Para quando um centro de Formação no FC Porto?

Roberto_FCP

Tribuna Presidencial
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9 Março 2012
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Eu quando falo em melhoramentos tenho em mente alguns que podem ser considerados de fundo, que poderão passar com construção/melhoramento de edifícios para permitir estágios, melhoramento no estádio para que a equipa B passe a jogar lá, etc..
Mesmo com as condições actuais o FC Porto na era do NES fazia os seus estágios para os jogos em casa no Olival. Quanto ao estádio, acredito que caso a obra do novo centro de treinos avance realmente, que a equipa B passe a jogar ou no Olival, com esses tais melhoramentos, ou no novo centro de treinos. Não faz sentido depois continuar a jogar no Pedroso.
 

Y_Chippo

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2012
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Eu por acaso a uns largos anos fui sócio do Leixões e nessa altura a maioria dos sócios não gostava do Porto. Nessa altura quem eu conhecia só eu e mais 1 ou 2 eram ao mesmo tempo sócios do Leixões e adeptos do Porto ao mesmo tempo. Mas já me disseram que agora a realidade é um pouco diferente, ou seja já há muitos portistas na freguesia de Matosinhos.
Com a migraçao de pessoal do resto do Grande Porto para Matosas Sul nos últimos 20 anos, essa questao nem se poe. Hoje em dia, os Portistas sao a maioria em Matosas e isso fode os leixonenses.
 
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John Wick

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31 Outubro 2019
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O mais importante de tudo, como disse o @Treinador de Bancada e muito bem, reside na competência das pessoas que fazem parte e que irão constituir os recursos humanos da academia. Uma coisa que me aflige no FC Porto é a forma como as coisas muitas vezes são mascaradas através do sentimento na ligação aos adeptos. O nosso grande "bibota" Fernando Gomes, também dirigiu o scouting, mas com que resultados práticos? Estas atribuições de cargos usando lendas do FC Porto muitas vezes servem para mascarar a falta de recursos e de competência. Com todo o respeito pelo Fernando Gomes, mas para dirigir uma formação não basta apenas ter sido um extraordinário jogador de futebol e atleta, é preciso ter uma gama de conhecimentos que vão muito além do futebol. Será o Fernando Gomes a cara da formação e terá a seu lado pessoas competentes dos mais variados backgrounds? Os grandes clubes europeus têm à frente das suas academias pessoas com vasto conhecimento científico. É fundamental termos pessoas que tenham um profundo conhecimento sobre o desenvolvimento motor, para não cometermos erros precipitados na selecção de jogadores, ter noção dos diferentes estados de desenvolvimento e maturação dos miúdos, o uso de protocolos científicos para determinar o estado de maturação de cada atleta como as radiografias dos ossos da mão, perceber através do estado de maturação que jogadores podem jogar em escalões superiores aos da sua idade por estarem num nível de maturação precoce, os miúdos que estão com um nível de maturação mais atrasado, etc. Outro factor importante é o pico de crescimento em altura, há miúdos que num curto espaço de tempo crescem vários centímetros e durante um determinado período de tempo isso afecta-lhes o rendimento, ficam mais "desengonçados", têm menor coordenação e necessitam de um período de tempo para se adaptarem a essa nova realidade do seu organismo, uma vez que os "impulsos nervosos" necessitam de percorrer uma distância maior até aos orgãos efectores e isso afecta a coordenação. Muitos clubes dispensam atletas nestas fases porque não têm profissionais que entendem estas circunstâncias das fases de desenvolvimento e crescimento dos miúdos.
A qualidade dos treinadores é outro aspecto fundamental, é importante termos técnicos qualificados, técnicos especializados na formação, com a capacidade de desenvolver talento. Nas equipas profissionais o principal objectivo é ganhar, na formação o principal objectivo tem que ser o desenvolvimento individual do atleta, se possível, fazendo-o a ganhar.
Estas gerações cheias de qualidade que vão aparecendo no FC Porto, são resultado dos métodos que o Pepjin Lijnders utilizou na formação e ainda estão a dar os seus frutos. O Mário Silva foi um dos técnicos que bebeu deste conhecimento, trabalhou com o holandês e infelizmente e incompreensivelmente saiu do clube.
Não estou com isto a dizer que o Fernando Gomes não é importante, é claro que é, não só o Fernando, como outros ex-futebolistas poderiam estar integrados na formação, em equipas técnicas, a trabalhar, a passar os valores e a cultura do FC Porto. O conhecimento empírico e o conhecimento científico podem e devem caminhar juntos. O fundamental é a capacidade das pessoas que farão parte da formação do FC Porto, é preciso melhorar muito na qualidade dos técnicos e pessoas especializadas a trabalhar na formação do clube e se possível, aliar isso ao conhecimento empírico de ex-jogadores do clube que têm conhecimentos técnicos e podem ajudar no processo.
 

Duda

Bancada lateral
24 Maio 2019
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Quanto ao que escreves no 1º parágrafo e principalmente ao que está a negrito, acho uma grande vantagem na nossa.
Depende da impressão que queres dar a quem lá vai. Muitos jovens não são do Porto, são de fora, e o primeiro contacto com as instalações onde vão morar causa sempre uma impressão que fica para sempre.
Eu não discuto que o principal do centro é a formação em si, como a de um estádio é de proporcionar as melhores condições para a prática desportiva.
Por algum motivo o nosso estádio não está no meio de um quarteirão, e até o estádio do lima faz frente com a constituição.
Por isso é que me parece um erro estar a atirar para um miolo de um quarteirão uma instalação desportiva bastante importante para o nosso clube.
É preciso dar visibilidade ao projecto, ainda que, como disse acima, são coisas diferentes que vão funcionar em conjunto - a formação em si (feita pelas pessoas) e as condições físicas para as exercer.
 

Cheue

12 Maio 2016
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O mais importante de tudo, como disse o @Treinador de Bancada e muito bem, reside na competência das pessoas que fazem parte e que irão constituir os recursos humanos da academia. Uma coisa que me aflige no FC Porto é a forma como as coisas muitas vezes são mascaradas através do sentimento na ligação aos adeptos. O nosso grande "bibota" Fernando Gomes, também dirigiu o scouting, mas com que resultados práticos? Estas atribuições de cargos usando lendas do FC Porto muitas vezes servem para mascarar a falta de recursos e de competência. Com todo o respeito pelo Fernando Gomes, mas para dirigir uma formação não basta apenas ter sido um extraordinário jogador de futebol e atleta, é preciso ter uma gama de conhecimentos que vão muito além do futebol. Será o Fernando Gomes a cara da formação e terá a seu lado pessoas competentes dos mais variados backgrounds? Os grandes clubes europeus têm à frente das suas academias pessoas com vasto conhecimento científico. É fundamental termos pessoas que tenham um profundo conhecimento sobre o desenvolvimento motor, para não cometermos erros precipitados na selecção de jogadores, ter noção dos diferentes estados de desenvolvimento e maturação dos miúdos, o uso de protocolos científicos para determinar o estado de maturação de cada atleta como as radiografias dos ossos da mão, perceber através do estado de maturação que jogadores podem jogar em escalões superiores aos da sua idade por estarem num nível de maturação precoce, os miúdos que estão com um nível de maturação mais atrasado, etc. Outro factor importante é o pico de crescimento em altura, há miúdos que num curto espaço de tempo crescem vários centímetros e durante um determinado período de tempo isso afecta-lhes o rendimento, ficam mais "desengonçados", têm menor coordenação e necessitam de um período de tempo para se adaptarem a essa nova realidade do seu organismo, uma vez que os "impulsos nervosos" necessitam de percorrer uma distância maior até aos orgãos efectores e isso afecta a coordenação. Muitos clubes dispensam atletas nestas fases porque não têm profissionais que entendem estas circunstâncias das fases de desenvolvimento e crescimento dos miúdos.
A qualidade dos treinadores é outro aspecto fundamental, é importante termos técnicos qualificados, técnicos especializados na formação, com a capacidade de desenvolver talento. Nas equipas profissionais o principal objectivo é ganhar, na formação o principal objectivo tem que ser o desenvolvimento individual do atleta, se possível, fazendo-o a ganhar.
Estas gerações cheias de qualidade que vão aparecendo no FC Porto, são resultado dos métodos que o Pepjin Lijnders utilizou na formação e ainda estão a dar os seus frutos. O Mário Silva foi um dos técnicos que bebeu deste conhecimento, trabalhou com o holandês e infelizmente e incompreensivelmente saiu do clube.
Não estou com isto a dizer que o Fernando Gomes não é importante, é claro que é, não só o Fernando, como outros ex-futebolistas poderiam estar integrados na formação, em equipas técnicas, a trabalhar, a passar os valores e a cultura do FC Porto. O conhecimento empírico e o conhecimento científico podem e devem caminhar juntos. O fundamental é a capacidade das pessoas que farão parte da formação do FC Porto, é preciso melhorar muito na qualidade dos técnicos e pessoas especializadas a trabalhar na formação do clube e se possível, aliar isso ao conhecimento empírico de ex-jogadores do clube que têm conhecimentos técnicos e podem ajudar no processo.



 

Celsius

Tribuna Presidencial
10 Janeiro 2019
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  • Lucho González
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Depende da impressão que queres dar a quem lá vai. Muitos jovens não são do Porto, são de fora, e o primeiro contacto com as instalações onde vão morar causa sempre uma impressão que fica para sempre.
Eu não discuto que o principal do centro é a formação em si, como a de um estádio é de proporcionar as melhores condições para a prática desportiva.
Por algum motivo o nosso estádio não está no meio de um quarteirão, e até o estádio do lima faz frente com a constituição.
Por isso é que me parece um erro estar a atirar para um miolo de um quarteirão uma instalação desportiva bastante importante para o nosso clube.
É preciso dar visibilidade ao projecto, ainda que, como disse acima, são coisas diferentes que vão funcionar em conjunto - a formação em si (feita pelas pessoas) e as condições físicas para as exercer.
Não consigo entender o teu ponto. É por ser numa zona urbana que dá mau aspecto e cria uma má primeira impressão, é isso?
É que estamos a falar numa zona verde com mais de 20ha onde usaremos 8ha, não é propriamente entre 2 quarteirões tipo casal ventoso.

Há um excelente post aí atrás que resume tudo de forma perfeita, o resto teremos de aguardar
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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  • Deco


O meu grande prof e amigo, Vítor Frade. Das mentes mais brilhantes do futebol mundial.

"Uma das palavras mais criminosas que existem hoje no futebol é 'intensidade', relacionada com velocidade. Intensidade? Intensidade é quando estamos concentrados e atentos e as coisas saem com fluidez. Isso é que é intensidade. "

Certamente que aqui no fórum seria apelidado de lírico e romântico.
 

Roberto_FCP

Tribuna Presidencial
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9 Março 2012
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O mais importante de tudo, como disse o @Treinador de Bancada e muito bem, reside na competência das pessoas que fazem parte e que irão constituir os recursos humanos da academia. Uma coisa que me aflige no FC Porto é a forma como as coisas muitas vezes são mascaradas através do sentimento na ligação aos adeptos. O nosso grande "bibota" Fernando Gomes, também dirigiu o scouting, mas com que resultados práticos? Estas atribuições de cargos usando lendas do FC Porto muitas vezes servem para mascarar a falta de recursos e de competência. Com todo o respeito pelo Fernando Gomes, mas para dirigir uma formação não basta apenas ter sido um extraordinário jogador de futebol e atleta, é preciso ter uma gama de conhecimentos que vão muito além do futebol. Será o Fernando Gomes a cara da formação e terá a seu lado pessoas competentes dos mais variados backgrounds? Os grandes clubes europeus têm à frente das suas academias pessoas com vasto conhecimento científico. É fundamental termos pessoas que tenham um profundo conhecimento sobre o desenvolvimento motor, para não cometermos erros precipitados na selecção de jogadores, ter noção dos diferentes estados de desenvolvimento e maturação dos miúdos, o uso de protocolos científicos para determinar o estado de maturação de cada atleta como as radiografias dos ossos da mão, perceber através do estado de maturação que jogadores podem jogar em escalões superiores aos da sua idade por estarem num nível de maturação precoce, os miúdos que estão com um nível de maturação mais atrasado, etc. Outro factor importante é o pico de crescimento em altura, há miúdos que num curto espaço de tempo crescem vários centímetros e durante um determinado período de tempo isso afecta-lhes o rendimento, ficam mais "desengonçados", têm menor coordenação e necessitam de um período de tempo para se adaptarem a essa nova realidade do seu organismo, uma vez que os "impulsos nervosos" necessitam de percorrer uma distância maior até aos orgãos efectores e isso afecta a coordenação. Muitos clubes dispensam atletas nestas fases porque não têm profissionais que entendem estas circunstâncias das fases de desenvolvimento e crescimento dos miúdos.
A qualidade dos treinadores é outro aspecto fundamental, é importante termos técnicos qualificados, técnicos especializados na formação, com a capacidade de desenvolver talento. Nas equipas profissionais o principal objectivo é ganhar, na formação o principal objectivo tem que ser o desenvolvimento individual do atleta, se possível, fazendo-o a ganhar.
Estas gerações cheias de qualidade que vão aparecendo no FC Porto, são resultado dos métodos que o Pepjin Lijnders utilizou na formação e ainda estão a dar os seus frutos. O Mário Silva foi um dos técnicos que bebeu deste conhecimento, trabalhou com o holandês e infelizmente e incompreensivelmente saiu do clube.
Não estou com isto a dizer que o Fernando Gomes não é importante, é claro que é, não só o Fernando, como outros ex-futebolistas poderiam estar integrados na formação, em equipas técnicas, a trabalhar, a passar os valores e a cultura do FC Porto. O conhecimento empírico e o conhecimento científico podem e devem caminhar juntos. O fundamental é a capacidade das pessoas que farão parte da formação do FC Porto, é preciso melhorar muito na qualidade dos técnicos e pessoas especializadas a trabalhar na formação do clube e se possível, aliar isso ao conhecimento empírico de ex-jogadores do clube que têm conhecimentos técnicos e podem ajudar no processo.
Sem dúvida. Disse-o aqui na primeira hora com todo o respeito pelo Fernando Gomes que não lhe reconhecia competências para ser director da formação tal como já não lhe reconhecia como director de scouting. Neste caso específico da formação, acho que é expectável que o José Ferrerinha Tavares vai continuar como director técnico, até porque tem contrato. Este sempre tem mais conhecimentos, sobretudo académicos, que o nosso bibota que o que pode dar não é mais que o élan que naturalmente está ligado à sua pessoa. Com novas infraestruturas e a concentração de serviços, equipas e jogadores num só espaço, creio que se vai apostar mais nesses RH e até será mais fácil recrutar alguns desses especializados nesta área.

O Vítor Frade é um génio. Ainda hoje nos cursos de treinadores ouvimos falar muito sobre ele. Pena que não tenhamos alguém como ele nos nossos quadros formativos.
 

Duda

Bancada lateral
24 Maio 2019
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Há aqui um ponto no qual não vai haver unanimidade.

Para quem deseja um CT com tudo integrado, todas as equipas juntas, sejam profissionais e de formação, e até, eventualmente, modalidades incluídas, estará disposto a que a localização deste seja longínqua.

Para quem deseja algo, primordialmente, direccionado para a formação, onde a proximidade do centro da área urbana é um factor decisivo, estarão menos dispostos a aplaudir soluções em concelhos mais limítrofes.

Percebo os argumentos a favor de algo mais integrado, percebo até a tendência geral ou mundial, se quiserem, de alguns clubes assim fazerem e partirem para áreas mais despovoadas para criarem megaestruturas. Eu percebo a tentação de comparação com grandes clubes europeus. No entanto, creio que essa não é uma realidade que sirva o FC Porto, neste momento.

Confesso, no entanto, que sou pouco sensível a isso.
Primeiro, porque considero que, neste momento, o que é premente é resolver o problema da formação do FC Porto. A sua fraca capacidade de alojamento, a sua fraca capacidade de apoio (e sobretudo estas duas primeiras valências) e, por fim, acabar com o tormento de alguns escalões treinarem em meios campos, ou equipas de especialização treinarem em sintéticos (como os sub17 na Constituição, por exemplo) ou espalhados por aqui e por aí, até ao campo de treinos do FC Pedroso.

É por aqui que a coisa parte. Se chutarem esta instalação para outro Olival, ou seja, para um arrabalde par alá de Gondomar ou coisa que o valha, quem vai sofrer é a capacidade de captação do FC Porto. Podem dizer que passam duas autoestradas perto e três linhas de comboio. Não deixa de ser para lá do sol posto.


Não vou discutir se esta é a melhor localização disponível. Haverá quem perceba melhor se é ou se não é. Se mais perto do Dragão, como um user referiu, se em Valongo, se na Maia, etc...


Pegando nesta, satisfaz-me.

1) Tem a centralidade que julgo ser ideal,a 5 km do centro do Porto. Próxima da via Norte e da VCI, cobre toda a malha urbana do Porto, Gaia incluído. Fora questões de tráfego, do centro de Gaia a esta localização é um pulo. Tudo o resto fica à mão. Matosinhos, Maia, Porto, Valongo, Gondomar, etc...

2) Devido a esta localização, está mais próxima de todo o Norte. Próxima da A28 e da A3, eixos fundamentais para Norte. Próxima (via VCI) da A1 (A20), A29 e A32 para Sul. Próxima da A4 e A41 para Este. (se me enganei em alguns números, peço desculpa, que estou a fazer isto de cabeça e sem paciência para ir ao Google).

3) Tem o espaço suficiente para uma estrutura à justa medida das necessidades actuais do FC Porto. Sobretudo, de estruturas de alojamento e de apoio. Porque isto de ter muitos campos pode parecer porreiro, mas são muito caros (muita área e manutenção) e, na maior parte do tempo, como costumo dizer, servem de pasto para pássaros.

4) Tem uma instituição de ensino próxima, o que poderá resolver uma série de questões práticas do dia a dia de jovens ao encargo do FC Porto, mas há também outras instituições de ensino, privadas e públicas, nas redondezas.

5) Se a área for a correspondente à planta já partilhada, falamos de uma área total superior a 8ha e com a possibilidade, pelo menos teórica, de se expandir no futuro para Norte, se houver necessidade. Bem sei que esses terrenos ficam para lá de uma linha de água, mas há soluções técnicas para ultrapassar o problema, até porque em boa parte do seu percurso já está canalizado e não será por aí que não há possibilidade de expansão futura. Quanto aos terrenos a Norte, a Oeste da linha e água, parece haver lá uns casebres de apoio à actividade agrícola, para além de questões de possível indisponibilidade para venda, não me parecem também excluídos de possível expansão. Isto, claro, sem informações do terreno...

6) Por fim, não unânime, como já se viu, com a A, a B e até os sub19 no Olival, fica-se com o melhor dos dois mundos. Isolamento para os profissionais e centralidade para a formação.

7) Para quem acha que esta questão da centralidade é de somenos importância, veja-se o caso dos da 2ª circular de Lisboa. Ambos mudam-se para a margem Sul.
Os calimeros, corajosos, Alcochete a dentro para o meio de nenhures. Dois anos depois, tiveram que protocolar com o Estádio Universitário de Lisboa (do outro lado 2ª circular, em frente ao estádio), essencialmente, o ponto de captação de talentos em Lisboa. Hoje, já vão em 4 campos protocolados no EUL e é o principal fornecedor de talentos da academia deles (https://www.google.pt/maps/place/Li...400ebbde49036d0!8m2!3d38.7222524!4d-9.1393366). Mais, com a construção do pavilhão, criaram dois campos de fut7 junto do mesmo (a que deram o nome de campo Aurélio Pereira) para terem escolinhas a funcionar em Lisboa...
Quanto aos do regime, usam intensivamente o campo dos Púpilos dos Exército, do outro lado da Av. Lusíada, como ponto centralizador de captação de talentos em Lisboa, fora o campo sintético que têm junto ao estádio (https://www.google.pt/maps/place/Li...400ebbde49036d0!8m2!3d38.7222524!4d-9.1393366)

Espero que assim seja.
O facto da EDP ou REN ter ali uma estação qualquer, por trás da escola, mais aqueles postes todos, é uma questão seguramente delicada a resolver.
 

Drago

Tribuna Presidencial
21 Julho 2006
11,983
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Lisboa, 1979
Pergunta ingénua...porque é que no se pode expandir o Olival? Eu vou ao Google Maps e vejo bastante terrenos à volta.

Eu também sou a favor de manter o Olival para o futebol profissional, aliás até gostaria que no futuro (quando a nossa situação económica o permitir) o clube tentasse um acordo com a câmara de Gaia para a sua aquisição de modo a que fosse possível fazer os melhoramentos necessários para o futebol profissional.

Não sou muito conhecedor da zona, mas acho muito complicado haver grande expansão no Olival.

A Norte, fica uma quinta vinhateira que desce em socalco até ao Douro. A contrução aqui é quase impossível. Para Oeste, confronta com casas de habitação e com a estrada, mesmo do outro lado da estrada, mais esparsas, há habitações. Para Sul, há habitações. Para Este, é a única possibilidade. Ainda assim o espaço é exíguo. Há uma instalação grande nesta zona (não sei se é fábrica ou armazém industrial), há também habitações e vinhedos, restando uma estreita faixa de eucaliptal, em terreno muito acidentado.

Deixo a minha prespectiva, assinalando a amarelo a única área que julgo livre:

Imagem1.jpg

Por fim, assinalo a vermelho, dentro do actual área de implantação do Olival, a única área livre que permitirá alguma expansão futura, sobreturo de infraestrutura.

Julgo até ser esta a área inicial onde se pensou a construção do hotel, entretanto integrado no idifício principal.

Agora, é sempre complicado investir em algo que pertence a outra entidade. Estar sempre dependente da boa-vontade de terceiros.
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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Sem dúvida. Disse-o aqui na primeira hora com todo o respeito pelo Fernando Gomes que não lhe reconhecia competências para ser director da formação tal como já não lhe reconhecia como director de scouting. Neste caso específico da formação, acho que é expectável que o José Ferrerinha Tavares vai continuar como director técnico, até porque tem contrato. Este sempre tem mais conhecimentos, sobretudo académicos, que o nosso bibota que o que pode dar não é mais que o élan que naturalmente está ligado à sua pessoa. Com novas infraestruturas e a concentração de serviços, equipas e jogadores num só espaço, creio que se vai apostar mais nesses RH e até será mais fácil recrutar alguns desses especializados nesta área.

O Vítor Frade é um génio. Ainda hoje nos cursos de treinadores ouvimos falar muito sobre ele. Pena que não tenhamos alguém como ele nos nossos quadros formativos.
Também temos algumas pessoas pessoas que beberam muito dos seus conhecimentos, embora nos últimos anos tenhamos perdido vários técnicos que eram fundamentais na formação do clube, não os soubemos substituir à altura. Precisamos de mais e também de aliar o conhecimento académico com o conhecimento empírico de ex-jogadores do clube, malta competente que tenha vivenciado o futebol dentro do campo. Há coisas que um treinador saído da academia não vai ter sensibilidade para perceber e ter um ex-jogador ao seu lado pode ser muito importante. O Paulinho Santos tem feito esse trabalho e ligação muito bem, foi fundamental para muitos técnicos da formação.
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
A respeito de Vitor Frade, José Guilherme, Prof José Neto, Vitor Pereira e muitas mentes oriundas da FADEUP ex FCDEF é muito importante que se mantenham e se reforçem as ligações ao meio académico e universitário.

Como disse o @John Wick no excelente port atrás não basta promover com 20 ou 25 anos de atraso o bibota para um lugar onde pouco adianta ter sido um ex génio futebolistico quando os atletas até de 18 ou 19 anos nem sequer o viram jogar e não o têm como referencia.

É preciso gente cientificamente bem preparada para gerir e contratar os melhores formadores.
 

Cheue

12 Maio 2016
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O meu grande prof e amigo, Vítor Frade. Das mentes mais brilhantes do futebol mundial.

"Uma das palavras mais criminosas que existem hoje no futebol é 'intensidade', relacionada com velocidade. Intensidade? Intensidade é quando estamos concentrados e atentos e as coisas saem com fluidez. Isso é que é intensidade. "

Certamente que aqui no fórum seria apelidado de lírico e romântico.
por acaso acho essa parte...discutível.

depende da definição/interpretação do que é intensidade...
talvez aí se refira apenas à força/velocidade dos jogadores, não sei...
--
por ex:

"Liverpool’s Pep Lijnders: ‘Our identity is intensity. It comes back in every drill"

Klopp e Lijnders..
intensidade...

e uma equipa do Guardiola...não tem intensidade?
eu acho que tem...
 
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Reações: Ivo Gonçalves

Drago

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21 Julho 2006
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O mais importante de tudo, como disse o @Treinador de Bancada e muito bem, reside na competência das pessoas que fazem parte e que irão constituir os recursos humanos da academia. Uma coisa que me aflige no FC Porto é a forma como as coisas muitas vezes são mascaradas através do sentimento na ligação aos adeptos. O nosso grande "bibota" Fernando Gomes, também dirigiu o scouting, mas com que resultados práticos? Estas atribuições de cargos usando lendas do FC Porto muitas vezes servem para mascarar a falta de recursos e de competência. Com todo o respeito pelo Fernando Gomes, mas para dirigir uma formação não basta apenas ter sido um extraordinário jogador de futebol e atleta, é preciso ter uma gama de conhecimentos que vão muito além do futebol. Será o Fernando Gomes a cara da formação e terá a seu lado pessoas competentes dos mais variados backgrounds? Os grandes clubes europeus têm à frente das suas academias pessoas com vasto conhecimento científico. É fundamental termos pessoas que tenham um profundo conhecimento sobre o desenvolvimento motor, para não cometermos erros precipitados na selecção de jogadores, ter noção dos diferentes estados de desenvolvimento e maturação dos miúdos, o uso de protocolos científicos para determinar o estado de maturação de cada atleta como as radiografias dos ossos da mão, perceber através do estado de maturação que jogadores podem jogar em escalões superiores aos da sua idade por estarem num nível de maturação precoce, os miúdos que estão com um nível de maturação mais atrasado, etc. Outro factor importante é o pico de crescimento em altura, há miúdos que num curto espaço de tempo crescem vários centímetros e durante um determinado período de tempo isso afecta-lhes o rendimento, ficam mais "desengonçados", têm menor coordenação e necessitam de um período de tempo para se adaptarem a essa nova realidade do seu organismo, uma vez que os "impulsos nervosos" necessitam de percorrer uma distância maior até aos orgãos efectores e isso afecta a coordenação. Muitos clubes dispensam atletas nestas fases porque não têm profissionais que entendem estas circunstâncias das fases de desenvolvimento e crescimento dos miúdos.
A qualidade dos treinadores é outro aspecto fundamental, é importante termos técnicos qualificados, técnicos especializados na formação, com a capacidade de desenvolver talento. Nas equipas profissionais o principal objectivo é ganhar, na formação o principal objectivo tem que ser o desenvolvimento individual do atleta, se possível, fazendo-o a ganhar.
Estas gerações cheias de qualidade que vão aparecendo no FC Porto, são resultado dos métodos que o Pepjin Lijnders utilizou na formação e ainda estão a dar os seus frutos. O Mário Silva foi um dos técnicos que bebeu deste conhecimento, trabalhou com o holandês e infelizmente e incompreensivelmente saiu do clube.
Não estou com isto a dizer que o Fernando Gomes não é importante, é claro que é, não só o Fernando, como outros ex-futebolistas poderiam estar integrados na formação, em equipas técnicas, a trabalhar, a passar os valores e a cultura do FC Porto. O conhecimento empírico e o conhecimento científico podem e devem caminhar juntos. O fundamental é a capacidade das pessoas que farão parte da formação do FC Porto, é preciso melhorar muito na qualidade dos técnicos e pessoas especializadas a trabalhar na formação do clube e se possível, aliar isso ao conhecimento empírico de ex-jogadores do clube que têm conhecimentos técnicos e podem ajudar no processo.

Estou de acordo com quase tudo.

Só acho que hoje o barco vira demasiado para o conhecimento científico e desdenha esse empirismo que referes. Mestres formadores como Feliciano, Artur Baeta, Costa Soares e Ilídio Vale, para além das boas bases científicas que tinham, sobretudo os dois últimos, tinham jeito para coisa. E isso faz muita diferença.
 

John Wick

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31 Outubro 2019
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  • Deco
por acaso acho essa parte...discutível.

depende da definição/interpretação do que é intensidade...
talvez aí se refira apenas à força/velocidade dos jogadores, não sei...
--
por ex:

"Liverpool’s Pep Lijnders: ‘Our identity is intensity. It comes back in every drill"

Klopp e Lijnders..
intensidade...

e uma equipa do Guardiola...não tem intensidade?
eu acho que tem...
Não é discutível se entendermos o conceito de intensidade. Muita gente julga que intensidade está ligada ao correr mais, correr mais rápido, etc. Se estás mal posicionado em campo e desconcentrado, podes ser muito rápido e correr muito que dificilmente vais chegar primeiro.

Intensidade está na cabeça, é concentração e velocidade de raciocínio. Uma equipa intensa é uma equipa bem treinada, não precisas de ter jogadores rápidos e fortes para teres intensidade, precisas é de ter uma equipa tacticamente bem orientada, com os processos de jogo optimizados. Uma equipa concentrada, com o processo de jogo optimizado, com os jogadores perfeitamente bem orientados no desempenho da sua função táctica, vai sempre ser uma equipa mais intensa, os jogadores vão reagir sempre primeiro, vão pensar o jogo de forma mais rápida, vão estar melhor posicionados em função dos diferentes momentos. Se conseguirmos conciliar isto com jogadores técnicos, rápidos, velozes, fortes, é o sonho de qualquer treinador, mas a intensidade não reside nas características físicas dos jogadores.

É claro que uma equipa de Guardiola tem intensidade, qualquer equipa de topo bem treinada tem intensidade. O que difere entre o Liverpool de Klopp e o City de Guardiola é o estilo de jogo, a intensidade está lá em qualquer equipa. Klopp com um futebol muito técnico, mas bastante mais vertical e a explorar a velocidade do Salah e do Mané, com o Firmino a fazer a ligação. O Guardiola com o futebol que todos conhecemos.

O problema é confundirmos muitas vezes o conceito. Acima de tudo, intensidade é concentração, inteligência (velocidade de raciocínio) e comportamento táctico bem trabalhado. Isto sobrepõe-se a qualquer capacidade física.
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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  • Deco
Estou de acordo com quase tudo.

Só acho que hoje o barco vira demasiado para o conhecimento científico e desdenha esse empirismo que referes. Mestres formadores como Feliciano, Artur Baeta, Costa Soares e Ilídio Vale, para além das boas bases científicas que tinham, sobretudo os dois últimos, tinham jeito para coisa. E isso faz muita diferença.
Eu não acho que tenha que virar para um lado para ou para outro, tem é que ser bem conciliado. Há espaço para todos.
 
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Duda

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24 Maio 2019
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Não consigo entender o teu ponto. É por ser numa zona urbana que dá mau aspecto e cria uma má primeira impressão, é isso?
É que estamos a falar numa zona verde com mais de 20ha onde usaremos 8ha, não é propriamente entre 2 quarteirões tipo casal ventoso.

Há um excelente post aí atrás que resume tudo de forma perfeita, o resto teremos de aguardar
Começas por mostrar a academia do barça, com aquela entrada que impressiona um visitante e dá "escala" ao lugar e ao clube, junto uma avenida onde um pai ou familiar pode facilmente estacionar enquanto espera pelo filho sem ter de lá entrar, e depois vemos um plano do nosso futuro centro ali escondidinho para ninguém o encontrar, num sítio de ruas apertadinhas, é um bocado triste a comparação.
Eu acho que o sítio é bom, mas a implementação do projecto lá é que é fraca.
Pode ser que a CMM nos surpreenda e no plano de pormenor surjam boas novidades.
 
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grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
O Olival sempre foi uma promessa e obra inacabada.
Onde estao os acessos prometidos?
Os transportes prometidos?
Passados uns anos não conseguimos colocar os juniores e a equipa B a jogar no mesmo Centro de Treinos, deslocando a B para Pedroso.
Meneses dizia que ia dinamizar a freguesia e que muitas casas de luxo iriam ali ser compradas. Moro quase na marginal maritima de Gaia todos os dias lá tomo café, muitas vezes passam as bombas dos jogadores. Os jogadores só mudaram de Matosinhos, Leça, Foz do Porto, Marechal Gomes da Costa para a Marginal maritima de Gaia.

Valeu a pena levar o CT para a ultima freguesia de gaia?
 

Cheue

12 Maio 2016
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Não é discutível se entendermos o conceito de intensidade. Muita gente julga que intensidade está ligada ao correr mais, correr mais rápido, etc. Se estás mal posicionado em campo e desconcentrado, podes ser muito rápido e correr muito que dificilmente vais chegar primeiro.

Intensidade está na cabeça, é concentração e velocidade de raciocínio. Uma equipa intensa é uma equipa bem treinada, não precisas de ter jogadores rápidos e fortes para teres intensidade, precisas é de ter uma equipa tacticamente bem orientada, com os processos de jogo optimizados. Uma equipa concentrada, com o processo de jogo optimizado, com os jogadores perfeitamente bem orientados no desempenho da sua função táctica, vai sempre ser uma equipa mais intensa, os jogadores vão reagir sempre primeiro, vão pensar o jogo de forma mais rápida, vão estar melhor posicionados em função dos diferentes momentos. Se conseguirmos conciliar isto com jogadores técnicos, rápidos, velozes, fortes, é o sonho de qualquer treinador, mas a intensidade não reside nas características físicas dos jogadores.

É claro que uma equipa de Guardiola tem intensidade, qualquer equipa de topo bem treinada tem intensidade. O que difere entre o Liverpool de Klopp e o City de Guardiola é o estilo de jogo, a intensidade está lá em qualquer equipa. Klopp com um futebol muito técnico, mas bastante mais vertical e a explorar a velocidade do Salah e do Mané, com o Firmino a fazer a ligação. O Guardiola com o futebol que todos conhecemos.

O problema é confundirmos muitas vezes o conceito. Acima de tudo, intensidade é concentração, inteligência (velocidade de raciocínio) e comportamento táctico bem trabalhado. Isto sobrepõe-se a qualquer capacidade física.
mas sendo assim...

"Uma das palavras mais criminosas que existem hoje no futebol é 'intensidade', relacionada com velocidade. Intensidade? Intensidade é quando estamos concentrados e atentos e as coisas saem com fluidez. Isso é que é intensidade. "

...isto ^não faz sentido.
é uma contradição.

parece estar a dizer que vista de determinada forma é algo positivo.

mas da forma que 'outros' a usam ou definem é "criminoso"...

se é isso que dizes é positivo, claramente...
se qualquer equipa de topo tem intensidade...é porque é algo positivo.
então porque é que considera "criminoso" o uso da palavra?