O Bola na Rede falou em exclusivo com Valdo, antiga glória do Benfica e da seleção brasileira. O ex-jogador comentoul a Primeira Liga, a chegada de José Mourinho e as perspetivas das seleções portuguesa e brasileira.
Bola na Rede: Qual a sua avaliação da Primeira Liga até ao momento?
Valdo: Acho que esta edição da Primeira Liga será ainda mais competitiva do que a anterior, que já tinha sido interessante. O FC Porto apresenta-se muito forte; o Benfica conseguiu contrariar a sua influência no Dragão, mas, na minha opinião, os azuis e brancos são a equipa que pratica o futebol mais consistente e de melhor nível. O Sporting mantém-se uma equipa sólida, é o campeão em título, e penso que voltará a encontrar o seu caminho. Gosto do trabalho do Rui Borges. O empate no Dragão reanimou os adeptos do Benfica e devolveu-lhes a crença de que a equipa pode encarar o campeonato de forma diferente. Haverá luta até ao fim, mas, olhando friamente, considero o FC Porto o grande favorito.
Bola na Rede: O nome de José Mourinho traz sorriso para os adeptos do Benfica?
Valdo: Sim. Mourinho dispensa apresentações. Tem um poder de comunicação notável e faz coisas que só ele faz. Já deixou provas do seu valor por onde passou e acredito, sinceramente, que sob a orientação de José Mourinho veremos um Benfica diferente, como já se tem verificado.
Bola na Rede: Estamos na Cidade do Futebol, num ambiente recheado de nomes ligados ao desporto nacional. Como antevê a prestação de Portugal nos próximos dois jogos?
Valdo: Portugal está tranquilo. Sem demagogia, é hoje uma das melhores equipas do mundo e um candidato ao título. Observa-se a presença de portugueses na maioria dos grandes clubes da Europa e do mundo e, quando tal não acontece, são frequentemente treinados por treinadores portugueses. Acredito que Portugal deverá ultrapassar sem problemas estes dois jogos e terá peso no Mundial.
Bola na Rede: Para fecharmos, o Valdo é brasileiro e uma figura importante da seleção no passado. Como vê o Brasil para o Mundial 2026?
Valdo: Sou brasileiro e o Brasil guarda sempre esperança. No entanto, não tenho a mesma confiança que tenho hoje na seleção portuguesa. O futebol brasileiro atravessa problemas sérios de reestruturação e, por isso, não tenho esperança de que o Brasil possa ser campeão.