínhamos sofrido ocasiões de perigo no nosso primeiro terço. Depois, numa tentativa de sairmos rápido, através do nosso guarda-redes, perdemos a bola e surgiu o primeiro golo. E frente a uma equipa como o Liverpool, que ataca muito rapidamente a baliza com três ou quatro jogadores muito rápidos, isso paga-se caro.”

“Tivemos uma boa reação ao golo, mas acabámos por sofrer o segundo golo também por culpa de alguma passividade da nossa parte. A partir desse momento, ficou mais difícil: jogar contra o Liverpool, com o valor que tem, a perder 2-0, foi um golpe duro para os jogadores, é natural que, animicamente, tenham ido um pouco abaixo. Ao intervalo tirei o Otávio, que tinha falta de ritmo, entrou o Corona e entrámos bem. Tivemos uma ocasião de reduzir para 2-1 pelo Tiquinho – e tinha sido importante marcar naquela altura -, mas não o fizemos e depois, em mais uma perda de bola no corredor central, sofremos o terceiro golo, que acabou praticamente com jogo.”

A estratégia
“Fazia exatamente igual. Muitas vezes, eles não disputam a primeira bola, mas na segunda bola são muito agressivos. E por isso entrámos com a equipa num bloco médio, a pressionar na zona que tínhamos definido. As coisas estavam bem até ao primeiro golo, que foi praticamente oferecido.”

A segunda mão
“O mais importante é não cometer os erros que cometemos hoje e ir lá com todo o orgulho, com personalidade e caráter. Penso que estes jogadores não mereciam este resultado, foi um dia mau contra uma grande equipa e quando assim é, fica muito mais difícil. As coisas estão praticamente impossíveis na Champions, há que ir atrás do mais importante, que é o campeonato.”

O objetivo principal
“Quero agradecer a presença e o apoio dos adeptos. Estamos tristes, desiludidos, não há ninguém que esteja mais do que nós. É um jogo para tirar algumas ilações, mas não belisca minimamente tudo o que foi feito até agora em todas as competições. Não podemos esquecer de que somos líderes do campeonato, o nosso principal objetivo, e de que estamos nas meias-finais da Taça de Portugal, o segundo objetivo. Contra o Rio Ave vamos querer mostrar a nossa força nesta competição que é tão importante para nós.”

O símbolo
“Agora temos que honrar este símbolo que temos aqui, que todos nós gostamos, que todos nós amamos e vamos tentar dar uma resposta positiva no nosso principal objetivo, que é o campeonato. Se o FC Porto vai conseguir levantar-se? Já mostrámos no passado, depois da derrota com o Besiktas e depois do Leipzig, que esta equipa tem personalidade e sabe levantar-se.”