O meu grau de admiração por comentários, ainda que poucos, que por aqui se vão lendo de exaltação ao Bruno? Zero! Absolutamente nenhum.
Aliás, a única coisa que me espanta é quem, genuinamente, acha que as diferenças entre as massas adeptas dos clubes são significativas. Não são. Podem ter nuances e variações conforme as conjunturas, mas há duas coisas a que nenhuma resiste: ao populismo (no seu sentido mais depreciativo) e à megalomania. E Bruno de Carvalho, para além de ser um verdadeiro sociopata, é um megalómano.
A seguir à brilhante reportagem da SIC, anteontem, estive mesmo para vir aqui desabafar o que me veio imediatamente à cabeça: que Bruno de Carvalho não ia resistir e, em breve, apareceria em cena para partir a loiça toda e desviar outra vez o foco mediático do que importa para o seu circo pessoal. Certinho e direitinho. Só não pensei que fosse tão cedo. Com ele, Carlos Janela e seus pares têm metade do trabalho feito sempre.
Sobre este caso em concreto: é evidente que depois de todas as cagadas que o Bruninho fez, qualquer jogador daquele plantel está numa posição negocial privilegiadíssima. E, claro, o Jorge Mendes não é burro nenhum. Nesta situação, o que a direcção do Sporting tinha a fazer era proporcionar uma saída airosa para o seu jogador, evitando assim que as ondas de choque de uma rescisão unilateral se pudessem estender a outros activos seus. Mas não, mais uma vez a demagogia tinha de imperar: fazem-se de fortes por rejeitarem uma manobra do Mendes (que é de facto uma manobra, mas que só se tornou exequível pela loucura do presidente) e tentam sair como as vítimas e os bons da fita. Não creio que o Patrício vá parar ao benfica, mas caso sucedesse era a melhor coisa que podia acontecer ao Bruno de Carvalho. Até uma garrafa de champanhe abria.